O poder de obras de ficção pode causar muita dor, e seu conteúdo pode ser potencialmente perigoso. Enquanto obras como
Metamaus exploram a realidade em forma de ficção e chocam por isso, o contrário existe. Certas obras focam na histeria e paranoia, como o
livro de GTA, que fala de todas as polêmicas e escândalos causadas exatamente pelo medo da influência, mas sem algo contrato. Porém tem certas obras com o poder de causar muita dor. Um grande exemplo foi como
O Retrato de Dorian Gray destruiu a vida do autor. E Stephen King criou um livro que o efeito foi tão tenebroso que ele mesmo decidiu banir mundialmente.
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Todo mundo sabe que
"Carrie" foi o primeiro livro publicado por Stephen King e que é uma das obras mais banidas de escolas americanas. No entanto, o que nem todos sabem, é que ele não foi o primeiro livro escrito pelo autor. O seu primeiro livro foi "Rage", conhecido como "Fúria" no Brasil. Ele foi escrito no ano de 1966, porém ficou engavetado por anos até finalmente sair.
O lançamento de
"Salem" em 1975, mostrou ao mundo que Stephen King queria continuar lançando livros. E dois anos depois, foi a vez de
"O Iluminado", mas nesse ano o autor se mostrou empolgado, porém sua editora não queria saturar o mercado com o nome dele, pois naquela época só publicavam um livro anual de cada autor. Foi assim que ele decidiu criar o pseudônimo "Richard Bachman" e lançou "Fúria".
A história apresenta Charlie Decker, um adolescente que estuda no Maine, mas um dia surta com a pressão que sofre tanto na instituição, quanto com o seu passado. E assim, pega a arma do pai e invade a sua sala de aula, atirando na cabeça da professora, e logo depois matando um dos funcionários da escola. Ao manter a sala inteira como reféns, logo chega a polícia, imprensa e negociações começam.
Na época do lançamento o livro era sim muito violento, porém era outro tempo e o conteúdo estava preso na ficção. Não era como em tempos modernos, e inclusive King não teve a obra ligada a ele até o ano de 1985, quando o dono de uma livraria achou semelhantes às escritas e foi pesquisar documentos, onde acabou desmascarando o mestre do horror, que teve que assumir e revelar.
Nem preciso dizer que se tornou o livro que mais causou dor de cabeça ao autor, né? Especialmente porque a partir de 1988, foram aumentando os casos de atiradores em escolas, e como vários tinham cópias de fúria, um incidente de 1997, Stephen King decidiu que tinha sido a gota d'água e deixou esgotar, não dando mais autorização para que fosse publicado nem nos EUA e nem em lugar algum do mundo.
Eu cheguei a ler Fúria", e sinceramente eu achei ele bem
ruinzinho viu... Não recomendo! Sinceramente dá pra ver que foi mesmo
um jovem dos anos 60 que escreveu, e eu acredito o Stephen King atual
jamais escreveria algo daquele jeito. Uma das poucas coisas que achei interessante foi saber que as narrativas foram de uma perspectiva de alguém realmente da década de 1960 e não meramente uma simulação. Mas notavelmente ele não tinha a
mínima noção da reação das pessoas em uma situação assim.
Para
vocês terem uma ideia, o protagonista matou duas pessoas, deixou os cadáveres
no chão, e a turma fica numa boa. Fazem piadinhas o tempo todo, riem,
se divertem. Não é chocante ou traumatizante pra eles, agem como se fosse algo normal um cadáver cheio de sangue jogado ali na sala. E a coisa só vai ficando mais
ridícula, pois começam a contar seus segredos. E assim iniciam vários
discursinhos e resolvem revelar para todos ali presentes coisas como sua
primeira experiência sexual, ou que traíram alguém.
A
coisa é bem fantasiosa mesmo, apesar dele citar uma quantidade enorme
de detalhes das vidas de vários personagens, o jeito que eles revelam essas
coisas simplesmente não consegue passar muita credibilidade. Fica bem claro que juventude, mas com
certeza é bem inferior a Carrie, que também tem alunos. King não acredita que só foi Rage que fez alguém virar um atirador, porém diz que pode ser algo que podia acelerar tragédias ao dar ideias para pessoas com problemas. Nas palavras dele:
"Você não
deixa uma lata de gasolina onde um garoto com tendências a incendiários
possa colocar as mãos nela.". Mas achei um dos piores livros que já li dele, então não acho que tenha sido uma grande perda em sua carreira.
Enfim, Fúria chegou a ser publicado na coletânea "Os Livros de Bachman", mas a versão atual dessa coletânea não tem essa obra inclusa. Porém, como disse, é um livro que achei bobo nas formas dos personagens agirem, me lembra esses animes exagerados que jovens submetidos a situações extremamente estressantes e que tomam as atitudes mais nada a ver. Certamente se ele tivesse continuado nesse mesmo estilo, eu não iria me empolgar para ler outras coisas. Por sorte o autor evoluiu bastante. E hoje em dia temos uma tonelada de maravilhas bem superiores. Inclusive em português, confira:
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Sobre Stephen KingStephen
King, nascido em 21 de setembro de 1947, é um dos escritores mais
prolíficos e influentes do gênero de horror contemporâneo. Com uma
carreira que se estende por décadas, King conquistou milhões de leitores
em todo o mundo com suas narrativas envolventes, personagens memoráveis
e sua habilidade única de explorar os medos mais profundos da
humanidade.
Início da Jornada: De Carrie a O Iluminado
A
carreira de Stephen King começou a decolar em 1974 com o lançamento de
seu primeiro romance, "Carrie". Este livro, que trata de uma adolescente
com poderes telecinéticos e uma mãe fanática religiosa, estabeleceu as
bases para o estilo distintivo de King, combinando elementos
sobrenaturais com as complexidades das relações humanas. Poucos anos
depois, em 1977, King lançou "O Iluminado", um marco no gênero de terror
que se tornaria um clássico instantâneo. O livro conta a história de
Jack Torrance, um escritor em busca de inspiração que aceita um emprego
como zelador de um hotel isolado durante o inverno, apenas para ser
consumido pela influência maligna do lugar.
Diversidade Narrativa: Além do Horror Puro
Embora
seja mais conhecido por seus romances de horror, Stephen King é um
escritor versátil que explora uma ampla gama de gêneros literários. Ele
escreveu ficção científica ("A Zona Morta"), fantasia ("A Torre Negra"
série), e até histórias mais voltadas para o drama e o sobrenatural ("À
Espera de um Milagre"). Essa diversidade narrativa é uma marca
registrada de sua carreira, permitindo que ele alcance um público amplo e
variado.
Influências e Estilo Único
As influências
de Stephen King vão desde os clássicos do terror, como H.P. Lovecraft e
Edgar Allan Poe, até elementos da cultura popular e experiências
pessoais. Seu estilo de escrita é caracterizado por diálogos autênticos,
personagens complexos e uma capacidade única de criar tensão e
suspense. King também é conhecido por explorar temas sociais e
psicológicos em suas obras, dando profundidade adicional às suas
histórias.
Adaptações para o Cinema e Televisão
O
impacto de Stephen King não se limita apenas aos livros. Muitas de suas
obras foram adaptadas para o cinema e a televisão com grande sucesso.
Filmes como "O Iluminado", dirigido por Stanley Kubrick, e "It: A
Coisa", dirigido por Andy Muschietti, tornaram-se clássicos cult,
enquanto séries como "Under the Dome" e "Castle Rock" expandiram ainda
mais o universo literário de King na tela.
Desafios Pessoais e Superando a Adversidade
A
vida pessoal de Stephen King também é marcada por desafios
significativos. Em 1999, ele sobreviveu a um grave acidente de carro que
o deixou gravemente ferido. No entanto, isso não o impediu de continuar
escrevendo e produzindo novas obras. Sua resiliência e determinação são
características que o elevam não apenas como escritor, mas como uma
figura inspiradora para seus fãs.
Legado Duradouro e Contribuições para o Gênero
Ao
longo de sua carreira, Stephen King influenciou gerações de escritores e
leitores. Seu impacto no gênero de horror é inegável, e sua capacidade
de explorar os aspectos mais sombrios da condição humana continua a
cativar e assombrar os leitores. King não apenas escreve sobre monstros e
pesadelos, mas também sobre os medos e as ansiedades que todos
compartilhamos, tornando-o verdadeiramente o mestre do horror
contemporâneo. "A Incendiária" recebeu duas adaptações chamadas "Chamas
da Vingança", e a primeira tinha Drew Barrymore ainda criança como
Charlie.
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