Quando um autor escreve uma obra, um pedaço dele está ali. E todo mundo sabe disso, tanto que a HQ Lovecraft mistura a biografia do autor com o conceito de horror cósmico. E o mesmo podemos ver em Declínio de um Homem, em que Junji Ito apresenta a obra máxima de Osamu Dazai. O próprio Diário de Dorian Gray apresentava tanto sobre o autor, que serviu como "prova" pra ele ir pra cadeia. E em "O Iluminado", Stephen King apresenta sua obra mais autobiográfica.
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Durante os anos 70, o mestre do horror estourou. Inicialmente era apenas um professor de inglês que precisava pagar contas, e quando lançou "Carrie", o mundo o conheceu e ficou abismado. E pouco tempo depois ele voltou com "Salem". Obras muito diferentes, apesar de terem o toque peculiar do escritor. E em "O Iluminado", ele apresentou algo diferente, um toque pessoal que consegue ser sentido por qualquer um que leia.Não preciso nem dizer que esse é um livro obrigatório para qualquer um que se diga fã do gênero horror. Uma das obras mais conhecidas e influentes, além de naturalmente ser um dos livros-chave do universo de Stephen King. Isso porque enquanto existem obras que são pouco faladas, como "Pesadelos e Paisagens Noturnas", tem outras que vêm à mente assim que se fala no autor. E esse é o caso desse livro, que é um dos mais vendidos, e considerado por muitos como a obra máxima do autor.
O ano de 1974 foi complicado pra Stephen King, sua mãe morreu, ele estava com um bloqueio criativo, e tava começando a ter problemas com alcoolismo. Isso fez com que fossem passar uma noite no Stanley Hotel, que estava no fim de temporada, entrando no inverno. O local tava deserto e se hospedaram no quarto 217. Nessa época, seu filho Joe Hill era um menininho ainda, e o ambiente lhe marcou muito.E assim, em 1977 tivemos o lançamento de "The Shining". Nele apresentamos um professor de inglês que cai em desgraça por causa de seu temperamento explosivo e problemas com bebida alcoólica. Após ser expulso da escola secundária de Stovington, em Vermont. Um amigo lhe consegue um emprego no Overlook Hotel, como zelador, onde terá que ficar isolado no inverno. Porém, o local tem um passado sombrio.
King se tornou conhecido por fazer personagens profundo. Em Salem, ele tinha exagerado ao fazer uma quantidade gigante de pessoas da cidade, cada um com suas rotinas, histórias, desejos e medos. Aqui a coisa é muito mais compacta, mas também muito mais pessoal. Varia entre os pontos de vista do pai, de seu filho Danny Torrance, que tem visões misteriosas que o avisam sobre o perigo do hotel, mostrando a misteriosa palavra "Redrum" e o que parecem ser monstros, além da esposa Wendy Torrance que ama o filho mais que tudo e tenta manter o casamento intacto. Mas às vezes também tem algumas pequenas mudanças para visões com outros personagens, com destaque para Dick Hallorann, cozinheiro do Overlook.E uma das coisas mais intensas é exatamente a habilidade do autor em descrever sentimentos, crises de raiva e arrependimento. Ele não é simplório em fazer apenas "O herói" e "O vilão malvado". Apresenta pontos de vistas bem profundos, e os personagens se tornam muito reais. Wendy, por exemplo, não é só a mãe boazinha, às vezes ela se pega com vergonha de certos pensamentos que simplesmente surgem.
O hotel Overlook é realmente um local mágico. Achei inacreditável, que mesmo já conhecendo a história, a narrativa te faz mergulhar a vagar pelo hotel. O autor dedica muitos momentos para descrever a elegância e grandiosidade. Mas, ao mesmo tempo, o quão amaldiçoado é o lugar, com um ambiente da mais pura beleza, mas com algo muito horripilante nesses corredores.Você vai se sentir com uma roupa elegante, vagando por um lugar imensa, extremamente bem detalhado e que somente a elite tem grana para passar uma temporada ali. O glamour é mencionado de uma forma que te faz ficar encantado. E isso gera um contraste enorme quando se pensa em algo assim tão bonito e elegante, e com uma forte maldição. É um contraste gostoso pra caramba e viciante.
Inclusive, é magnífica a narrativa de horror que é passada em algumas cenas. A primeira interação de Jack com o quarto 217 passa o medo de uma forma tão profunda, que quando o personagem fecha os olhos, você se coloca facilmente no lugar dele e se prepara para o que estará bem ali, diante dele, em um carpete belíssimo, mas com algo podre em cima, o observando.Enfim, "O Iluminado" é uma verdadeira obra-prima do terror obrigatória e que com certeza consegue divertir mesmo que você tenha assistido ao filme do Stanley Kubrick, até porque tem diferenças, e isso inclui o final. O livro foi tão idolatrado, que quase quatro décadas depois, o autor escreveu a sequência "Doutor Sono". No Brasil, a editora Suma lançou a versão comum em capa mole, e uma edição especial em capa dura com extras, sendo um epílogo e prólogo inéditos falando sobre pessoas que passaram pelo hotel. Confira:
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Sobre Stephen King
Stephen
King é um nome que ressoa fortemente no mundo da literatura
contemporânea, destacando-se como um dos autores mais prolíficos e
versáteis da história. Sua habilidade única de criar uma vasta variedade
de histórias, abrangendo gêneros que vão desde o terror até o drama,
tem cativado leitores por décadas. Neste artigo, exploraremos a
impressionante diversidade narrativa que caracteriza a obra de Stephen
King.
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