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Samurai Shirô | HQ apresenta ações da Yakuza no Brasil e recebeu prêmio!

Não faltam fãs de cultura japonesa, às vezes temos coisas de lá que nem ao menos sabemos, um exemplo é o quadro mais reproduzido do mundo, que tem pessoas que usam e não fazem a mínima ideia de onde vem. Na cultura pop então, nem se fala, obras como Nas Montanhas do Terror, atraem exatamente por mostrar a visão japonesa da coisa. Mas o nosso país tem uma ligação que pode parecer um tanto inusitada e às vezes surpreendem até os japoneses. Tivemos o caso do autor de Gash Bell se surpreendendo com brasileiros e comentando sobre, mas também temos ligações bem sinistras, e existe inclusive um mangá que fala sobre o tema, o Brasil e a Yakuza!
 
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Pensar na ideia da máfia japonesa em terras nacionais é algo que pode parecer bem ridículo a principal, sendo semelhante àqueles filmes americanos que colocavam ninjas andando por aí na cidade de Nova Iorque. No entanto, é uma coisa que foge bastante da ficção exatamente por não se tratar meramente de algo inventado para surpreender e chamar a atenção, mas algo real e registrado.
Para quem não sabe, apesar da popularidade enorme dos Estados Unidos e a quantidade monstra de imigrantes que aparecem por lá, nem eles e nem nenhum país do mundo supera o Brasil na quantidade de japoneses. O nosso país é a segunda maior nação do mundo com quantidade de habitantes japoneses, perdendo apenas (e obviamente) para o próprio Japão. Isso começou em 1908, e de lá pra cá essas pessoas se estabeleceram e formaram comunidades. Sendo assim, se a Yakuza for estender seus dedos de forma internacional, qual é o local mais óbvio em que ela iria agir?

Em 2022 tivemos a condenação de dois brasileiros que participaram do sequestro e morte de um empresário japonês em 2001, na cidade de Nagoya, no Japão. Levou mais de duas décadas para Alexandre Miura e Marcelo Yokoyama foram sentenciados, a pena foi 30 anos de prisão. E, apesar de serem brasileiros, eram ligados à Yakuza.

E foi baseado nesse submundo do crime tão pouco falado, que o autor Danilo Beyruth lançou o universo de Samurai Shirô, uma história em quadrinho que apresenta a máfia japonesa, mas ao invés de ser algo completamente no Japão, acaba colocando suas ações em terras nacionais, agindo nas sombras e obviamente fazendo coisas brutais e chocantes.
A história apresenta uma garota chamada Akemi, que apesar de ser japonesa, vê a sua vida se tornar um verdadeiro caos quando o seu avô morre. E a guerra entre Yakuzas acaba respingando nela, e a forma de se distanciar é indo para um lugar distante. Enquanto isso, um homem com amnésia aparece nas ruas da cidade empunhando uma katana, mas que não larga de jeito nenhum e logo as coisas começam a desabar mais uma vez.

Samurai Shirô foi publicado originalmente em 2018 pela DarkSide Books com aquele acabamento monstruoso que ela faz em todos os seus produtos, colocando capa dura e um visual que chama muito a atenção. A coisa chamou muito a atenção e em 2019 rendeu o prêmio HQMIX, e isso só a deixou a HQ ainda mais em destaque. Atualmente ainda tem cópias disponíveis e está com desconto, confira:

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Sobre a Yakuza

A presença da Yakuza, a temida máfia japonesa, é profundamente enraizada na cultura popular, influenciando uma variedade de mídias, incluindo filmes, jogos, literatura e até mesmo música. Com suas origens históricas que remontam a séculos atrás, a Yakuza continua a fascinar e intrigar tanto os japoneses quanto pessoas ao redor do mundo. Sua representação na cultura pop muitas vezes empresta elementos de sua realidade complexa, misturando mitos, tradições e realidades contemporâneas para criar narrativas cativantes e personagens emblemáticos.

História e Origens da Yakuza na Cultura

A Yakuza tem suas raízes nos séculos XVII e XVIII, surgindo como grupos organizados com códigos de conduta, lealdade e estrutura hierárquica distintos. Originalmente, esses grupos, conhecidos como "ninkyo dantai", tinham um propósito social de proteger as comunidades locais, agindo como vigilantes em um período de instabilidade política e social no Japão.

No entanto, ao longo dos anos, a Yakuza evoluiu para uma organização criminosa notória, envolvida em atividades ilegais, como extorsão, tráfico de drogas, jogos de azar e até mesmo assassinatos. Sua influência se estende por várias esferas da sociedade japonesa.

Representações na Mídia

  1. Cinema: O cinema japonês frequentemente retrata a Yakuza, explorando seus códigos de honra, rivalidades internas e sua relação complexa com a sociedade. Filmes como "Battles Without Honor and Humanity" (1973) de Kinji Fukasaku, "Sonatine" (1993) de Takeshi Kitano e a série de filmes "Yakuza Papers" são exemplos que capturam a essência desse mundo. Em 2021 foi lançado o filme A Princesa da Yakuza, dirigida por Vicente Amorim e baseada em Samurai Shirô.

  2. Jogos de Vídeo: A série de jogos "Yakuza" da Sega se tornou um ícone, oferecendo aos jogadores uma visão imersiva da vida de um membro da Yakuza. Esses jogos misturam narrativas profundas, lutas intensas e uma representação meticulosa dos distritos de Tóquio, proporcionando uma experiência envolvente.

  3. Literatura: Autores japoneses como Haruki Murakami em seu romance "Dance Dance Dance" e Ryu Murakami em "Tokyo Decadence" e "In the Miso Soup" exploram as nuances da sociedade japonesa, frequentemente apresentando personagens vinculados à Yakuza.

Impacto na Cultura e Simbolismo

A Yakuza, além de sua presença na mídia, também desempenha um papel simbólico na cultura popular. Seus trajes distintivos, tatuagens corporais tradicionais (irezumi) e até mesmo seu código de ética influenciam a moda, a arte e a música. O estilo da Yakuza inspira moda de rua e designs em todo o mundo.

Além disso, a Yakuza muitas vezes é retratada como uma força ambígua, nem totalmente boa nem totalmente má, o que cria personagens complexos e moralmente cinzentos que cativam o público.

A presença da Yakuza na cultura pop reflete a fascinação universal por subculturas, códigos de conduta alternativos e pela complexidade moral dos personagens. Enquanto a realidade da Yakuza é muitas vezes sombria e perigosa, sua representação na cultura popular oferece uma lente fascinante para explorar temas como lealdade, honra e as nuances da vida criminosa.

No entanto, é crucial lembrar que essas representações são frequentemente uma mistura de realidade e ficção, e a verdadeira natureza da Yakuza é muito mais complexa do que muitas vezes é retratada na mídia.

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