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I Love You Freddy | Jogo com uma stalker obcecada por casar com você na marra!

Normalmente histórias focadas em psicopatas tem um foco mais sombrio, seja algo um tanto chocante, como Wanted, que nem Hollywood teve coragem de adaptar, seja algo que provoca o público a pensar sobre o que faria em certas situações, como os contos de Death Note Stories. Além das histórias reais que são inacreditáveis, como Lady Killers, que lista mulheres assassinas em série através dos séculos. Mas existe um meio-termo que pode ser bem assustador, como os stalkers, e "I Love You Freddy" vai para esse lado, mas sem ser nada sombrio, ao invés disso, algo extremamente esculhambado!

Aqui você assume o papel de Freddy, um ator famoso, e que recebe muitas regalias, afinal de contas é isso que as celebridades merecem! Obviamente, quando surgiu a oportunidade de ir relaxar na Ilha do Arco-Íris, um ambiente paradisíaco, e você não perdeu tempo! Infelizmente, a sua agente ligou e deu uma notícia nem um pouco boa. Sua fã stalker, obcecada, Tina, conseguiu fugir da cadeia. E, na verdade a pessoa que te convidou para a ilha, foi ela mesma! Agora você precisa fugir!
Esse é um jogo que eu tenho que bater palmas pela ideia em si. Embora tenhamos um mar de jogos indie super interessantes, temos ainda mais desenvolvedores iniciantes e sem grana alguma tentando entrar na indústria, e assim, a maioria dos games indie sofre do mal de apresentarem propostas genéricas e o desenvolvedor não ter criatividade de evoluir a coisa ou aproveitar suas limitações e usar a seu favor. E aqui, temos algo que me fez lembrar o que os criadores de The Book of the Death for Dummies fizeram, que foi colocar uma história esculhambada por trás para prender.

Estou dizendo isso, porque a jogabilidade de "I Love You Freddy" em si é completamente básica, a polidez com certeza não se destaca, com falta de animação da personagem pra pular a cerca e alguns objetos levitando, mal posicionados, o visual definitivamente é de jogo genérico, sem nada que se destacam inclusive não me surpreenderia se o criador revelasse que apenas comprou os modelos 3D e saiu distribuindo pela ilha. Então ele tinha tudo pra ser só o bagaço.
Temos games indie que não inovam, mas você vê que são todos bem trabalhados, indo desde coisas com o orçamento bem limitado, como o Bem Feito, que chegou a concorrer a melhor jogo brasileiro na Brazil Game Awards, até SteamWorld Build, que teve bem mais grana envolvida, mas ainda é indie e fez tudo com tanto carinho que vicia.

Mas esse não é o caso aqui, o que temos é um jogo muito limitado, e que certamente o criador sabe disso. Porém, ele foi muito habilidoso em disfarçar isso com uma história e proposta tão esculhambada, que faz o humor ser o tempero perfeito para o que as pessoas não cobrem. Tipo o que Need for Drink fez, sendo um simulador online de marido bêbado e mulher briguenta.
E aqui, o que temos é uma mistura da ideia daqueles jogos de terror onde você tem que fugir, mas sem a parte do terror. Mas que ainda assim consegue gerar um baita desespero. Isso porque Tina parece o exterminador do futuro, ela não para de correr. O seu barco afundou e o único jeito de sair é conseguindo os itens para consertá-lo.

Dessa forma, você precisa correr sem parar, localizar lugares cheios de armadilhas, dar um jeito entrar neles, conseguir o que precisa e sair sem cair nas armadilhas. A única coisa que você tem para se proteger é uma pá, mas mesmo que atinja Tina, ela fica por pouquíssimos segundos no chão, antes de levantar e começar a te perseguir.
Ao procurar, vi que a Madwriter Games nasceu como uma produtora de filmes independente, o que explicou o fato de que tem algo realmente muito bom no jogo, que é a dublagem constante. Tina fala pelo celular com Freddy e os diálogos são bem hilários. Isso faz com que o jogo não fique tão seco também, já que estão sempre se comunicando em meio a ameaças e desespero.

O jogo é bastante extravagante, colocando coisas muito exageradas no lugar, indo desde o fato de que Tina afirma ter um tubarão de estimação rodeando a ilha para você não ir embora, até ela ter contratado ninjas, que irão aparecer nas sombras para te pegar. E em meio a todas essas coisas você precisa raciocinar, achando códigos, chaves e se virando.
Infelizmente, achei o nível de dificuldade do jogo algo complicado e que atrapalhou muito a minha experiência. Mas não uma dificuldade comum, e sim daquele tipo que o jogo é um tanto bugado e o criador exagerou ao colocar certas coisas, como a quantidade de armadilhas elétricas ao redor de casas, e Tina ser invulnerável a elas. E tem locais que eu não sabia se era bug ou não, tipo achar uma tora, eu localizei e ela só estava voando, e tinham várias no lugar e não dava pra interagir. Você acha um lugar e não dá tempo de tentar entrar, a Tina já está em cima.

Enfim, é um jogo com uma proposta interessante, mas é aquele tipo de obra pra quem gosta de sofrer, tendo um nível de dificuldade tão alto, que atrapalha a experiência. Acredito que alguns jogadores vão conseguir lidar com mais facilidade, mas infelizmente eu simplesmente não tive habilidade o suficiente pra algo assim.
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Sobre humor em Games

Os videogames têm se destacado não apenas pela sua jogabilidade desafiadora e enredos cativantes, mas também pelo poder de gerar risos e entretenimento através do humor. Muitos títulos se destacam por sua abordagem cômica, usando diálogos engraçados, situações absurdas e personagens excêntricos para garantir momentos divertidos aos jogadores.

Monkey Island é um clássico exemplo de jogo de aventura que incorpora o humor de maneira brilhante. Com seu protagonista sarcástico, Guybrush Threepwood, e situações absurdas que beiram o ridículo, o jogo usa o humor como uma ferramenta fundamental para engajar os jogadores enquanto exploram um mundo repleto de piadas inteligentes.

Outro título que não pode ser esquecido é Portal 2, um jogo de quebra-cabeças que combina humor ácido e diálogos hilariantes. A inteligência artificial GLaDOS, com suas observações sarcásticas, é um exemplo perfeito de como o humor pode ser integrado à narrativa, transformando um jogo desafiador em uma experiência incrivelmente divertida.

Conker's Bad Fur Day é um jogo que desafia as convenções dos jogos de plataforma, apresentando um esquilo bêbado e mal-humorado como protagonista. Com seu humor adulto, situações absurdas e paródias de outros jogos, Conker oferece um estilo de humor irreverente que certamente deixará os jogadores rindo.

Outro título que mistura ação e humor é Borderlands 2, conhecido por seu humor peculiar, piadas irreverentes e personagens excêntricos. O jogo utiliza humor negro e situações exageradas para criar um ambiente de jogo onde o absurdo é a norma.

Os jogos da série LEGO, como LEGO Marvel Super Heroes e LEGO Star Wars, combinam o universo dessas franquias populares com uma abordagem leve e divertida. Com seu estilo de humor físico e visual, esses jogos conseguem cativar tanto jogadores jovens quanto adultos.

Além desses, South Park: The Stick of Truth é um jogo que não tem medo de ir além dos limites, incorporando o humor ácido e muitas vezes controverso da série de TV. Com seu estilo visual que imita perfeitamente o desenho animado e um roteiro repleto de piadas ousadas, o jogo oferece um humor cru e muitas vezes inesperado.

Undertale, embora seja conhecido por sua narrativa emocionante e mecânicas de jogo únicas, também inclui um humor peculiar e muitas vezes surpreendente. Com personagens excêntricos e diálogos sarcásticos, o jogo consegue equilibrar momentos emocionantes com situações hilariantes.

Por fim, The Stanley Parable é um jogo que desafia as expectativas do jogador, fornecendo um narrador sarcástico que comenta cada movimento do protagonista de maneiras inesperadas. O jogo brinca com as convenções dos jogos narrativos, oferecendo múltiplos finais e desafios que muitas vezes resultam em momentos de humor inteligente e reflexivo.

Esses são apenas alguns exemplos de como o humor tem sido uma ferramenta poderosa na indústria dos videogames, proporcionando não apenas entretenimento, mas também um meio para os jogadores se conectarem com as histórias e personagens de maneira única e divertida.

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