Indiana Jones e o Grande Círculo | Jogo cinematográfico que impressiona com variação

Esse é um jogo que me fez desejar muito ter uma Nvidia Geforce RTX 4060. Isso porque minha placa de vídeo antiga não conseguiu nem abrir! Felizmente, o fato de eu ter um GameSir X2 Pro, é uma prova de que estou preparado pra lidar com o futuro. Isso porque "Indiana Jones e o Grande Círculo" foi lançado com suporte tanto ao Geforce Now, quanto ao Xcloud. Sendo assim, se você tiver um controle do Xbox, e aquela TV com hub gamer da Samsung, pode ter uma baita experiência em tela grande sem precisar se preocupar.

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A história começa em 1936 na América do Sul, mas logo tem um salto para 1937, quando Dr. Henry Jones Júnior (Ou Indiana Jones), vê a universidade onde leciona ser invadida. Um homem gigantesco rouba uma das relíquias do lugar, um Gato Múmia. E a única pisca que ele tem é um pingente que o guia até o Vaticano.

Assumo que a primeira coisa que me surpreendeu no jogo, foi o fato de que ele não é linear. Imaginei que seria um game de missões, com uma atrás do outro acontecendo em masmorras. No entanto, ele é algo mais semelhante a um metroidvania. Existem os calabouços, que são exatamente o que eu esperava, mas boa parte do game também é explorando locais, coletando itens, conseguindo chaves de acesso e assim vai.

Como joguei via nuvem, o jogo acabou não apresentando toda a qualidade visual que ele tem. Ainda assim, são gráficos bastante bonitos e que dá pra notar bem o quanto a coisa é agradável aos olhos e detalhada. Ainda mais com o visual do ator Harrison Ford, que mostra muito bem o nível que conseguimos chegar nos videogames.

A jogabilidade é uma mistura de furtividade, ação desenfreada e resolução de puzzles. Isso com uma quantidade absurda na variação de gameplay. Pensei que depois de Call of Duty: Black Ops 6,  eu não jogaria tão cedo um jogo que realmente dá asas à imaginação, criando possibilidades muito variadas a cada missão. Mas esse com certeza se encaixa muito bem!

O jeito que o tutorial do jogo é apresentado já dá um ótimo gostinho aos fãs. Isso porque se trata da apresentação de um dos acontecimentos de Os Caçadores da Arca Perdida em 1936, incluindo recriando personagens do filme com visual idêntico, assim como Harrison Ford. Lá você aprende as mecânicas em geral, e então há um salto para um ano depois, quando a história do jogo se passa, sendo uma trama original.

As mecânicas com o chicote são muito gostosas, ele é usado pra desarmar inimigos, atacar (dando pouco dano), se pendurar em locais, usar como corda para subir em pontos altos, e também para puxar certas coisas. Em especial, achei uma delícia ver inimigos armados, chicotear as mãos deles e pegar as armas. Apesar de que odiei jogar esse jogo usando controle, já que ele é em primeira pessoa e sou jogador de PC, Eu sempre me sentia meio travado, mas infelizmente era o jeito, já que o meu PC não roda e tive que jogar no Xbox Cloud Gaming. Mas imagino que com o mouse a coisa deve ser muito mais agradável.

A coisa é apresentada no formato de jornada, e você vai para muitos locais do mundo, cada um com sua estética muito única e elementos bem próprios. Portanto, em um momento você está no meio do Egito, entrando em tumbas, depois está nas montanhas dos Himalaias, com algo muito misterioso acontecendo em seu topo, e mais pra frente na selva, enfrentando seus perigos.

O mais legal, é que existem mecânicas próprias de determinados locais, como pro exemplo vagar de barco pelo pântano, ou usar tochas para afastar ataques de escorpiões em ambientes escuros. É algo bem fantástico que te faz sentir muito bem a emoção da aventura. Inclusive o game adiciona pequenos tosque de terror que te fazem sentir uma emoção de realmente ter passado por algo perigoso, assim como o alívio quando sai dessa situação.

Outra coisa maravilhosa, é que alguns dos locais te deixam um bom tempo vagando por eles, o que permite que você digira muito bem cada sensação. Enquanto alguns mapas são aventuras lineares com muita ação, explosões e momentos coreografados, tem vários lugares que são áreas abertas. Não chegam a ser um mundo aberto, mas são ambientes grandes o suficiente pra você se sentir explorando o lugar, indo e voltando enquanto libera novas partes.

Para quem gosta de missões alternativas e segredos, com certeza vai adorar. O jogo é cheio de cantos pra você explorar, com masmorras, bases ou só cantinhos escondidos. Há diversos arquivos, dinheiro pra ser coletado pra comprar itens, quebra-cabeças e muito mais. Você pode escolher se vai seguir direto ao ponto, ou se vai explorar cada lugar.

Para fãs dos quebra-cabeças variados, com certeza não vão se decepcionar! O jogo tem uma quantidade enorme deles, e com mecânicas bem próprias. E o fato de serem bem bolados, faz a experiência ser bastante completa, já que existe uma mistura equivalente de cenas de ação frenéticas, como atravessar uma asa de um avião em movimento e lutar contra um nazista ao mesmo tempo. Esse é um contraste que pode ser tedioso pra quem odeia ter que ficar pensando em soluções e procurando coisas, mas pode ser a pura maravilha pra quem gosta de variação.

Em relação às características de stealth do jogo, são bem desafiadoras mesmo. Morri adoidado, porém a maioria do desafio é mais pelo fato de que o seu personagem precisa de pouco dano pra morrer, pois a inteligência artificial é bem burrinha. Você aparece na frente dela às vezes e ela demora muito pra realmente te ver. Apesar de eu ter gostado, claramente o desafio está mais na quantidade de inimigos simultâneos do que em inimigos que te desafiam.

Em relação à exploração te faz se sentir o arqueólogo aventureiro, pois realmente você tem que analisar as paredes, mergulhar, escalar, abrir novos caminhos. Em muitos momentos dá pra sentir a agonia de passar por locais que parecem que vão desabar. E às vezes desabam mesmo! Mas é muito legal ver como o design dos ambientes foi bem trabalhado.

Enfim, Indiana Jones and the Great Circle é um jogo que causa uma sensação enorme de satisfação com sua variedade na jogabilidade, e também na evolução da história. A sensação de viajar é muito incrível, e com certeza é um game capaz de agradar à maioria dos jogadores. Apesar de ter certos problemas relacionados a bugs, são coisas corrigíveis e creio que no geral, faz muito bonito.

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Sobre Indiana Jones

 

Indiana Jones é um dos maiores ícones da aventura, misturando ação, arqueologia e mistérios. Criado por George Lucas e imortalizado por Harrison Ford, o personagem começou nos filmes, mas rapidamente conquistou outros territórios, como séries, livros, quadrinhos e, claro, videogames.

Nos games, Indy ganhou destaque em títulos como Indiana Jones and the Last Crusade, que segue a história do terceiro filme, e Indiana Jones and the Fate of Atlantis, um clássico point-and-click que explora um enredo original. Esses jogos capturaram a essência da aventura e do perigo que marcam o personagem.

Além disso, jogos como Indiana Jones and the Infernal Machine levaram o arqueólogo para desafios em 3D, misturando exploração e resolução de enigmas. Já Indiana Jones and the Emperor's Tomb trouxe combate mais refinado e uma trama cheia de reviravoltas, com gráficos que aproveitaram a tecnologia da época.

Não podemos esquecer os jogos baseados em LEGO, como LEGO Indiana Jones: The Original Adventures, que adicionaram humor à saga, permitindo reviver momentos icônicos dos filmes de forma criativa. Essas adaptações trouxeram o arqueólogo para um público ainda mais amplo.

O impacto de Indiana Jones não parou por aí. Quadrinhos, como os publicados pela Marvel e Dark Horse, expandiram o universo do personagem, enquanto livros aprofundaram aventuras inéditas. Esses materiais deram aos fãs a chance de explorar mais do arqueólogo fora das telas.

Até em jogos como Uncharted e Tomb Raider, que não são oficialmente relacionados, é impossível ignorar a influência de Indy. Esses títulos seguem a fórmula de exploração de ruínas e caça a relíquias que ele popularizou, mostrando como o legado dele inspirou toda uma geração de aventuras.

Mesmo tendo ficado sem novos lançamentos de jogos há algum tempo, o interesse por Indiana Jones continuou forte, e claro que estourou quando foi revelado o game desenvolvido pela MachineGames e distribuído pela Bethesda. A expectativa foi alta para ver como o personagem sendo reinterpretado em consoles mais modernos e o game ganhou notas altíssimas (Eu também aprovei, como puderam ver kkkk).

Indiana Jones permanece atemporal porque mistura o desejo humano de aventura com a emoção de descobrir mistérios escondidos. Seja nos filmes, nos livros ou nos videogames, o charme do arqueólogo aventureiro continua sendo um tesouro que nunca envelhece.