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The Lord of the Rings: Return to Moria | Um jogo de sobrevivência embaixo da Terra Média

Quando você vê fãs indecisos entre pegar aquele Box ultra elegante do Senhor dos Anéis, ou optar pela maravilhosa versão com ilustrações do artista que criou o visual da Terra Média, e ainda aqueles fãs que decidem usar aquela réplica perfeita do Anel do Poder, você nem precisa conhecer a saga de J.R.R Tolkien pra saber que é uma franquia de sucesso. E a Terra Média é gigante e cheia de possibilidades, quem jogou o  RPG de Mesa do Senhor dos Anéis, sabe bem que tem um verdadeiro mundo em cada canto. E hoje vou falar sobre um jogo que explora um desses ambientes.
 
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Mais de mil anos se passaram após os e ventos da Sociedade do Anel, e o antigo lar original do Reino Anão continua abandonado no subterrâneo. Mas Gimli decide que é hora de finalmente o seu povo lutar para retomar o controle desse ambiente, agora amaldiçoado após a luta contra Sauron. E assim, guia uma expedição para as Minas de Moria.
Eu sempre considerei o mundo do Senhor dos Anéis algo meio estranho no quesito adaptações. Isso porque em um pensamento rápido, a sensação que tenho é um desperdício de universo, com pouquíssimas adaptações. No entanto, se penso mais profundamente, vejo que teve um verdadeiro mundo de jogos diferenciados.

Por exemplo, The Lord of the Rings: The Two Towers, de Game Boy Advance é um jogo que com certeza pode surpreender muita gente ao apresentar a jogabilidade de Diablo no mundo do Senhor dos Anéis. E tem algumas obras mais grandiosas e que ninguém fala sobre, como o maravilhoso The Lord of the Rings: Conquest, que refaz todas as batalhas em ambientes caóticos cinematográficos.
E claro, temos os mais populares, mas mesmo eles acabaram às vezes tendo o pico de popularidade apenas em suas épocas, como foi o caso de The Lord of the Rings - The Battle for Middle Earth, que foi um estouro em seu tempo (2004), mas hoje em dia muita gente não faz a mínima ideia do que foi. Já The Lord of the Rings: Shadow of the War, deu um novo gás a esse universo após ter sido esquecido por muito tempo no mundo dos videogames, mas por outro lado, fica literalmente nas sombras do universo principal.

Então é aquilo, o Senhor dos Anéis na verdade tem uma tonelada de jogos, mas talvez acabe passando a sensação de ter pouco às vezes, exatamente pelo espaçamento entre lançamentos. O maior foco mesmo foi na época do lançamento da trilogia, que embora a maioria fosse genéricos apenas para vender junto com o filme. Pra ter uma ideia, embora O Hobbit - Uma Jornada Inexplorada tenha saído uma década depois, ele recebeu um jogo na época da trilogia!
Talvez isso tenha a ver com Christopher Tolkien (Terceiro filho de J.R.R. Tolkien), que fazia de tudo pra evitar adaptações. Ele odiava os filmes da trilogia e quando o Hobbit estava sendo filmado, chegou a dizer que “Eles dilaceraram o livro o transformando em um filme de ação para um público jovem de 15 a 25 anos e parece que O Hobbit será o mesmo tipo de filme”. Também: “Tolkien se tornou um monstro, devorado pela própria popularidade e absorvido pelo absurdo que é a atualidade”, e ainda:. “O abismo entre a beleza e a seriedade e o que ele se tornou, acabou comigo. A comercialização reduziu a uma estética e filosofia vazias. Para mim, só há uma solução: virar a cara”.
 
Sim, ele descia o pau, mas antes disso, o próprio J.R.R. Tolkien não gostava muito da ideia e inclusive é bastante falado o caso dos Beattles que queriam fazer uma adaptação para o Senhor dos Anéis e ele negou. Ironicamente, apenas quatro anos após sua morte, tivemos a animação de O Hobbit, que hoje em dia é bastante underground. Então talvez com a morte de Christopher Tolkien em 2020 isso tenha de alguma forma facilitado adaptações, pois logo depois começamos a ouvir falar bastante.
Tivemos a série da Prime Video, "O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder", que foi investida uma tonelada de dinheiro, e inclusive coisas mais improváveis, como o caótico caso do jogo do Gollum. Digo improvável, porque de repente algo que estava nas mãos da Warner Bros Games, foi adaptado pela empresa alemã Daedalic Entertainment, que poucos anos antes fazia jogos bem indie.

E The Lord of the Rings: Return to Moria, é outro jogo que explora outras partes desse universo, mas também nas mãos de outra desenvolvedora, a Free Range Games, que a maioria de seus jogos foram dando apoio a outras empresas, e não sendo a desenvolvedora principal, sendo que o que ela fez sozinha que teve mais sucesso foi Spelldrifter, um jogo de notas neutras na Steam. Já a distribuição ficou com a North Beach Games.
Apesar de tudo, tá aí um jogo que me foi uma verdadeira surpresa! Se por um lado o jogo do Gollum, que tinha muito mais potencial por ser de uma empresa já reconhecida e cheia de jogos com ótimas notas, foi um caos, esse aqui poderia ser ainda pior. Mas os caras colocaram a alma aqui e fizeram um jogo bastante decente. Inclusive pra quem não é fã da saga, pois acho que assim como sempre tem fãs de obras futurísticas como Ghostrunner 2, também sempre tem quem ame obras medievais e essa é bem aberta até pra quem não é fá especificamente de LOTR.

Eu esperava que a coisa fosse como The Lord of The Rings Online, com um mundo pronto para ser explorado ali, sendo imutável. Mas o que temos aqui é uma experiência survival com "semente". Ou seja, aquele tipo de jogo que você coloca um número e esse número gera um jogo de forma aleatória, dando sempre uma experiência nova! Tipo Minecraft. Isso por si só já é algo mais empolgante e faz com que seja misterioso explorar.
O gênero survival é realmente complicado em se inovar e normalmente ficam muito parecidos uns com os outros. É só ver jogos como Valheim, Medieval Dynasty e Conan Exiles. Por mais que tenham suas peculiaridades, no geral tem aquela mecânica básica, ir cortar árvores, pegar pedra e criar ferramentas e uma casa. E tem aqueles que adiciona pequenos elementos diferenciados, como V Rising, com mecânicas do sol te matar por você ser um vampiro, Green Hell, com o nível de dificuldade cabuloso onde você precisa checar o corpo em busca de ferimentos que podem evoluir, ICARUS, com a mecânica de tempo pra fazer missões e depois pegar um módulo de fuga.

No caso de The Lord of the Rings: Return to Moria, a ideia foi focar em uma ambientação bem diferenciada, como vemos em alguns jogos, como Wild West Dynasty, que é ambientado no Velho Oeste. E aqui, a coisa fica intensa por se passar no subterrâneo de uma montanha. O ambiente acaba sendo naturalmente misterioso e até mesmo medonho. Muito escuro e com ruínas que são geradas aleatoriamente.
Eu gosto muito de Deep Rock Galactic, jogo de exploração com anões espaciais, e o usei como base para o que esperava. Porém com o gênero diferente. Mas provavelmente se eu quisesse ser mais fiel, provavelmente deveria ter feito essa comparação com Queen Under the Mountain, que também é um simulador de reino anão no subterrâneo.

E o que temos aqui é algo com os elementos básicos de um jogo de sobrevivência, mas muito maior foco nos minérios. Você vai achar madeira através das ruínas, em coisas antigas que você pode quebrar e pegar, a poderá fazer buracos nas paredes para escavar por tipos de minérios diferentes. Apesar de tudo, diferente do que imaginei, o jogo não é um cavernão onde preciso construir uma casa. Ao invés disso, temos uma quantidade enorme de ruínas.
É necessário se concentrar em explorar o lugar e procurar por recursos para construir determinadas coisas. Indo desde ferramentas básicas para a extração de mais recursos, até estruturas complexas para conectar certas partes e assim ir fazendo o seu cantinho, com atalhos próprios e partes dedicadas para a fabricação de determinadas coisas.

Também é necessário criar fornalhas, cama para você ter onde reaparecer e diversos itens para aprimorar os seus itens ou simplesmente ter algum tipo de vantagem. Naturalmente quanto mais complexa for a coisa, mais materiais vão ser necessários. Sendo que determinados recursos vão precisar ser primeiro refinar para então usar. E para isso, terá que se aprofundar cada vez mais, também tendo que enfrentar perigos.
Ou seja, você vai encontrar muitas estruturas em caos, porém sendo locais escuros e com tudo quebrado. mas não são locais sem vida alguma, você vai também achar inimigos que tomaram conta, indo desde criaturas domésticas inimigas, treinadas pra te atacar, até alguns seres selvagens que podem ou não ser agressivas.

Ao matar essas criaturas, dá pra extrair carne e usá-las como alimento. Da mesma maneira, você também pode colher alguns itens vegetais, como cogumelos e até mesmo frutas. Apesar de ser no subterrâneo, você achará coisas como santuários élficos onde vai ter a presença de árvores e cachoeiras, o que dá uma bela variada no lugar.
Eu gostei muito do fato de que o jogo não é meramente um survival, mas também um jogo com história. E assim, você sente mesmo que está evoluindo em sua jornada misteriosa por um ambiente que foi gerado aleatoriamente. Pode ser algo semelhante ao nível narrativo de We Are the Dwarves, que foca em uma jornada de três anões pelo subterrâneo.

E por falar em três, o jogo tem multiplayer e acho que é altamente recomendado você achar um amigo pra explorarem juntos, pois pode ser realmente muito mais divertido o modo cooperativo. Digo isso porque o clima misterioso presente vai fazer ser uma surpresa para grupos quando alguém fazer um buraco na parede e chegar a uma tribo irada, ou um belo santuário. Além de que certamente vai ser demais ver a base ser construída e evoluir.
Uma outra coisa bacana que pode ser incrível na presença de amigos, é a possibilidade de achar artefatos mágicos pelo lugar. Indo desde armas com efeitos especiais, até achar livros que vão destravar habilidades de fabricar coisas que você não tinha inicialmente. Sem contar com os mapas do tesouro, que podem fazer o seu grupo sair em uma verdadeira aventura.

O jogo também conta com muito fanservice, o que pode não ser do agrado de alguns jogadores, mas pode empolgar muito outros. Então você vai achar inscrições misteriosas espalhadas pelo lugar e feitas por um mago antigo, e que mago é esse? Lógico, só podia ser o Gandalf! E sempre tem uma coisinha aqui e ali relacionada à trilogia.
Graficamente eu achei normal o jogo, algo bem médio mesmo e que duvido muito que consiga impressiona alguém para a época em que foi lançado. Acho até que falta charme, pois enquanto tá longe de ter a beleza de Lords of the Fallen, também não se concentra em ter algo charmoso mesmo que com gráficos limitados, tipo You Will Die Here Tonight. Por outro lado, a parte boa é que isso obviamente acaba abrindo possibilidade para que pessoas com computadores mais modestos também possam aproveitar a aventura.

Enfim, apesar de eu não considerar algo muito inovador, a ambientação diferenciada e presença constante da sensação de você estar explorando e revelando a história, como uma jornada no submundo, dá um charme muito especial e é um jogo que fãs de obras cooperativas certamente vão adorar. Recomendo!

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Relembrando A Guerra do Anel

A Guerra do Anel foi um conflito épico que ocorreu na Terra-média no final da Terceira Era, envolvendo as forças do bem e do mal, lideradas respectivamente pelo mago Gandalf e pelo Senhor das Trevas Sauron. O objetivo principal da guerra era impedir que Sauron recuperasse o Um Anel, um poderoso artefato mágico que ele havia forjado para dominar os outros Anéis de Poder e toda a Terra-média.

Os protagonistas

Os principais protagonistas da guerra foram os membros da Sociedade do Anel, um grupo formado por representantes das principais raças livres da Terra-média: quatro hobbits (Frodo Bolseiro, Samwise Gamgee, Peregrin Took e Meriadoc Brandybuck), um elfo (Legolas), um anão (Gimli), dois homens (Aragorn e Boromir) e um mago (Gandalf). A missão da Sociedade era levar o Um Anel até a Montanha da Perdição, em Mordor, o reino de Sauron, e destruí-lo nas mesmas chamas em que foi criado.

Os antagonistas

Os principais antagonistas da guerra foram os servos de Sauron, que buscavam recuperar o Um Anel para seu mestre. Entre eles, se destacavam o mago Saruman, que se corrompeu pelo poder do Um Anel e se aliou a Sauron, construindo uma fortaleza em Isengard e criando um exército de orcs e uruk-hai; o espião Gollum, que já havia possuído o Um Anel e o perdeu para Frodo, e que tentava recuperá-lo a qualquer custo; e o Rei Bruxo de Angmar, o líder dos Nazgûl, os espectros que serviam a Sauron e que eram os antigos portadores dos Nove Anéis dos Homens.

Os aliados

Os aliados da Sociedade do Anel eram os povos livres da Terra-média, que resistiam à ameaça de Sauron e lutavam pela preservação de suas terras e culturas. Entre eles, se destacavam os reinos de Gondor e Rohan, os principais aliados dos homens; os elfos de Rivendell e Lothlórien, que possuíam os Três Anéis dos Elfos e que ajudaram a Sociedade com conselhos e provisões; e os anões de Erebor, que guardavam a Arkenstone, uma joia de grande valor para seu povo.

Os objetos

Os objetos mais importantes da guerra eram os Anéis de Poder, que foram criados pelos elfos com a ajuda de Sauron, que se disfarçou de um benevolente artífice chamado Annatar. Sauron ensinou aos elfos a arte de forjar os anéis, mas secretamente criou o Um Anel, que tinha o poder de controlar os outros. Os elfos perceberam a traição de Sauron e esconderam os Três Anéis dos Elfos, que eram os mais poderosos depois do Um. Sauron então atacou os elfos e capturou os Sete Anéis dos Anões e os Nove Anéis dos Homens. Os anéis dos anões foram consumidos pelos dragões ou recuperados por Sauron, mas os anéis dos homens corromperam seus portadores e os transformaram nos Nazgûl, os servos mais fiéis de Sauron.

Outros objetos importantes da guerra eram as relíquias dos reis de Gondor, que eram herdeiros dos númenoreanos, um povo abençoado por Eru Ilúvatar, o criador de todas as coisas. Entre essas relíquias, se destacavam a espada Narsil, que foi quebrada na batalha em que Isildur, o ancestral de Aragorn, cortou o Um Anel do dedo de Sauron; a espada Andúril, que foi reforjada a partir dos fragmentos de Narsil e que foi usada por Aragorn na guerra; e os Palantíri, as pedras videntes que permitiam a comunicação à distância, mas que também podiam ser usadas por Sauron para enganar e manipular seus inimigos.

Os eventos

Os eventos mais importantes da guerra foram as batalhas que ocorreram entre as forças do bem e do mal, e que decidiram o destino da Terra-média. Entre essas batalhas, se destacavam a Batalha de Helm’s Deep, em que os rohirrim, os cavaleiros de Rohan, defenderam sua fortaleza contra o ataque dos uruk-hai de Saruman; a Batalha dos Campos de Pelennor, em que os gondorianos, os homens de Gondor, resistiram ao cerco de Minas Tirith, a capital de seu reino, contra as hordas de orcs, trolls e haradrim de Sauron, e receberam a ajuda dos rohirrim e dos dúnedain, os guardiões do norte; e a Batalha do Portão Negro, em que os exércitos do oeste, liderados por Aragorn, desafiaram Sauron em sua própria terra, para distraí-lo e permitir que Frodo e Sam chegassem à Montanha da Perdição e destruíssem o Um Anel.

O desfecho

O desfecho da guerra foi a vitória das forças do bem, graças ao sacrifício de Frodo e Sam, que conseguiram levar o Um Anel até a Montanha da Perdição e destruí-lo, apesar da traição de Gollum, que morreu junto com o anel nas chamas do vulcão. A destruição do Um Anel causou a derrota de Sauron, que perdeu todo o seu poder e foi banido para sempre da Terra-média. Os exércitos do mal foram dispersos e os reinos livres foram restaurados. Aragorn foi coroado como o rei de Gondor e Arnor, e se casou com Arwen, a filha de Elrond, o senhor de Rivendell. Gandalf, Galadriel, Elrond e os outros portadores dos Anéis dos Elfos partiram para as Terras Imortais, junto com Bilbo e Frodo, que foram honrados por seus feitos. Sam, Merry e Pippin voltaram para o Condado, onde viveram felizes por muitos anos.

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