Não faltam exemplos de quadrinhos adultos, sendo que Maus é uma obra prima que chegou a ser banida de escolas, enquanto Pyongyang garantiu que o autor fosse banido pra sempre da Coreia do Norte, e teve Second Coming, que revoltou tanto os cristãos, que eles conseguiram fazer a DC ficar com medo e desistir de lançar. No entanto polêmicas sempre rolou em todas as mídias, assim como o medo da reação popular, e em 2008 tivemos um filme que Hollywood lançou com tanto medo, que eu nunca entendo porque se deram o trabalho de pagar direitos autorais, pois conseguiram a façanha de lançar a ideia AO CONTRÁRIO.
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No mundo dos quadrinhos, a busca por inovação e por histórias que desafiam os limites é uma constante. Nos últimos anos, tem sido cada vez mais comum e atraente a ideia de heróis cruéis e violentos, que questionam os valores morais tradicionais e exploram temas mais sombrios. Uma série que se destacou nesse contexto foi "Wanted: Procurado", escrita por Mark Millar e ilustrada por J.G. Jones.Lançada pela Top Cow Productions entre 2003 e 2005, "Wanted: Procurado" mergulha em um universo onde os vilões dominam o planeta e os heróis são apenas uma lenda distante. A história segue Wesley Gibson, um jovem comum que descobre ser o filho de um dos maiores supervilões do mundo. Ele é recrutado para a Fraternidade, uma organização secreta composta pelos vilões mais perigosos do planeta.
A série foi fortemente influenciada por filmes de ação e quadrinhos de super-heróis. Mark Millar, conhecido por seu trabalho provocador e subversivo em obras como "Kick-Ass" e "The Authority", trouxe para "Wanted: Procurado" sua visão única sobre o gênero dos super-heróis. O quadrinho apresenta várias referências e paródias a personagens famosos, como Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Flash, Homem-Aranha e X-Men, entre outros. Essa abordagem metaficcional e de desconstrução dos ícones do gênero tornaram a série uma leitura obrigatória para os fãs de quadrinhos.Entretanto, quando chegou a hora de adaptar "Wanted: Procurado" para o cinema, Hollywood pareceu ter medo de abraçar completamente a natureza controversa e subversiva do quadrinho. O filme de 2008, intitulado "Wanted: O Procurado" e dirigido por Timur Bekmambetov, estrelado por James McAvoy, Angelina Jolie e Morgan Freeman, tomou várias liberdades em relação à história original.
A mudança mais evidente foi o cenário da trama. Enquanto o quadrinho se passa em um mundo dominado por supervilões, o filme optou por um enredo mais convencional, retratando uma sociedade onde assassinos profissionais secretos do "bem" que controlam os rumos do mundo. Essa alteração resultou em uma trama menos complexa e com menos questionamentos morais, afastando-se da proposta provocadora do quadrinho.Eles conseguem prever o futuro e as linhas dos tempos das pessoas, no estilo efeito borboleta. Então para melhorar o mundo, o que fazem é assassinar alguém que vai ser a pessoa chave para os eventos que acontecerão. E a grande questão moral da coisa é essa "Mate um e salve mil", mas a vida desse UM não importa? Mas certamente o grande super poder dos membros dessa sociedade é a habilidade de atirar balas curvas, que é o que mais se fala. E é um filme bem legal, na minha opinião, um baita exemplo de algo péssimo como adaptação, mas muito divertido como filme em si.
Além disso, os personagens também sofreram alterações significativas. No quadrinho, eles são retratados como seres cruéis e violentos, muitas vezes com pouca ou nenhuma redenção moral. No entanto, no filme, eles foram suavizados, ganhando características mais heroicas e um senso de justiça mais tradicional. Essa mudança comprometeu a essência do quadrinho, que buscava exatamente desafiar as convenções do gênero e explorar a natureza ambígua dos personagens e desejos humanos.É importante ressaltar que a adaptação de uma mídia para outra nem sempre é uma tarefa fácil. O processo criativo envolvido na transposição de uma obra para o cinema exige escolhas e ajustes para que a história funcione dentro das limitações da tela grande. No entanto, em casos como "Wanted: O Procurado", a mudança foi tão drástica que o filme se tornou totalmente irreconhecível em relação ao quadrinho original. Acho que alguém teria que se desdobrar muito pra chamar de cópia.
A série "Wanted: Procurado" foi uma das criações mais polêmicas de Mark Millar e J.G. Jones. Ela desafiou os limites do gênero dos super-heróis, apresentando cenas de violência gráfica, sexo, drogas e linguagem obscena. Além disso, a obra questiona os valores morais tradicionais dos heróis e vilões, subvertendo as expectativas do leitor. Especialmente porque a proposta é "E se você pudesse fazer o que quiser?".
Isso porque nesse mundo, os vilões mataram um por um dos heróis e criaram um mundo onde eles controlam e vivem em segredo. Só que têm a mídia, a polícia e todos os governos do mundo em suas mãos. Tanto que a primeira coisa que o protagonista faz é ir atrás de todos os que sacanearam ele na vida, e também ir até a casa de atrizes que ele se atraia sexualmente. Então a coisa é realmente como uma pergunta "O quão você é bom? Se do nada você descobrisse que você pode fazer o que quiser no mundo, você iria se revoltar com outros vilões e lutar com eles? Ou faria o que quiser sem se preocupar com heróis". É algo bem filosófico no fim das contas, acho que foi a mesma essência que o autor do Senhor das Moscas usou na hora de questionar a natureza humana.
A coluna Lying in the Gutters informou que o Eminem ficou irado com Mark Millar por essa HQ. Isso porque o autor primeiro tinha revelado que ele teve o Eminem como inspiração para o personagem principal, e como você pode ver, a cara é igual, ele só usou a cara do maluco numa boa. Mas indo além, ele em 2004 disse que estava "realmente empolgado com a possibilidade de Marshall [Que é o nome real do Eminem] viver o papel principal. A Universal já começou a conversar com os agentes dele e deve chamar um dos cinco maiores produtores de Hollywood para o filme". Só que o rapper não estava negociando.
Apesar das mudanças significativas na adaptação cinematográfica, "Wanted: O Procurado" conseguiu atrair um público amplo e obteve sucesso nas bilheterias. No entanto, os fãs mais fiéis do quadrinho não puderam deixar de sentir uma certa decepção com a falta de fidelidade à obra original. O contraste entre o tom sombrio e provocador dos quadrinhos e a abordagem mais comercial do filme mostrou como a indústria cinematográfica muitas vezes teme abraçar completamente o lado mais obscuro e controverso dos super-heróis. E o mais irônico é que talvez fosse um estouro, já que The Boys, Invincible e Watchmen mostraram que existe um público enorme pra isso.
No final das contas, "Wanted: O Procurado" é um exemplo de como a adaptação de quadrinhos para o cinema pode resultar em uma obra bastante diferente do original. No entanto, mesmo com as modificações, "Wanted: O Procurado" trouxe à tona discussões sobre a natureza dos super-heróis e a possibilidade de explorar histórias mais maduras e complexas dentro do gênero. As 6 edições foram reunidas em um volume de luxo único no Brasil, com acabamento em capa dura. Confira:
No final das contas, "Wanted: O Procurado" é um exemplo de como a adaptação de quadrinhos para o cinema pode resultar em uma obra bastante diferente do original. No entanto, mesmo com as modificações, "Wanted: O Procurado" trouxe à tona discussões sobre a natureza dos super-heróis e a possibilidade de explorar histórias mais maduras e complexas dentro do gênero. As 6 edições foram reunidas em um volume de luxo único no Brasil, com acabamento em capa dura. Confira:
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HQs Polêmicas se Mostraram um Grande Atrativo para o Público
As histórias em quadrinhos sempre foram um meio de expressão artística capaz de abordar uma ampla gama de temas e questões. Enquanto muitos quadrinhos são destinados a um público mais jovem e apresentam narrativas leves e divertidas, existem aqueles que se aventuram em territórios mais sombrios e exploram questões morais controversas. Essas HQs polêmicas se mostraram um grande atrativo para o público adulto, cativando leitores com sua abordagem madura e perspicaz.
Dentre as HQs que têm despertado debates acalorados e gerado controvérsias, destacam-se várias obras icônicas. "Watchmen", escrita por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, é considerada uma obra-prima do gênero. Abordando temas como política, moralidade e existencialismo, a HQ subverte os estereótipos de super-heróis, explorando suas imperfeições e os dilemas éticos que enfrentam.
Outra série aclamada é "Sandman", escrita por Neil Gaiman. A obra mergulha no universo dos sonhos e da mitologia, tratando de temas como vida, morte, e fé. Com uma narrativa complexa e personagens cativantes, "Sandman" desafia as convenções narrativas e apresenta questões filosóficas intrigantes.
"Maus", de Art Spiegelman, é uma HQ autobiográfica que retrata a história do Holocausto através da metáfora dos animais. Com uma abordagem única, a obra desperta reflexões sobre o poder da memória e a relação entre pais e filhos.
"The Killing Joke", escrita por Alan Moore e ilustrada por Brian Bolland, é conhecida por sua abordagem sombria do relacionamento entre o Batman e o Coringa. A história explora os limites da insanidade e a natureza da maldade humana, causando polêmica por sua violência e representação controversa da Batgirl.
"Preacher", de Garth Ennis e Steve Dillon, é uma série que desafia os valores religiosos e sociais, apresentando personagens religiosos corrompidos e violência explícita. A narrativa provocativa e a abordagem irreverente tornaram "Preacher" um sucesso entre o público adulto.
"V for Vendetta", escrita por Alan Moore e ilustrada por David Lloyd, é uma distopia política que aborda temas de totalitarismo, resistência e liberdade individual. A máscara icônica do protagonista, o enigmático V, se tornou um símbolo de protesto na vida real.
Frank Miller, conhecido por seu estilo sombrio e narrativas violentas, contribuiu com obras como "Sin City" e "The Dark Knight Returns". Ambas as histórias são marcadas por uma atmosfera noir e retratam personagens complexos imersos em um mundo corrupto e violento.
Outras HQs notáveis que geraram polêmica e atraíram o público adulto incluem "Saga", de Brian K. Vaughan e Fiona Staples, "From Hell", de Alan Moore e Eddie Campbell, "The Boys", de Garth Ennis e Darick Robertson, "Y: O Último Homem", de Brian K. Vaughan e Pia Guerra, e "The Walking Dead", de Robert Kirkman e Tony Moore.
Os autores mencionados acima, como Alan Moore, Grant Morrison, Neil Gaiman, Garth Ennis, Brian K. Vaughan, Frank Miller, Robert Kirkman, Warren Ellis, Art Spiegelman, Daniel Clowes, Mike Mignola, Jeff Lemire, Matt Fraction, G. Willow Wilson e Ed Brubaker, são conhecidos por sua capacidade de explorar temas complexos, provocar reflexões e desafiar as convenções narrativas nos quadrinhos.
Essas HQs polêmicas e seus autores têm desempenhado um papel fundamental na expansão do público adulto para o mundo das histórias em quadrinhos. Ao abordarem questões morais controversas e oferecerem narrativas maduras e provocativas, essas obras têm atraído leitores em busca de uma experiência enriquecedora e desafiadora. Embora gerem debates e polêmicas, essas HQs são um testemunho do poder dos quadrinhos como uma forma de expressão artística e como uma ferramenta para explorar temas complexos da condição humana.
As histórias em quadrinhos sempre foram um meio de expressão artística capaz de abordar uma ampla gama de temas e questões. Enquanto muitos quadrinhos são destinados a um público mais jovem e apresentam narrativas leves e divertidas, existem aqueles que se aventuram em territórios mais sombrios e exploram questões morais controversas. Essas HQs polêmicas se mostraram um grande atrativo para o público adulto, cativando leitores com sua abordagem madura e perspicaz.
Dentre as HQs que têm despertado debates acalorados e gerado controvérsias, destacam-se várias obras icônicas. "Watchmen", escrita por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, é considerada uma obra-prima do gênero. Abordando temas como política, moralidade e existencialismo, a HQ subverte os estereótipos de super-heróis, explorando suas imperfeições e os dilemas éticos que enfrentam.
Outra série aclamada é "Sandman", escrita por Neil Gaiman. A obra mergulha no universo dos sonhos e da mitologia, tratando de temas como vida, morte, e fé. Com uma narrativa complexa e personagens cativantes, "Sandman" desafia as convenções narrativas e apresenta questões filosóficas intrigantes.
"Maus", de Art Spiegelman, é uma HQ autobiográfica que retrata a história do Holocausto através da metáfora dos animais. Com uma abordagem única, a obra desperta reflexões sobre o poder da memória e a relação entre pais e filhos.
"The Killing Joke", escrita por Alan Moore e ilustrada por Brian Bolland, é conhecida por sua abordagem sombria do relacionamento entre o Batman e o Coringa. A história explora os limites da insanidade e a natureza da maldade humana, causando polêmica por sua violência e representação controversa da Batgirl.
"Preacher", de Garth Ennis e Steve Dillon, é uma série que desafia os valores religiosos e sociais, apresentando personagens religiosos corrompidos e violência explícita. A narrativa provocativa e a abordagem irreverente tornaram "Preacher" um sucesso entre o público adulto.
"V for Vendetta", escrita por Alan Moore e ilustrada por David Lloyd, é uma distopia política que aborda temas de totalitarismo, resistência e liberdade individual. A máscara icônica do protagonista, o enigmático V, se tornou um símbolo de protesto na vida real.
Frank Miller, conhecido por seu estilo sombrio e narrativas violentas, contribuiu com obras como "Sin City" e "The Dark Knight Returns". Ambas as histórias são marcadas por uma atmosfera noir e retratam personagens complexos imersos em um mundo corrupto e violento.
Outras HQs notáveis que geraram polêmica e atraíram o público adulto incluem "Saga", de Brian K. Vaughan e Fiona Staples, "From Hell", de Alan Moore e Eddie Campbell, "The Boys", de Garth Ennis e Darick Robertson, "Y: O Último Homem", de Brian K. Vaughan e Pia Guerra, e "The Walking Dead", de Robert Kirkman e Tony Moore.
Os autores mencionados acima, como Alan Moore, Grant Morrison, Neil Gaiman, Garth Ennis, Brian K. Vaughan, Frank Miller, Robert Kirkman, Warren Ellis, Art Spiegelman, Daniel Clowes, Mike Mignola, Jeff Lemire, Matt Fraction, G. Willow Wilson e Ed Brubaker, são conhecidos por sua capacidade de explorar temas complexos, provocar reflexões e desafiar as convenções narrativas nos quadrinhos.
Essas HQs polêmicas e seus autores têm desempenhado um papel fundamental na expansão do público adulto para o mundo das histórias em quadrinhos. Ao abordarem questões morais controversas e oferecerem narrativas maduras e provocativas, essas obras têm atraído leitores em busca de uma experiência enriquecedora e desafiadora. Embora gerem debates e polêmicas, essas HQs são um testemunho do poder dos quadrinhos como uma forma de expressão artística e como uma ferramenta para explorar temas complexos da condição humana.
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