Como nossa sociedade é extremamente influenciada pelo cristianismo, não é surpresa que seja fácil encantar quando vemos elementos religiosos em determinadas obras. Desde histórias reais sinistras que supostamente envolvem demônios, como Exorcismo, que foi o caso do menino de 14 anos que enfrentou algo sinistro na década de 40, até obras da cultura pop em geral. Spawn, por exemplo, mistura super-heróis, horror e religião. Carrie, por outro lado, apresenta o pesadelo de uma menina com poderes sofrendo pressão da mãe fanática religiosa. Naturalmente os jogos não poderiam ficar de fora!
@nerdmaldito INDIKA é um jogo narrativo em terceira pessoa que mergulha os jogadores em um mundo de contrastes, onde a religião e a realidade se entrelaçam de forma intrigante. A protagonista, a jovem freira Indika, embarca em uma jornada de autodescoberta ao lado de um improvável companheiro: o próprio diabo. Esta conexão singular leva Indika para além dos limites do mosteiro, desvendando um cenário surreal e rico em comédia e tragédia, reminiscente dos romances de Dostoyevski e Bulgakov. Os jogadores são desafiados a questionar normas éticas enquanto guiam Indika através de sua odisseia, enfrentando quebra-cabeças únicos e explorando paisagens surreais que refletem a visão distorcida do mundo pelos olhos da protagonista. Desenvolvido pelo estúdio independente Odd Meter, INDIKA é uma prova do compromisso dos criadores com a estética e a inovação, desafiando as convenções da indústria de videogames. Confira também esse vídeo:@Nerd Maldito #Videogames #Gaming #Gamer #IndieGame #JogoIndie #JogoDeTerror #Terror #horror #Indika ♬ som original - Nerd Maldito
A história se passa em um convento na Rússia, em uma realidade alternativa do final do século XIX. Você assume o papel de uma jovem freira chamada Indika, que é completamente desprezada por todas as irmãs do lugar. Não bastando, ela ainda é frequentemente atormentada por uma voz misteriosa e visões bizarras. No entanto, sua vida muda completamente quando recebe a missão de sair do lugar para entregar uma carta.Esse game é definitivamente uma pequena obra-prima! A ambientação de conventos isolados já é naturalmente sinistra e a vimos em diversas obras, como Imaculada, onde uma freira fica grávida de algum ser misterioso, enquanto em A Freira, temos uma entidade que representa a blasfêmia. Além de obras bem diferenciadas, como The Appearance, que se passa em um monastério medieval.
Já nos games, também temos algumas obras com temática religiosa, como é o caso de Diablo 1, onde temos uma igreja em que um portal do inferno se abre no fundo dela. Já Blasphemous, é completamente baseado em religião. E no caso de INDIKA, eu achei uma mistura de Hellblade: Senua's Sacrifice, com A Plague Tale Innocence.Aqui, temos uma baita experiência narrativa fenomenal, sendo um daqueles jogos que encantam de imediato com a sua ambientação diferenciada. Mas existem muitos outros elementos que atraem, a começar pela história, que te deixa pensativo sobre o que exatamente é a "voz" que a personagem ouve, sendo fácil associar ao demônio, mas que desde o início deixa um certo toque de dualidade em relação à sanidade da protagonista.
Os gráficos ajudam muito com a experiência cinematográfica. Meu PC é muito velho, e por isso joguei com os gráficos no mínimo. Ainda assim, a coisa conseguiu oferecer um visual simplesmente maravilhoso, como vocês podem conferir na gravação da live ali embaixo. É um mundo sombrio super detalhado.Além do mais, a condução da coisa parece a de um filme. Você sente isso já no começo do jogo, com Indika no meio de uma oração, sendo agarrada por várias freiras enquanto nada é explicado. Dá apenas para se ter uma ideia do que está rolando, com a protagonista parecendo ter perdido a concentração e sido notada, fazendo as outras agirem.
Sem dúvidas um dos maiores charmes é a voz, que é o narrador do jogo, mencionando os desejos mais profundos de Indika e como ela tenta ocultá-los. É uma forma muito interessante de quebrar a quarta parede, já que enquanto menciona detalhes sobre a personagem, ela mesma consegue ouvir o que a voz diz. E apesar de ignorá-la, vez ou outra ela não aguenta e interage, pedindo para que se cale, ou mesmo conversando.
Em alguns momentos do jogo a coisa fica mais intensa, com a voz sendo capaz de alterar a realidade, tornando o ambiente infernal nos momentos de maior estresse da personagem. Quando isso acontece, uma mecânica interessante é adicionada ao jogo, a da oração. Enquanto você mantiver Indika orando, o cenário vai ficar normal, mas se você para, ele se deforma. Porém, você deve aproveitar o cenário alterado para atravessar determinados locais.
O game é uma jornada entre dois personagens, Indika e Ilya, um homem procurado que diz ter sido tocado por Deus e está tentando fazer uma profecia se concretizar. Ambos encontram perigos no caminho congelado, indo desde a vida selvagem, até soldados ou mesmo o próprio cenário, que muitas vezes é devastado.E assim, é necessário resolver quebra-cabeças para seguir em frente. Com a possibilidade de dar ordens a Ilya, e interagir com o cenário, você deve tentar atravessar os ambientes. O melhor de tudo, é que não é algo repetitivo. Se por um lado o jogo é curto, por outro ele está em constante mudanças. Em alguns momentos você está em ambientes surreais, em outros deve pular janelas, carregar escadas, mover guindastes, e assim vai.
Além disso, o jogo completa a ambientação surreal com flashbacks que se passam em visuais 2D pixelizados, cada um com jogabilidades próprias. Alguns flashbacks são como joguinhos antigos de coletar moedas, outros como jogos de plataforma, e assim vai, com mudanças bem constantes e que do nada terminam e você entra no sombrio mundo 3D novamente.
Enfim, Indika é um jogo maravilhoso, com temática de religião e um leve tempero de horror, mas não chegando a ser um jogo assustador. Como se trata de uma obra pra se zerar rapidamente, levando menos de quatro horas, é possível finalizar em uma só jogada, como foi o meu caso e você pode ver na live ali embaixo. Vale muito a pena!
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Sobre Games Narrativos
Você já jogou um daqueles jogos em que você se sente como o diretor de um filme? Esses são os games narrativos. Eles são como uma experiência interativa de cinema, onde você está no controle da história. É como se você estivesse participando ativamente de um livro ou filme, moldando o destino dos personagens com suas próprias decisões. E o melhor de tudo é que, muitas vezes, essas decisões têm consequências reais, então você realmente se sente investido na história.
Um dos melhores exemplos de games narrativos é "The Last of Us". Este jogo te joga de cabeça em um mundo pós-apocalíptico dominado por zumbis, onde você assume o papel de Joel, um homem endurecido pela vida que é encarregado de proteger Ellie, uma jovem que pode ser a chave para a cura da humanidade. A jornada deles é emocionante, cheia de momentos de tensão, ação e emoção. E o que torna esse jogo tão especial é o modo como a história é contada, com personagens complexos e uma narrativa envolvente que te prende do início ao fim.
Outro exemplo incrível é "Life is Strange". Este jogo é como uma montanha-russa emocional, que te leva em uma jornada através das vidas de Max Caulfield e Chloe Price, duas amigas que descobrem que têm o poder de voltar no tempo. À medida que você avança na história, suas decisões têm um impacto profundo no mundo ao seu redor, moldando o destino dos personagens de maneiras que você nem sempre pode prever. É uma experiência única e cativante que te faz pensar sobre as escolhas que você faz na vida real.
Além desses, há outros títulos igualmente impressionantes, como "Gone Home", "Firewatch", "What Remains of Edith Finch", "Detroit: Become Human", "Heavy Rain", "The Walking Dead" (da Telltale Games), "Until Dawn" e "Night in the Woods". Cada um desses jogos oferece uma experiência narrativa única e memorável, garantindo horas de entretenimento e reflexão para os jogadores que estão dispostos a mergulhar em suas histórias. Então, da próxima vez que você estiver procurando por algo para jogar, dê uma chance a um desses jogos. Você não vai se arrepender.
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