POOLS | Um jogo de terror sem perseguição nem jumpscare, mas que te deixa paranoico!

O horror interdimensional é sem dúvidas um dos maiores pesadelos possíveis. Quem leu Lovecraft, sabe o quanto é algo que pode ser perturbador, e já vimos ser abordado das mais variadas maneiras, indo desde Fragmentos do Horror, com entidades interdimensionais completamente fora de controle, até o livro de Stephen King que foi usado como base pra Half-Life. E hoje vou falar sobre um jogo que aborda esse tema de uma forma diferente, e ao invés de criaturas interdimensionais surgirem em nossa realidade, ocorre o oposto.

@nerdmaldito POOLS é um jogo de terror e exploração dividido em seis capítulos, cada um projetado para ser jogado em um intervalo de 10 a 30 minutos. O cerne da experiência em POOLS reside na observação atenta do ambiente e na absorção dos sons ao redor. Diferenciando-se de muitos jogos convencionais, não se trata de alcançar objetivos específicos ou vencer desafios, mas sim de imergir em uma atmosfera única, sem a presença de monstros ou resolução de enigmas complexos. A ausência de uma interface de usuário, diálogo ou trilha sonora convencional contribui para a sensação de realismo, enquanto os sons ambiente e os ecos variam conforme a localização do jogador dentro do jogo. Embora não haja uma narrativa tradicional, a jornada pelo mundo em constante transformação de POOLS proporciona uma experiência intrigante e misteriosa. Inspirado em conceitos como "Espaços Liminares", "Found Footage" e os "Poolrooms" de Jared Pike, o jogo incorpora elementos de outras fontes, como vídeos, cores e atmosferas específicas, para criar uma experiência única de exploração e descoberta. Review completa em nerdmaldito.com Confira também esse vídeo: @Nerd Maldito #Videogames #Gaming #Gamer #IndieGame #JogoIndie #JogoDeTerror #Terror #horror #Backrooms #Poolrooms #Pools #Steam ♬ som original - Nerd Maldito

Aqui você assume o papel de uma pessoa que tem a infelicidade de cruzar uma brecha da realidade e ir parar em um ambiente que lembra muito o nosso mundo, mas que não é. Trata-se de um lugar semelhante a clubes de piscinas e saunas, cheio de água pra todo lado. No entanto, existe uma atmosfera muito sinistra no lugar, sendo tão solitário, mas ao mesmo tempo conseguindo causar o mais puro horror.

Esse jogo é baseado no universo das Backrooms, que são aqueles ambientes interdimensionais que são reflexo do nosso. A melhor forma de entender uma backroom, é pensar que no mundo dos videogames existe a possibilidade de você "Cair" fora do cenário, e que muitas vezes quando isso acontece, existem locais em que você pode ir parar em uma área que só os programadores teriam acesso pra fazer testes, ou mesmo bugs, locais que são reflexo do que tem no jogo. Agora imagine se algo assim existisse e fosse reflexo do nosso mundo? Um bug cósmico na realidade?

Existem inúmeros jogos baseados no conceito de Backrooms, pois existem várias e não apenas uma. Sendo assim, temos jogos como Escape Floor Zero e Midnight Monitor: Aldercourt. E as poolrooms são as salas em que o game POOLS foi baseado. Esse tipo de backroom é composto por ambientes semelhantes a áreas com piscinas.

POOLS é um jogo que não tem jumpscare e não tem monstros te perseguindo. Mas a beleza do jogo está no horror psicológico extremamente forte. Se por um lado não vão ter criaturas atrás de você, por outro existe a expectativa constante de que algo vai acontecer. E o desenvolvedor Tensori fez isso de forma magnífica, colocando ambientes que conseguem te provocar.

Sem dúvidas esse é um jogo que mexe muito com fobias. Existem situações como passar por uma piscina, e então perceber que bem ao seu lado não tem chão, mas sim um precipício gigantesco que você simplesmente não consegue ver o fim. Da mesma maneira existem estátuas sem rosto que estão espalhadas por diversos locais e que dão muita agonia ver elas ali.

É muito estranho pensar que POOLS tem um estilo semelhante ao de jogos em que o foco é relaxar. Isso porque é um simulador de andar, no entanto eu passei um nervoso imenso enquanto jogava, como você pode ver na live ali embaixo. Isso porque, por mais que o desenvolvedor tenha deixado claro desde o início que não ia ter sustos, é muito difícil conseguir sair da defensiva.

Além do mais, o jogo te assusta com coisas discretas, como quando cheguei a um lugar onde tinha um buraco em forma de círculo com uma escadinha pra descer, como se fosse um esgoto. No entanto, o local estava inundando e tinha uma peculiaridade. Duas mãos estavam segurando na escadinha, e logo se soltaram assim que me aproximei. Também existem outras coisas, como figuras gigantes que não se mexem, mas ficam posicionadas bem atrás de corredores. Algumas até mesmo bobas, como um pato gigantesco em um local super escuro.

O jogo também apresenta um belíssimo trabalho feito com sons. Você ouve o barulho de coisas perto de você, sejam passos, seja o estrondo de algo que parece ser uma criatura gigantesca e que está escondida em algum lugar do cenário, apenas aguardando que você chegue mais perto. Naturalmente o som da água é a coisa que mais está presente. 

Enfim, POOLS é um baita de um jogo com conceito interessante que você zera em aproximadamente duas horas. As notas extremamente positivas da Steam mostram que a coisa foi um sucesso. Sem sombra de dúvidas vale a pena! E se quer comprar games sem gastar muito, dá pra conseguir keys baratinhas de diversos jogos da Steam, recomendo sempre dar uma olhadinha nos preços das keys da Steam (e outras lojas) à venda na GMG, muitas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e comprando keys lá, você acumula XP, que gera várias vantagens como descontos extras nas próximas compras e até jogos grátis! Dê uma conferida aqui:

 

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Sobre as Backrooms

 

Você já ouviu falar na creepypasta das backrooms? Se ainda não, prepare-se para mergulhar em um dos conceitos mais intrigantes e arrepiantes da internet. As backrooms são como um universo paralelo, um tipo de dimensão alternativa que parece existir além da nossa realidade cotidiana. Imagine-se em um lugar sem fim, onde as paredes são todas iguais e o zumbido constante das luzes fluorescentes é sua única companhia. Bizarro, não é mesmo?

Então, como exatamente você acaba nas backrooms? Bem, a teoria sugere que você pode entrar nessas estranhas dimensões acidentalmente, muitas vezes quando menos espera. Alguns dizem que é através de portas que não levam a lugar nenhum, enquanto outros acreditam que é possível entrar enquanto explora espaços abandonados. Não importa como, uma coisa é certa: uma vez dentro, é difícil sair.

O ambiente das backrooms é como algo saído de um pesadelo febril. Paredes monótonas, sem janelas ou decoração, estendem-se até onde os olhos podem ver. O chão é frequentemente descrito como coberto por um carpete desgastado, e o ar tem um cheiro estranho, uma mistura de mofo e eletricidade. É um lugar onde o tempo parece não existir, onde você pode vagar por horas, dias, talvez até mais, perdido em um labirinto sem fim.

Mas o que torna as backrooms ainda mais fascinantes (e assustadoras) são os encontros que você pode ter lá. Alguns alegam ter visto figuras sombrias nos corredores, outras falam de ruídos inexplicáveis que ecoam das profundezas. E então há as lendárias "poolrooms", áreas dentro das backrooms onde dizem que existem piscinas abandonadas e salas de bilhar. Imagine se deparar com isso enquanto tenta encontrar uma saída!

Embora as backrooms sejam frequentemente exploradas na internet através de histórias, imagens e até mesmo jogos de vídeo, há quem jure que elas são reais. Claro, muitos céticos argumentam que tudo não passa de uma fantasia elaborada, uma criação coletiva da imaginação humana. Mas para aqueles que acreditam, as backrooms são muito mais do que apenas uma lenda urbana.

No final das contas, as backrooms são um daqueles mistérios que desafiam a lógica e alimentam a nossa curiosidade sobre o desconhecido. Então, da próxima vez que você estiver em um lugar abandonado ou passando por uma porta estranhamente comum, quem sabe para onde você pode acabar indo? Talvez, apenas talvez, você se encontre vagando pelos corredores intermináveis das backrooms, esperando encontrar uma saída para a realidade.