"Armadilha" é um filme de suspense que se passa em um mega show lotado de gente

Não tem nada tão gostoso como um suspense, né? Mesmo obras que não são desse gênero, gostam de adicionar um toque de suspense pra coisa ficar maravilhosa. E temos muitas opções boas, "Leviathan", que apresenta uma verdadeira chacina, "Exorcismo", que apresenta uma história real super inusitada, ou mesmo obras sufocantes como "Está Tudo Bem", e seu mundo inusitado. Mas se for colocar um dos maiores nomes, sem dúvidas M. Night Shyamalan sempre concorre a primeira pessoa que se vem em mente.

 

A popularidade de "O Sexto Sentido" fez o diretor indiano ganhar visibilidade mundial e lançar uma penca de obras com finais surpresa, como "Demônio", "A Visita", "Fragmentado" e "A Vila". Além de ter seu dedo em séries de TV como "Servant". Mas todas essas obras apresentam personagens um tanto isolados, e ele quis ousar bastante em "Armadilha" (Trap).

Diferente de seus outros filmes, aqui, a coisa é apresentada em um mega show de uma cantora pop famosa. Isso faz uma quantidade enorme de pessoas gerar uma verdadeira multidão, incluindo um pai e uma filha. No entanto, logo ele descobre que aquele ambiente não é meramente mais uma parte da turnê, mas uma armadilha para um serial killer chamado "Açougueiro", que está ali dentro. Confira:

E aí, o que achou? Confira também o primeiro filme da filha do Shyamalan, e se quer algo mais brutal,, em Abigail temos uma vampira bailarina! E se gosta de curiosidades, veja qual é o filme favorito de Stephen King.

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Sobre Shyamalan

 

M. Night Shyamalan é um daqueles diretores que todo mundo conhece, mesmo que não saiba pronunciar o nome dele direito. Ele explodiu no final dos anos 90 com "O Sexto Sentido", aquele filme que todo mundo lembra pela reviravolta chocante no final. A partir daí, Shyamalan virou sinônimo de finais surpreendentes, mas essa fama também virou uma faca de dois gumes. Todo mundo começou a esperar por aquele "twist" em todos os filmes dele, o que às vezes funcionava, mas em outras vezes parecia meio forçado.

Depois de "O Sexto Sentido", vieram outros sucessos como "Corpo Fechado" e "Sinais". Esses filmes consolidaram Shyamalan como um mestre do suspense e do sobrenatural. "Corpo Fechado" é quase um estudo de personagem, uma espécie de anti-filme de super-herói, enquanto "Sinais" usa uma invasão alienígena como pano de fundo para explorar temas de fé e perda. Shyamalan tem essa habilidade de pegar elementos de gêneros diferentes e transformá-los em algo único e profundamente humano.

No entanto, a carreira de Shyamalan não foi só flores. Ele também teve seus momentos de baixa, com filmes que foram mal recebidos tanto pela crítica quanto pelo público. "A Vila" foi o começo dessa fase complicada. Embora tenha uma premissa interessante e um clima tenso, o final deixou muita gente frustrada. "A Dama na Água" e "Fim dos Tempos" só pioraram as coisas, com histórias que muitos acharam difíceis de engolir e diálogos que soavam forçados. O fundo do poço veio com "O Último Mestre do Ar" e "Depois da Terra", dois filmes que foram massacrados pela crítica e praticamente ignorados pelo público.

Mas Shyamalan é resiliente. Ele deu a volta por cima com "A Visita" e, mais recentemente, com "Fragmentado" e "Vidro". Esses filmes mostraram que ele ainda tinha cartas na manga e que, quando está no seu melhor, poucos conseguem criar suspense e tensão como ele. "Fragmentado", em particular, trouxe uma performance impressionante de James McAvoy, que interpretou múltiplas personalidades de forma assustadora e cativante.

Além de seus filmes, Shyamalan também é conhecido por sua abordagem prática e econômica ao cinema. Ele costuma financiar seus próprios projetos e mantém os orçamentos baixos, o que lhe dá mais controle criativo. Isso é raro em Hollywood, onde grandes estúdios geralmente ditam as regras. Shyamalan prefere arriscar e fazer filmes que ele acredita, mesmo que isso signifique não agradar todo mundo. E é isso que o torna tão interessante como cineasta. Ele não tem medo de falhar, e isso, por si só, já é algo admirável.

Enfim, Shyamalan, além de ser um diretor de cinema, é também um contador de histórias. Seus filmes, com todas as suas reviravoltas e surpresas, são uma prova de que ele está sempre buscando novas maneiras de surpreender e engajar o público. Mesmo que nem sempre acerte, sua paixão pelo cinema e sua vontade de inovar são inegáveis. E no fim das contas, é isso que faz dele um dos diretores mais intrigantes e únicos da sua geração.