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Vingança! Autor de Fables deu o troco na DC Comics da forma mais dolorosa possível

Não é surpresa nenhuma pra ninguém que a cultura pop está infestada de obras clichês e uma copiando a outra. Isso não poderia ser diferente no mundo dos quadrinhos, e portanto é fácil ver fãs idolatrando obras únicas, seja algo como Fence, que foca em um tipo de história muito difícil de se ver, mangás como Nas Montanhas do Terror, que reúne vários autores pra, juntos, criarem uma obra grandiosa, ou mesmo obras nacionais como Despacho, que mergulha no submundo brasileiro. São obras únicas e atraentes. Mas o que acontece quando um criador se rebela contra a editora e decide dar o troco da forma mais extrema possível? Bom... Foi o que o criador de "Fábulas" fez.
 
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Fables (ou Fábulas, como veio para o Brasil) é uma revista em quadrinhos publicada em 2002 com selo Vertigo, focado no mundo das HQs adultas e criado pelo quadrinista Bill Willingham. Ele fez um acordo com a DC na época, onde tudo o que publicasse de Fable, licenciasse, criasse brinquedos, sempre tivesse que ser pela editora. O idolatrado jogo The Wolf Among Us é uma adaptação do universo de Fables.

Apesar do jogo estar longe de ter o nível de violência de coisas como aquele Fatality baseado em um filme do Tarantino, se destacou por sua violência relacionada a personagens de contos de fadas, o que dá um impacto muito grande. E o elemento narrativo é muito forte, e se na lista dos games mais jogados da Steam em cada ano das suas primeiras duas décadas vimos The Walking Dead em 2012, a Telltale Games certamente teria visto The Wolf Among Us em outro ano se a surpresa de sua fórmula já não tivesse sido apresentada antes.
 
Como a DC sacaneou o autor

Fábulas foi um sucesso, mas o tempo passou desde o contrato, e enquanto na época, a coisa foi boa. O autor disse que ao longo dos anos, as pessoas com que ele assinou foram saindo e cada vez mais a editora passou a agir de má fé. Em entrevista à Bleeding Cool, quando questionado  sobre o assunto, ele comentou o seguinte:

“Muitas coisas para listar exaustivamente, mas aqui estão alguns destaques: Ao longo dos anos de meu relacionamento comercial com a DC, com a Fables e com outras propriedades intelectuais, a DC sempre violou seus acordos comigo. como esquecer de buscar minha opinião sobre artistas para novas histórias, ou para capas, ou formatos de novas coleções e tal. Naquelas ocasiões, quando chamados, eles automaticamente diziam: "Desculpe, esquecemos você de novo. Isso só passou despercebido". Eles usam a frase "Passou despercebido" com tanta frequência, e de forma tão reflexiva, que eventualmente tive que impedi-los de usá-la novamente. Eles muitas vezes atrasam comissões ​​e muitas vezes mandam valores menores, obrigando-me a ir atrás deles para pagar o restante do que é devido.

Ultimamente, porém, as suas práticas têm crescido para além destes meros aborrecimentos, provocando uma espécie de confronto. Primeiro, eles tentaram me forçar a fazer uma queda de braços pela propriedade de Fables. Quando Mark Doyle e Dan Didio me abordaram pela primeira vez com a ideia de trazer Fables de volta para seu 20º aniversário (ambos cavalheiros já foram demitidos de DC), durante as negociações do contrato para as novas questões, seus negociadores legais tentaram fazer disso uma condição do acordo que o trabalho fosse feito como trabalho contratado, efetivamente jogando a propriedade irrevogavelmente nas mãos da DC. Quando isso não deu certo, a desculpa deles foi: "Desculpe, não lemos o seu contrato durante essas negociações. Achávamos que possuíamos [Os direitos da HQ]".

Mais recentemente, durante conversações para tentar resolver as nossas muitas diferenças, os responsáveis da DC admitiram que a sua forma de interpretar o nosso acordo de publicação, e do seguinte acordo de direitos de comunicação social, é de que eles poderiam fazer o que quisessem com a propriedade. Eles poderiam mudar histórias ou personagens da maneira que quisessem. Eles não tinham nenhuma obrigação de proteger a integridade e o valor da propriedade intelectual, nem deles próprios, nem de terceiros (Telltale Games, por exemplo) que desejam alterar radicalmente os personagens, cenários, história e premissas da história (eu vi o roteiro que eles tentaram esconder de mim por alguns anos). Também disseram que eles não me deviam dinheiro algum pelo licenciamento dos direitos de Fábulas a terceiros, uma vez que tal licença não estava prevista em nosso contrato de publicação original.

Quando eles se renderam em alguns dos pontos em uma teleconferência posterior, prometendo por telefone me devolver o dinheiro devido pelo licenciamento de Fables para a Telltale Games, por exemplo, na execução do novo acordo, eles renegaram sua palavra e ofereceram o o valor prometido, em vez disso, como sendo uma "taxa de consultoria", o que evitou admitirem que se tratava de dinheiro devido e incluía um acordo de não divulgação que me impediria de dizer qualquer coisa que não fosse coisas boas sobre a Telltale ou a licença.

E assim por diante. Há muito mais, mas estes, como disse, são alguns dos destaques. Nessa altura, como discordei de todas as suas novas interpretações dos nossos acordos de longa data, estávamos em conflito. Praticamente me desafiaram a processá-los para fazer valer os meus direitos, sabendo que seria um processo longo e debilitante. Em vez disso, comecei a considerar outros caminhos a seguir."


A vingança que foi um soco na DC

Não é a primeira vez que acontecem barracos na cultura pop, relacionado a dinheiro e direitos. Vemos isso em todas as mídias e das mais variadas formas. Por exemplo, o caso do modder que hackers piratearam o seu mod porque ele tentou cobrar e tacou um DRM. E no caso dos quadrinhos, o maior destaque certamente é Alan Moore, que é irado com a forma que editoras tratam as obras dos autores. Mas Bill Willingham parece ter cansado de levar desaforo pra casa e decidiu contra-atacar de forma dolorosa.

Nos Estados Unidos, as obras caem em domínio público 70 anos após a morte do autor. Por isso vimos obras como o filme de terror do Ursinho Pooh, que era da Disney e obviamente jamais poderia, mas passou o tempo e a empresa não pode fazer nada a não ser ver seu ursinho fofo virando um serial killer descontrolado. Mas Bill não quis esperar morrer pra isso acontecer. Nas palavras dele:

"Eu escolhi dar para todos. Se eu não consegui evitar que Fábulas caísse em mãos ruins, pelo menos essa é uma maneira de fazer com que também caísse em muitas mãos boas. Como realmente acredito que ainda existem mais pessoas boas no mundo do que más, considero isso uma forma de vitória."

Sim, o cara sacrificou sua própria obra, colocando em domínio público e dando direito a todo mundo de fazer sua própria versão de Fábulas. Ele comentou que sabe que ainda ficará ali amarrado e preso a um "Casamento Infeliz", não podendo lançar nada da franquia com outra editora, não podendo licenciar, não podendo lançar brinquedos sem ser por eles, mas o resto do mundo não. Ou seja... Qualquer um que não tenha feito esse contrato com a DC, pode pegar e fazer sua própria história, lançar um filme, um jogo.
 
ATUALIZAÇÃO: A DC ficou irada e deu uma resposta muito ameaçadora pra todo mundo. Confira a treta aqui.

E vocês, o que acharam? Creem que ele foi longe demais com a coisa? Ou acreditam que a DC Comics fez o suficiente para causar uma frustração tão grande a ponto de abrir mão de sua própria criação, sem vender e ainda estando vivo? E por falar em quadrinhos, não deixe de conferir Nas Montanhas do Terror, mangá escrito por um autor de horror japonês que reuniu cinco mangakás pra apresentar o medo em várias camadas. Atualmente a edição de luxo em português está à venda no Brasil, confira:

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Sobre Fábulas

As fábulas sempre desempenharam um papel vital na transmissão de valores, moralidades e histórias ao longo da história da humanidade. Elas têm a capacidade única de encapsular lições profundas em narrativas envolventes, muitas vezes habitadas por personagens antropomórficos cativantes. Bill Willingham, um talentoso escritor de quadrinhos, é um mestre na arte de reimaginar fábulas e contos de fadas clássicos em uma narrativa moderna. Seu trabalho mais notável, a série em quadrinhos "Fábulas," é um exemplo primoroso de como ele revitaliza essas histórias para um público contemporâneo.

O Mundo de "Fábulas"

Lançada pela primeira vez em 2002 pela Vertigo, um selo da DC Comics, "Fábulas" mergulha o leitor em um universo onde personagens de fábulas, contos de fadas e mitos de todas as culturas coexistem em uma comunidade secreta em Nova York, chamada de "Vila das Fábulas." No entanto, eles não estão vivendo os contos felizes para sempre que conhecemos; em vez disso, enfrentam desafios do mundo real, incluindo política, conflitos internos e exílio forçado.

Personagens Familiarmente Encantadores

O coração da série "Fábulas" reside nos personagens que Bill Willingham dá vida. Os leitores têm a oportunidade de ver suas figuras favoritas, como Branca de Neve, Lobo Mau, Chapeuzinho Vermelho e Príncipe Encantado, em uma luz totalmente nova. Esses personagens icônicos são reimaginados com profundidade, complexidade e personalidades cativantes que tornam difícil não se envolver em suas vidas e desafios.

Willingham não tem medo de dar um toque mais sombrio e realista aos seus personagens. Em vez de retratá-los como figuras bidimensionais, ele explora suas falhas, traumas e relações complicadas, tornando-os mais humanos do que nunca. Isso cria uma empatia única entre os leitores e os habitantes da Vila das Fábulas, pois eles lutam com problemas que todos nós enfrentamos, independentemente de nosso mundo mágico de origem.

A Complexidade do Mundo Real

Uma das maiores realizações de "Fábulas" é a maneira como ela combina o mundo mágico das fábulas com as complexidades do mundo real. A série aborda questões políticas, sociais e morais de maneira perspicaz, usando a estrutura da Vila das Fábulas como um espelho para nossa própria sociedade. Isso inclui temas como autoritarismo, desigualdade, discriminação e o peso das escolhas morais.

Willingham tece esses elementos de forma magistral na trama, criando uma história rica e multifacetada que desafia os leitores a refletir sobre sua própria realidade enquanto se perdem nas páginas de um conto de fadas.

O Legado de "Fábulas"

"Fábulas" teve um impacto duradouro no mundo dos quadrinhos e na forma como vemos os personagens das fábulas e contos de fadas. A série conquistou vários prêmios Eisner, que reconhecem a excelência na indústria de quadrinhos, e gerou diversos spin-offs e continuações que exploram ainda mais o vasto universo criado por Willingham.

Além disso, "Fábulas" inspirou outros escritores e artistas a reimaginar histórias clássicas de maneira similarmente inovadora, abrindo espaço para um ressurgimento de histórias de fábulas na cultura pop.

Bill Willingham conseguiu um feito notável ao trazer novas perspectivas e profundidade aos personagens e contos de fadas que há muito conhecemos e amamos. Sua série "Fábulas" não é apenas uma reinterpretação brilhante das histórias clássicas, mas também uma exploração corajosa das questões do mundo real, embrulhada em uma narrativa envolvente.

As fábulas de Bill Willingham nos lembram que, mesmo nas histórias mais familiares, há espaço para a inovação, a reflexão e a humanidade. E, como todo bom conto de fadas, elas nos deixam com uma sensação de maravilhamento e uma profunda apreciação pelo poder das histórias para nos transportar para mundos mágicos e, ao mesmo tempo, nos fazer refletir sobre nosso próprio mundo.

Se você ainda não teve a oportunidade de explorar as "Fábulas" de Bill Willingham, agora é o momento perfeito para entrar neste mundo encantado de narrativas que continuam a encantar leitores em todo o mundo.

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