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Liberté | Uma mistura de horror cósmico e revolução francesa

Adoro postar obras lovecraftianas aqui no Blog Nerd Maldito, e isso melhora muito mais quando é algo diferenciado, por isso acho maravilhosas obras como Cultos Inomináveis, RPG em que os jogadores controlam cultistas e não os mocinhos, ou a própria HQ Lovecraft, em que os roteiristas foram engenhosos ao misturar biografia e horror cósmico, criando algo bem único. Mas Liberté foi um jogo que descobri isso de forma completamente acidental, o que foi uma bela de uma surpresa.

A história se passa durante o século 18, em Paris, e a França está em caos, pois durante a coroação do Príncipe Filipe, uma entidade horrenda cai dos céus. Conhecida como Lady Bliss, entidade gigantesca, semelhante a uma mulher feita de vegetais, mata várias pessoas e o país fica sem um rei. Soldados reagem e a atacam com veneno, conseguindo destruir seu corpo, mas sua mente se mantém viva. E assim ela faz contato psíquico com Rene, um membro da rebelião que quer acabar com os poderosos e dar poder ao povo. Ela o guia para atravessar a cidade, como uma peça para cumprir o que veio fazer.
Assumo que achei maravilhosa a história desse jogo. Como dito, eu não tinha a mínima ideia de que se tratava de uma obra lovecraftiana. O que me atraiu nele foi o visual e a jogabilidade que parecia ser bacana, mas não fui atrás para tentar descobrir algo mais a fundo sobre. Portanto imaginem a minha cara de surpresa quando o jogo começou e vi a bizarrice rolando solta?

Eu gosto muito de jogos de cartas e aqui a proposta foi bem atraente pra mim. Isso porque pelos trailers, parecia ser um daqueles jogos de jogabilidade diferenciada, apresentando um híbrido que foi no mínimo inusitado, com uma mistura do gênero Action RPG (Tipo Diablo 2), com o gênero cardgame, o que inicialmente eu não entendi muito bem como funcionava, mas me parecia bem bacana, visto que amei jogos como Pirates Outlaws, Deck 'Em, Reigns: Game of Thrones, e até cardgames físicos como o caótico Munchkin...
E o que temos aqui é realmente um jogo um tanto estranho. Ele tem o gênero roguelike como essência principal, o que também acabou sendo uma surpresa, já que eu estava fortemente preso à ideia de padrão Action RPG. Porém ele não abandona esse padrão, e é classificado com o subgênero roguelite, que é aquele onde se você morrer, ainda sobra algo. No caso, materiais para forjar novos itens. Enquanto a pancadaria é mais no estilo Action RPG mesmo.

Então começando pelo roguelike, na medida em que você vai avançando, a história tem uma porcentagem que começa a crescer. E mesmo que você morra, a história continua. Existem facções na cidade e você deve escolher qual quer participar cada vez que a Lady Bliss te renasce. Seu eprsonagem não pode morrer de vez. Como você não perde tudo, cada vez que volta, está mais forte pra avançar ainda mais na história.
No quesito cardgame, é onde a coisa realmente fica um tanto estranha, pois ao invés de você ter uma árvore de habilidades onde vai ganhando pontos e distribuindo, você tem um deck de cartas, e deve usar esse baralho para ir colocando mais cartas, fazendo uma combinação. Na medida em que avança, vasculha locais e mata inimigos, cartas vão caindo e você escolhe equipá-las ou queimá-las para transformar em mana que te permite invocar mais cartas.

Esse sistema é realmente bem esquisito, mas acaba caindo bem com o gênero roguelike, onde normalmente você não tem a mínima ideia de quais equipamentos ou habilidades vai achar a cada partida. E no caso, o que temos aqui são as habilidades em forma de cartas, onde você não sabe quais delas vai achar enquanto vaga.
Por fim, o elemento Action RPG, é basicamente o gameplay geral do jogo, com aquela visão isométrica que tanto conhecemos, mas também uma pancadaria bem frenética. E sinceramente foi aqui que não gostei muito do jogo. A falta de sensação de impacto costuma me incomodar um pouco em jogos, mas aqui me incomodou demais. Passou muito a sensação de que eu não estava fazendo nada.

Acredito que a mistura desses três elementos geraram um jogo que tem tanto potencial para se amar, quanto para se odiar. E no meu caso, dou uma colher de chá pela ousadia do jogo em tentar misturar gêneros e formar algo diferente, além de por  uma história muito atraente. Mas fiquei com aquela sensação de que parece um jogo que merecia um pouco mais de polimento, pois o combate não me deu aquela sensação de vício e vontade de voltar.
Eu achei os gráficos do jogo realmente muito bonitos, com um toque um tanto charmoso, que pode ser melhor admirado quando a câmera muda de ângulo em cutscenes e te mostra que os caras fizeram uma coisa realmente muito bem detalhada, que te dá vontade de dar uma olhada,  tipo um daqueles quadros fenomenais do Edward Hopper, apresentando coisas simples e antigas, mas que são hipnotizantes. 
 
Eu também adorei o clima da revolução francesa apresentado em Assassin's Creed Unity, e aqui nós também temos ruas lotadas de pessoas, o que é maravilhoso pra caramba, visto que o que não falta em jogo é desculpa pra deixar cenários vazios sem sentido algum, mas aqui a treta rola solta com o povo correndo e a pancadaria comendo.
Também existe um baita charme nos elementos lovecraftianos da coisa. Não é que não seja normal a ideia disso no passado, até porque temo The Last Case of Benedict Fox aí pra provar que a mais pura essência lovecraftiana é mesmo no passado, mas normalmente essas coisas são adaptadas nos anos 20 ou 30. Já algo adaptado no iluminismo, é naturalmente atraente.
 
Enfim, esse jogo tem uma ótima proposta com a sua estranha mistura, conta com visuais que eu achei maravilhosos e também com uma bela história que consegue despertar facilmente a curiosidade. Mas infelizmente, não me fisgou tanto quanto eu gostaria. Infelizmente o combate me incomodou demais. Porém não digo que é um jogo ruim e tenho certeza que muitos de vocês vão amar, mas não eu.
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O horror cósmico através das eras

O horror cósmico é um gênero literário que ganhou destaque com o renomado escritor H.P. Lovecraft. Suas obras são repletas de elementos assustadores, mistérios sobrenaturais e criaturas monstruosas que habitam um universo inexplicável e arcano. Embora Lovecraft tenha vivido no início do século XX, suas histórias não se limitam apenas à sua época. O terror lovecraftiano é atemporal e pode se encaixar perfeitamente em qualquer momento, seja no passado, presente ou futuro.

As histórias lovecraftianas exploram a relação entre o ser humano e o desconhecido, mergulhando em abismos de medo, terror e insanidade. Os personagens são confrontados com criaturas aterradoras, mistérios insondáveis e um universo repleto de ruínas antigas e mitos obscuros. O horror cósmico desperta em nós o medo do desconhecido, a angústia diante do inexplicável e a revelação de verdades perturbadoras.

No passado, as histórias de Lovecraft encontraram um terreno fértil para a sua narrativa. A era vitoriana, com seu fervor pelo misticismo e ocultismo, proporcionou um ambiente propício para a criação de narrativas arrepiantes. Lovecraft aproveitou-se desse contexto para tecer histórias repletas de abominações e cultos sombrios, explorando a tensão entre a realidade visível e as forças obscuras que espreitam nas sombras.

No entanto, o horror cósmico não se limita ao passado. Em qualquer momento da história, o medo do desconhecido, a curiosidade sobre o universo e a inquietude diante de mistérios inexplicáveis são aspectos inerentes à condição humana. As histórias lovecraftianas transcendem o tempo e nos lembram que o horror não é algo restrito a uma época específica, mas uma parte intrínseca de nossa existência.

Além disso, as narrativas lovecraftianas têm potencial para se encaixar perfeitamente no futuro. À medida que avançamos na exploração espacial e desvendamos os segredos das estrelas e outros mundos, nos deparamos com dimensões desconhecidas e criaturas cósmicas que desafiam nossa compreensão. O desconhecido continua a ser uma fonte inesgotável de terror e mistério, e o horror cósmico nos lembra que a escuridão do universo é vasta e perigosa.

O horror cósmico nos confronta com o incompreensível, mergulhando-nos em um caos transcendental que desperta angústia e pesadelos. As histórias lovecraftianas nos mostram que nossa herança como seres humanos é confrontar o desconhecido e enfrentar o desespero diante da inevitável fatalidade. O perigo e a destruição iminentes estão presentes em cada página, e a loucura espreita nas sombras.

Assim, independentemente do momento em que vivemos, o horror cósmico de Lovecraft nos lembra que a revelação das verdades mais aterradoras está ao

 alcance de nossa mente. O gênero continua a cativar leitores e espectadores, pois nos conecta com nossa vulnerabilidade diante do desconhecido e nos faz refletir sobre os limites da nossa compreensão. O horror cósmico é uma forma de arte que nos desafia a enfrentar nossos medos mais profundos e a explorar os recantos mais sombrios da existência humana.

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