Apesar de existir aquela série de pequenos itens que facilitam demais usuários de PC e Notebook, no fim das contas, quem joga, o que quer mesmo é hardware. Infelizmente, nem todo mundo pode ter algo extremamente tunado. Felizmente existem algumas soluções baratinhas, como aquele processador da AMD que roda games sem precisar de placa de vídeo, ou algumas pequenas gambiarras domo o SSD M.2 da Kingston que foi um estouro. Porém, melhor do que algo baratinho, é não pagar nada, e felizmente às vezes algo via software consegue surpreender absurdamente.

O AMD FidelityFX Super Resolution 3 (FSR 3) é uma tecnologia da AMD que aumenta muito a taxa de frames dos jogos semelhante à DLSS da Nvidia. Falando de um jeito resumido, sabe a tecnologia ESRGAN, que surpreendeu tanta gente por pegar jogos do PS1 e fazer as texturas ficarem modernas? Essas tecnologias fazem algo semelhante a isso, só que em tempo real, enquanto o jogo tá rodando.

A FSR surgiu como uma resposta à DLSS da Nvidia. O DLSS usa aprendizado de máquina pra fazer um jogo que estejam com as configurações baixas, ficarem com cara de que estão rodando em uma configuração absurdamente mais alta e com muito fps. A forma que as empresas fazem isso é capturando o jogo rodando no baixo e no Ultra, e falando pro DLSS "É o seguinte, tá vendo esse visual no ultra aqui? Queremos que você se lembre disso e quando ver o jogo rodando só a bagaceira aqui do lado, jogue um 'filtro' em cima em tempo real tirando todo esse serrilhado e fazendo parecer que tá no ultra".

Podemos ver esse tipo de aprendizado com o Playground AI, que gera a imagem que você pedir e vai modificando os detalhes na medida em que você pede. O mesmo com aquela dublagem de Elden Ring pra português, que usa a voz dos dubladores originais e refaz suas vozes em português. A forma de conseguir isso é expondo essas IAs a milhões de imagens e vozes e fazendo elas entenderem o padrão. No caso de games, a própria empresa expõe o DLSS da Nvidia ao jogo rodando mal e bem e vai treinando, e então adiciona o recurso a seu jogo.

Só que as placas RTX da Nvidia vinham com essa tecnologia já nelas, com uma parte da placa dedicada a usar recursos exatamente pra aplicar nisso. E a AMD resolveu lançar algo semelhante, porém se diferenciou por usar software! O FSR acabou não sendo preso a algo da AMD, e também não colocou algum tipo de trava. Isso permitiu que placas das concorrentes também pudessem aproveitar.

O problema, é que ficar treinando jogo não é pra qualquer empresa, isso requer recursos e tempo. Portanto a AMD fez algo que surpreendeu muita gente, que foi tornar o FSR 3 uma tecnologia de código aberto e lançar para o público. E assim, os modders ficaram liberados pra eles mesmos pegarem seus jogos favoritos, fazerem o treinamento e soltarem ou venderem. E o melhor, emuladores também receberam suporte! E aqui estão alguns exemplos usando placas RTX:

The Witcher 3

Cyberpunk 2077

Starfield

Alan Wake 2

Star Wars: Jedi Survivor

E aí, o que acharam? A parte ruim é que isso é basicamente uma simulação visual. Não é o gráfico rodando ali, mas sim algo semelhante a um filtro. Sendo assim, sabe aqueles tik tokers que usam filtro e de repente você vê um errinho durante a movimentação? Algo semelhante pode rolar no FSR, alguns mods vão ficar extremamente bons e outros vão ficar só a bagaceira. Isso significa também que em alguns jogos, ativar ou desativar esses recursos pode melhorar a coisa, não ficando melhor necessariamente porque tá ativado.

Uma outra desvantagem desse recurso, é o uso dele como moleta por empresas. Se já temos jogos quebradíssimos e extremamente pesados, esse tipo de recurso pode ser usado pra empresas não se esforçarem pra polir, mas apenas deixar rodando em uma resolução baixíssima e aplicar esses recursos pra parecer melhor. Além disso, essa tecnologia não faz milagre, então o fps já tem que estar bom pra rodar ainda melhor. Se já estiver todo travado no seu PC, não vai rolar.

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Sobre Placas de Vídeo

As placas de vídeo desempenham um papel crucial na computação gráfica, impulsionando a evolução dos gráficos de forma extraordinária ao longo das décadas. Desde os primeiros dias dos gráficos por computador até os atuais visuais hiper-realistas dos jogos e filmes, as placas de vídeo têm sido o motor por trás dessa revolução. Vamos explorar a trajetória dessa evolução e seu impacto na criação de gráficos cada vez mais realistas.

O Surgimento das Placas de Vídeo

O início da computação gráfica remonta aos anos 1950 e 1960, quando os primeiros computadores começaram a representar imagens simples. Entretanto, foi com o advento das placas de vídeo dedicadas que os avanços significativos foram possíveis.

Nos anos 1970 e 1980, as primeiras placas de vídeo comerciais, como a IBM Monochrome Display Adapter (MDA) e a Color Graphics Adapter (CGA), permitiam a exibição de gráficos básicos em monitores. Mas foi com a chegada da EGA (Enhanced Graphics Adapter) e VGA (Video Graphics Array) que os gráficos começaram a se tornar mais complexos e coloridos.

A Era das Placas Aceleradoras 3D

A virada para gráficos 3D aconteceu com o surgimento das placas aceleradoras 3D na década de 1990. Empresas como NVIDIA e ATI (agora parte da AMD) lançaram as primeiras GPUs (Unidades de Processamento Gráfico), como a NVIDIA RIVA e a ATI Radeon, que permitiram processamento gráfico dedicado para renderização 3D.

Essas placas aceleradoras foram fundamentais para jogos tridimensionais, proporcionando melhorias significativas na qualidade gráfica, como texturas mais detalhadas, iluminação avançada e efeitos especiais mais realistas.

O Avanço das GPUs Modernas

Com o passar dos anos, a capacidade de processamento das GPUs aumentou exponencialmente. O desenvolvimento de arquiteturas mais avançadas, como CUDA da NVIDIA e OpenCL da AMD, possibilitou não apenas gráficos mais realistas, mas também o uso das GPUs para computação de propósito geral em áreas como aprendizado de máquina e renderização científica.

Além disso, a introdução de técnicas como Ray Tracing em tempo real revolucionou a renderização, permitindo a simulação mais precisa de como a luz interage com objetos virtuais, resultando em gráficos ainda mais impressionantes.

Impacto nos Gráficos Realistas

A evolução das placas de vídeo desempenhou um papel crucial na busca pela realidade visual nos jogos, filmes e simulações. A capacidade de processamento cada vez maior permitiu a criação de ambientes virtuais detalhados, personagens mais expressivos e efeitos visuais deslumbrantes.

Jogos modernos como "Cyberpunk 2077", "The Last of Us Part II" e "Red Dead Redemption 2" são exemplos do potencial das placas de vídeo atuais, oferecendo gráficos fotorrealistas que mergulham os jogadores em mundos virtuais imersivos.

As placas de vídeo evoluíram de dispositivos simples para potentes processadores dedicados à computação gráfica. Sua contínua evolução abriu portas para gráficos cada vez mais realistas, expandindo os limites do que é possível em termos de imersão visual e experiência de entretenimento.

À medida que as tecnologias avançam, é empolgante imaginar como as futuras gerações de placas de vídeo continuarão a elevar o padrão dos gráficos, proporcionando experiências visuais ainda mais impressionantes e realistas.