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Bem Feito | Horror analógico brasileiro simula game amaldiçoado do fim do milênio

Emulação é algo que está no DNA da internet! Esse é o motivo do sucesso daquele videogame com milhares de games que maravilhou tanta gente com a praticidade de só plugar e jogar. Da mesma forma tem coisas como o GameSir Pro X2, que o povo mais faz é usar pra deixar o celular parecido com o Nintendo Switch focado em emulação, isso quando não emulam o próprio Switch com ele. E tem o inusitado caso do celular da Samsung que virou ninho de fãs de emulação. Mas antes de tudo isso existiram os emuladores tradicionais no PC, e hoje vou falar de um game indie brasileiro que simula isso de uma forma muito interessante.

Você assume o papel de uma desenvolvedora de jogos que recebe um e-mail de uma moça chamada Fabíola. Ela afirma que achou a rom de um jogo chamado "Bem Feito", que foi lançado em 1999 para um console portátil brasileiro chamado JOGAROTO, mas que ela simplesmente não conseguia achar informações em lugar algum, embora algumas pequenas coisas indicassem sua existência. E assim, você consegue acessar o conteúdo do game através de um emulador, mas tem algo de muito estranho.
Esse jogo tem uma proposta que pode lembrar Simulacra e Replica, que são dois games onde você tem um celular e precisa ir investigando todas as informações dele para destravar novas partes. Porém, aqui temos também um joguinho emulado. Então você precisa ir alternando entre entrar e sair do jogo, seguindo em frente, mas também liberando senhas pra acessar arquivos protegidos.

Graças a essa presença muito mais forte da parte de gameplay tradicional, e o fato de que o jogo "muda" o seu ponto de vista na medida que avança, talvez alguns vejam uma certa semelhança com o idolatrado Inscryption nesse quesito. Até porque a maioria do tempo, você não vai ficar no sistema operacional, mas sim no jogo "emulado" mesmo.
Existe um toque muito forte de essência de creepypasta, com aquela sensação frequente de jogo amaldiçoado. Mas também são abordados diversos temas bem nostálgicos de quando nos aproximávamos da virada do milênio. Coisas como o pavor do Bug do Milênio, o Polybius e o Efeito Mandela são abordados.

Diferente da maioria dos jogos com essa atmosfera, esse tem uma história bastante fechada. Vi uma review dizendo que não explica nada, o que acho completamente falso. Na verdade, eu achei que é fechada demais a história, o que é bem incomum para obras assim. Basta prestar um pouquinho de atenção e você liga os pontos de forma fácil.
Ao iniciar a emulação, você assume o papel de Reginaldo, um rapaz que vive em sua casinha no pequeno planeta B-613. "Bem Feito" é um simulador de vida, portanto é preciso viver o dia a dia do personagem, o colocando para fazer trabalhos diários como regar as plantas, cortar madeira, varrer a casa, etc. E ele também recebe a visita de amiguinhos, no entanto, entre as tarefas coladas na geladeira, sempre tem um final trágico para cada amigo.

O jogo tem um humor ácido tanto fora da emulação, quanto dentro. O próprio nome JOGAROTO é uma referência ao Game Boy, assim como alguns detalhes do tipo o e-mail que você recebe inicialmente, onde a garota faz uma referência à clássica corrente virtual da época do Orkut que começa com "Oi, meu nome é Samara, tenho 13 anos, ou teria se estivesse viva...".
Mas, é dentro da emulação que tem um forte humor macabro, que acaba divertindo por sua fofura, apesar do nível de esquisitice ir ficando cada vez mais macabros. Mas é difícil não dar gargalhadas como quando uma amiga feita de fogo vai te visitar e você leva ela pra dar um mergulho e vira uma poça de sangue por mais que isso não faça sentido. As cartas que os amigos mandam do inferno também sempre muito animadas como se tivesse sido normal morrer de forma gore e com um duplo sentido hilário, como o amigo que morre eletrocutado no videogame e a mensagem dele diz que adorou a "aventura eletrizante" do dia anterior.
 
Se você ama jogos com visuais super fofinhos, como Karmazoo, mas também se atrai por games mais mórbidos e envolvendo mortes brutais de inocentes, como The Kideman Remedy, certamente aqui temos um meio-termo muito bom pra mergulhar em algo que é capaz de te fazer dar gargalhadas, encantar com o estilo, mas também sentir o quanto é sinistro.
No entanto, nem tudo é maravilha no jogo, e é preciso ter um pouco de paciência, especialmente na hora de zerar. Isso porque por mais que pareça, não existe só um caminho na aventura. E o mais óbvio leva a um local que faz parecer que já era. Eu fiquei preso, fui ver algum vídeo do jogo completo, e teve uma pessoa que só não sabia o que fazer e abriu os créditos. Ou seja, foi como se ela pensasse "Ué... Não tem mais nada pra fazer..." e, devido ao nível de esquisitice do jogo, pensasse que aquilo tinha sido o final.

O visual do jogo é bem atraente para quem gosta de algo mais retro. É aquele estilinho 2.5D, com um personagem pixelizado, mas em um mundo 3D simples. A coisa toda se passa em sua pequena casinha, com locais como o esgoto, o lago, a horta, a macieira e você tendo que fazer as missões com o que tem ali, sempre preparando as tarefas do dia.
Eu gostei de ver como o desenvolvedor mergulhou em tentar fazer uma gameplay que, apesar de usar jogabilidade básica, apresenta uma boa variação delas e as une. Temos muitos jogos brasileiros que divertem, como The Book of the Death for Dummies e Vampire Hunters, mas boa parte deles podem se perder no mundo de games indie por usarem fórmulas muito básicas na gameplay.

Enfim, se você estiver procurando um jogo rápido, esse tem a média de duas horas pra zerar. E ainda é muito atmosférico, sendo perfeito para jogar de noite e mergulhar em um universo de horror analógico, com aquela sensação de algo antigo e esquecido. Seria legal se tivéssemos mais jogos feitos com esse carinho, e ainda mais sendo brasileiro, bom demais!
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Sobre Creepypastas de Games

Desde o surgimento da internet, uma infinidade de histórias assustadoras e intrigantes têm encontrado seu lar nas profundezas da rede. Entre essas narrativas, as "creepypastas" emergem como contos de terror contemporâneos, explorando o lado sombrio e desconhecido dos jogos eletrônicos. Dentro desse universo, os "jogos amaldiçoados" se destacam como relatos envolventes e aterrorizantes.

As creepypastas são histórias de terror, muitas vezes compartilhadas de forma anônima online, explorando temas macabros, sobrenaturais e assustadores. Elas podem ser baseadas em lendas urbanas, experiências pessoais, ou simplesmente fruto da imaginação fértil de seus criadores. Os jogos amaldiçoados são um subconjunto desse gênero, focados em narrativas que giram em torno de videogames supostamente possuídos por forças sobrenaturais, trazendo consigo consequências aterrorizantes para quem os joga.

Um dos exemplos mais icônicos é o famoso "Polybius". A lenda conta que nos anos 80, nos fliperamas de Portland, nos Estados Unidos, surgiu um jogo de arcade chamado Polybius. Alegava-se que o jogo causava efeitos colaterais bizarros nos jogadores, como amnésia, pesadelos, e até mesmo comportamento violento. A máquina do jogo desapareceu misteriosamente após algumas semanas, alimentando teorias conspiratórias sobre seu propósito e origem.

Outro exemplo é o "Ben Drowned", baseado no jogo "The Legend of Zelda: Majora's Mask". Nesta creepypasta, um cartucho amaldiçoado é adquirido por um jovem, que descobre perturbadoras alterações no jogo, como a presença de um personagem fantasmagórico chamado "Ben". A história se desenrola com eventos estranhos acontecendo no jogo, que parecem transcender para a vida real do jogador.

Os elementos comuns nas narrativas de jogos amaldiçoados geralmente incluem a presença de glitches perturbadores, imagens distorcidas, histórias de fundo sinistras e relatos de comportamento inexplicável tanto dentro quanto fora do jogo. O aspecto mais cativante dessas histórias é a sensação de realismo que os criadores conseguem transmitir, misturando elementos do jogo com supostas experiências pessoais, criando assim um ambiente de horror autêntico.

Embora a maioria dessas histórias seja puramente fictícia, elas são capazes de mexer com a imaginação dos leitores, explorando o medo do desconhecido e a fusão entre o mundo virtual e o real. Muitos entusiastas e curiosos são atraídos por essas narrativas, buscando mais informações sobre os supostos jogos amaldiçoados ou até mesmo tentando replicar as experiências descritas, adicionando um toque de emoção e mistério à sua própria vivência.

Contudo, é importante ressaltar que as creepypastas são, em sua maioria, ficção. Elas são criadas para entreter e assustar, e não devem ser interpretadas como fatos reais. Muitas vezes, os elementos sobrenaturais e assustadores nelas contidos são puramente produtos da imaginação dos autores, destinados a criar uma atmosfera de suspense e terror.

Em suma, as creepypastas de jogos amaldiçoados continuam a fascinar e perturbar os entusiastas de histórias de terror e jogos eletrônicos. Elas oferecem uma jornada emocionante pelo lado mais obscuro e misterioso da cultura dos games, despertando a curiosidade e alimentando a imaginação daqueles que se aventuram por essas narrativas sombrias.

Seja como entretenimento ou como uma forma de explorar os limites entre ficção e realidade, as creepypastas de jogos amaldiçoados permanecem como uma parte intrigante e assustadora do vasto mundo da internet e da cultura pop contemporânea.

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