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Fort Solis | Jogo de suspense espacial com atmosfera muito densa e dubladores famosos

Obras espaciais conseguem ser versáteis de uma maneira que pode surpreender muita gente, e isso pode ser visto com clareza ao se ver que enquanto a Bíblia dos Nerds é a coisa mais esculhambada possível, mas por outro lado a ideia de aventura é frequentemente explorada, indo desde aquela maravilhosa edição super tunada de Star Wars lançada no Brasil, até o quanto esse tipo de obra consegue inspirar e gerar coisas atmosféricas como o controle de PC e Xbox de Starfield que parece um painel de nave. E indo além, temos o horror e suspense espacial, que costumam gerar verdadeiras maravilhas e hoje falarei sobre uma! Fort Solis!

A história se passa no futuro, e apresenta dois engenheiros espaciais que veem seu trabalho interrompido com um chamado de emergência da base espacial de mineração, Fort Solis. Você assume o papel de Jack Leary, que deduz que se trata de um engano, mas vai até o lugar mesmo assim, enquanto sua parceira, Jessica Appleton, lhe auxilia. Ao chegar, se depara com uma base vazia e sem energia, mas na medida em que explora, percebe que algo de realmente sinistro aconteceu ali.
Esse é um jogo que descobri de surpresa, pois não tinha ouvido falar sobre e quando o descobri, já era quase no lançamento. A apresentação dele acabou naturalmente me lembrando um dos jogos que chegou na onda de Dead Space Remake. E acho que boa parte do público pensou algo semelhante, mesmo com o trailer não mostrando nada de inimigos macabros ou algum combate. Infelizmente acho que esse foi o maior erro da maioria no fim das contas.

Definitivamente Fort Solis é um jogo que consegue gerar uma expectativa imensa. O seu gráfico maravilhoso com uma atmosfera densa de investigação e a presença de dubladores famosos como o Troy Baker, de jogos como Death Stranding e Far Cry 4, Roger Clark, que deu sua voz ao protagonista de Red Dead Redemption 2, e até mesmo a atriz Julia Brown, de The Last Kingdom.
Então quando lançou e vi que as notas estavam como neutras (depois melhoraram), e dei uma olhada, vi que a grande decepção, é que boa parte das pessoas realmente esperava mais um Dead Space mesmo, e o que o jogo oferece é uma experiência bastante diferente. Como tem uma atmosfera densa, em uma base espacial escura, é fácil pensar no jogo como um survival horror ou algo assim, mas a verdade é que ele é um jogo de exploração e narrativo. E lançado em época de jogos como The Texas Chainsaw Massacre, certamente muita gente esperava algo desse nível visual com mais agitação.

Então o que você tem aqui é um local onde é preciso descobrir o que aconteceu, mas por mais ameaçador que o ambiente seja, o foco dele não é te colocar em uma experiência de horror, mas realmente em uma de suspense. Sendo assim, quando você olha um rastro de sangue no chão, é algo muito mais para intrigar e te fazer investigar do que algo para te preparar para ser atacado. Os personagens falam o tempo todo, e a coisa é dividida em capítulos como se fosse uma série de TV. Então é um forte foco na história mesmo.
Inclusive uma coisa muito legal, e que acho que tornou o jogo bem mais realista, é que essas conversas frequentes além de serem fluídas, foram escritas de uma forma que os personagens parecem pessoas reais em uma situação dessas. Sendo assim, a própria dupla de protagonistas se zoa, comentando sobre uma série de TV e como essa situação é sinistra. Uma hora em que eu estava explorando um local super escuro e misterioso, e do nada a Jess solta aquele som dos filmes do Jason "ch ch ch, ah ah ah" e logo depois ri, dizendo que não aguentou.

Esse tipo de atitude dos personagens acaba dando um toque bem mais real, porque normalmente nessas obras, a coisa mais óbvia pode aparecer e os personagens sempre agem como se aquela criatura não existisse em obras da ficção daquele universo e ficam com aquelas caras de bobo de "Ohhh, mas o que é isso?". Aqui não, os próprios personagens comentam sobre como é sinistro entrarem em uma base sem energia, e brincam que uma criatura deve estar rondando o local.
Então o que você tem que fazer basicamente é ligar a eletricidade, descobrir senhas e usar elementos do seu cenário a seu favor para ter acesso a outros locais. Ele não é o tipo de jogo pra sair pulando diálogo. Se você achar uma carta, leia, se achar gravações, as ouça, assim como é preciso assistir aos vídeos. Isso porque é parte da proposta e também é o que mantém o elemento principal, que é a história. Felizmente o jogo tem legendas e menus em português, então é tranquilo.

Os puzzles não são muito desafiadores. No geral o que eu mais achei complicado de encarar foram os mapas, pois é extremamente impreciso o mapa digital e muitas vezes eu fiquei perdido porque a posição do personagem se teletransportava. Nesse quesito eu achei o jogo bem frustrante, e isso piora com o fato de que o seu personagem não corre. Ele anda em uma tranquilidade extremamente irritante e tiveram vezes que olhei um corredor e só voltei porque eu preferi ir procurar em outro lugar do que esperar ele andar aquilo tudo.
A experiência de jogo é bastante rápida, dando para zerar em cinco horas, mas certamente se o personagem pudesse correr um pouco, tenho quase certeza que esse tempo diminuiria para pelo menos três horas de duração. A sorte é que quando você não está perdido, isso é até que tolerável e dá pra fazer suas coisas tranquilamente, mas assim que se perde, começa a irritar.

O jogo não tem combates no estilo padrão, e assim quando você for enfrentar algum perigo, é tudo baseado em quick time events, mas mesmo eles eu não sei bem se é possível falhar, já que errei muitas vezes e não vi a coisa indicar que iria falhar em momento algum. Para alguns jogadores pode ser bem frustrante, mas eu gostei.

Não que eu quisesse que adicionassem um sistema de combate complexo como o de We Who Are About to Die, mas eu sinceramente acho que poderiam ter se esforçado um pouco mais em colocar mecânicas extras mais modestas. Você vê jogos como Affogato, que pegam múltiplas mecânicas e unem, mas sem serem algo fenomenal. E aqui, eles podiam ao menos ter se concentrado nos puzzles, que tem em baixa quantidade e os que tem não são muito difíceis. Acho que ter puzzles resolveria o problema geral do jogo, pois ao menos focaria em uma proposta e não pareceria tanto que você só está andando.

Os gráficos do jogo são maravilhosos, com ambientes muito bem detalhados e uma escuridão e efeitos de luz e sombra que são bem imersivos. Caiu muito bem a coisa com a proposta de ser um jogo de suspense investigativo espacial. E o estilo narrativo faz com que dê aquele toque de obra que parece muito mais um filme ou série de TV.
Enfim, Fort Solis é um jogo rápido, atmosférico, mas acho que é focado em um público que goste de games focados em história. É preciso ter noção de que não se trata de um jogo Triplo A, apesar do visual e elenco poder sugerir isso. Foi desenvolvido pela Fallen Leaf e Black Drakkar Games, que não achei nada desenvolvido antes por elas, o que me faz pensar que é um daqueles estúdios pequenos, mas formado por veteranos. Mas assim como o preço do jogo é modesto, sua jogabilidade também é limitada.
 
 
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Sobre suspense espacial

A ficção científica sempre foi um gênero que nos leva a explorar o desconhecido, tanto em termos de espaço quanto de conceitos. Quando se trata de ambientar histórias de mistério e horror no espaço sideral, uma nova dimensão de medo e suspense se abre. Vamos explorar como obras de diversos tipos de mídia têm utilizado o cenário espacial para criar atmosferas de suspense e mistério que são únicas e envolventes, muitas vezes ecoando a influência de H.P. Lovecraft.

O cinema tem sido um terreno fértil para a exploração do mistério e do horror no espaço. Filmes icônicos como "2001: Uma Odisséia no Espaço" e "Alien - O Oitavo Passageiro" mergulham profundamente no desconhecido cósmico para criar narrativas inquietantes e intensas. Essas obras muitas vezes evocam o estilo de Lovecraft, que frequentemente explorava a insignificância humana diante do desconhecido cósmico.

Na literatura, escritores têm levado o mistério espacial a novos patamares, muitas vezes incorporando elementos lovecraftianos em suas histórias. Stanisław Lem, em "Solaris", explora questões filosóficas complexas enquanto seus personagens enfrentam enigmas cósmicos. O romance é uma exploração intelectual sobre a natureza da realidade, uma temática recorrente nas obras de Lovecraft.

Jogos de vídeo também abraçaram o suspense espacial, muitas vezes mesclando elementos de horror lovecraftiano com cenários espaciais. "Dead Space" coloca os jogadores em uma espaçonave abandonada, onde a sensação de isolamento e a ameaça alienígena lembram as obras do mestre do horror cósmico. "Event Horizon", tanto como filme quanto como jogo, expande o horror cósmico com uma narrativa que explora o desconhecido e o sobrenatural, em sintonia com o estilo de Lovecraft.

O espaço sempre foi uma fronteira final repleta de mistérios e perigos, e a influência de H.P. Lovecraft é evidente nas obras que abordam o medo do desconhecido de maneira envolvente. Lovecraft frequentemente explorou a ideia de que a humanidade está à mercê de forças cósmicas incompreensíveis, e essa filosofia se encaixa perfeitamente no cenário espacial, onde o inesperado e o inexplicável podem surgir a qualquer momento.

Seja no cinema, na literatura ou nos videogames, a ficção científica espacial oferece um cenário único para explorar mistério e horror, muitas vezes emprestando elementos da obra de H.P. Lovecraft. O espaço cósmico é, por natureza, um ambiente de fronteira, onde o inesperado e o inexplicável podem surgir a qualquer momento. Obras como "2001: Uma Odisséia no Espaço", "Solaris", "Dead Space" e "Event Horizon" demonstram como a ficção científica espacial pode mergulhar nas profundezas do medo humano, proporcionando experiências memoráveis e perturbadoras. Assim, o espaço continua a ser um palco fascinante e assustador para contar histórias que nos mantêm à beira do nosso assento, lembrando-nos de que, mesmo enquanto exploramos as estrelas, ainda há muito a ser descoberto e temido nas vastas fronteiras do universo, uma reflexão que ecoa as obras de Lovecraft.

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