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Homebody | Parece um survival horror dos anos 90 com um filme slasher dos anos 80

Horror e investigação são dois gêneros que casam muito bem, e você pode notar isso pela atração natural que coisas como aquele Box do Sherlock Holmes escrito por Stephen King causam. Da mesma forma, histórias com clima de pequenos contos de terror são o que tornam a HQ Despacho tão intrigante. E Homebody é um jogo que mistura tudo isso em um lugar só e embora não tenha uma gameplay que use o máximo que a tecnologia pode oferecer, estando longe de ter coisas como aqueles sensores cabulos de um DualSense, brilha em sua simplicidade, usando um estilo da década de 80 em muitos quesitos.
 
A história do jogo é ambientada na década de 1980 e gira em torno de Emily e seus amigos que, após um bom período afastados, se reúnem em uma cabana remota para testemunhar uma tempestade de meteoros. No entanto, o que deveria ser uma noite emocionante se transforma em um pesadelo quando eles se encontram perseguidos por um assassino enigmático que aparece na casa.
Homebody é um jogo que combina elementos de enigmas a serem resolvidos e survival horror clássico com aquele tipo de visão onde a câmera é posicionada em vários locais, dependendo de onde a personagem entrar, proporcionando aos jogadores uma experiência intensa e nostálgica que certamente é um dos elementos que chamará a atenção de primeira.

Uma das características mais marcantes de Homebody e que assumo que foi o que mais me atraiu de primeira, é a sua atmosfera saudosista. O jogo é claramente influenciado por duas coisas, jogos de terror clássicos e filmes icônicos de assassinos da década de 1980, proporcionando uma sensação peculiar e nostálgica aos jogadores. Essa combinação de referências cria uma atmosfera imersiva e única, que envolve os jogadores desde o início.
É uma energia semelhante à que vemos ser invocada no inovador Killer Frequency, e assim você vai sentir uma nostalgia natural. Sei que muita gente vai comparar de primeira com Silent Hill 1 e Resident Evil 1. Mas francamente, eu acho que a paleta de cores e estilo dos puzzles acabam lembrando muito mais Alone in the Dark 1. Mas outros jogos menos conhecidos que me passou uma sensação mais semelhante foi o maravilhoso e esquecido Nocturne, ou o desconhecido jogo clássico da Bruxa de Blair.

A sobrevivência e a fuga são as metas principais do jogo, já que a cabana fica fechada. Os jogadores precisam solucionar enigmas dentro da residência, encontrar uma saída e escapar do assassino antes de serem eliminados. E nesse quesito, se tem muito a atmosfera de filmes slasher da década de 80, como Chamas da Morte, Máscaras do Terror ou obras mais populares como Sexta-Feira 13.
A exploração cautelosa é essencial, já que os jogadores devem se mover silenciosamente pela residência, se escondendo em guarda-roupas e evitando o assassino, que possui uma inteligência artificial responsiva e fica realmente livre pela casa, andando e matando uma galera enquanto isso. Essa abordagem estratégica adiciona um elemento de tensão constante, podendo dar nos nervosos dos mais ansiosos e mantém os jogadores em constante alerta.
 
Além do horror e dos enigmas, o jogo apresenta um elemento no mínimo curioso para um jogo do tipo e que acaba sendo uma das partes marcantes. Ele aborda temas como relações restabelecidas e tensões sociais. Então existe um forte foco nisso, já que você percebe desde o começo que algo aconteceu e que ela não é tão bem vinda assim.
Emily está em busca de restaurar os vínculos com seus amigos, mas as cicatrizes emocionais e as ansiedades sociais complicam sua jornada. Esses elementos adicionam uma camada de profundidade aos personagens e tornam a narrativa mais envolvente. Tem vários amigos andando pela casa, e você pode ir atrás deles e ir conversando.
 
Não é obrigatório, mas o jogo também oferece a oportunidade de diálogos opcionais, permitindo que os jogadores descubram mais sobre os relacionamentos de Emily por meio de conversas que podem ou não serem realizadas. Essas interações adicionam profundidade aos personagens e enriquecem a narrativa, sendo perfeito pra quem gosta de explorar a trama de jogos. E nesse caso, é algo que realmente tem todo um mistério e não apenas enfeite.
Morrer faz parte da experiência! Esse é um jogo em que você certamente vai bater as botas muitas vezes, como se fosse um survival horror com elementos do gênero roguelite. E inclusive, tem cutscenes que revelam mais da história e só morrendo elas vão aparecer. Para auxiliar os jogadores na resolução dos enigmas, Homebody utiliza um registro integrado ao jogo, que permite aos jogadores anotar pistas e soluções. Isso facilita a organização das informações e contribui para a resolução do mistério. 
 
E a cada morte, você pode correr pra resolver mais rápido certas coisas antes que o assassino apareça. A tensão em aproveitar os primeiros momentos pra se apressar é uma das principais características de Homebody. O assassino leva um tempo pra surgir, mas quando aparece, ronda a residência em busca de Emily e seus amigos, criando uma sensação constante de perigo. Então de repente você pode falar com alguém e quando volta, tá só o corpo do personagem, ou o assassino parado ali na porta. Isso aumenta a imersão e a necessidade de sobreviver.
Enfim, Homebody é um jogo envolvente que combina elementos de enigmas e horror de sobrevivência. Usa a atmosférica nostálgica de filmes dos anos 80 que muitas obras já puxara, como American Horror Story 1984, Unlucky Seven, Beyond Two Souls e mais. E certamente você vai se sentir bem em casa! É uma experiência que vale a pena.

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A beleza do horror antigo

O gênero do terror sempre exerceu um fascínio único sobre os espectadores, despertando uma combinação de emoções como medo, tensão e suspense. Nos últimos tempos, tem sido evidente o crescente encanto nostálgico que as pessoas têm por obras de terror mais antigas, tanto nos filmes de terror dos anos 80, com seus efeitos práticos tão marcantes, quanto nos jogos do gênero survival horror nos anos 90, com sua estética tão própria. Essas formas de entretenimento se tornaram verdadeiros marcos culturais, imprimindo-se na memória dos fãs e continuando a influenciar o gênero até hoje.

Na década de 80, os filmes slasher conquistaram o coração dos amantes do horror. Essas produções eram caracterizadas por assassinos psicopatas, máscaras ameaçadoras e uma violência gráfica que muitas vezes chocava o público. Clássicos como "A Hora do Pesadelo", "Sexta-Feira 13" e "Halloween" se tornaram ícones do cinema de terror e deram origem a franquias de sucesso. Os espectadores eram atraídos pela atmosfera assustadora, pelos sustos bem cronometrados e pelos cenários sombrios que permeavam essas narrativas.

Os filmes slasher também trouxeram à tona o conceito da "final girl" (garota final), uma personagem feminina forte e resiliente que, geralmente, era a única a sobreviver ao confronto com o assassino. Essas protagonistas se tornaram figuras emblemáticas do gênero, representando a luta pela sobrevivência em meio a situações extremas.

Além disso, o terror dos anos 80 explorava a criatividade em seus enredos e reviravoltas inesperadas, muitas vezes misturando elementos sobrenaturais. Monstros, fantasmas, demônios, zumbis e lobisomens ganhavam vida nas telas, aprofundando ainda mais o sentimento de pesadelo e proporcionando experiências memoráveis para os espectadores.

Enquanto o cinema reinava como meio de entretenimento, os anos 90 abriram caminho para uma nova forma de experimentar o terror: os jogos survival horror. Títulos como "Resident Evil" e "Silent Hill" foram pioneiros nesse gênero, apresentando aos jogadores uma experiência imersiva e angustiante. A estética sombria, combinada com enigmas desafiadores e uma trama envolvente, tornou esses jogos inesquecíveis para muitos.

Nos survival horror dos anos 90, a atmosfera desoladora e a sensação de constante perigo levavam os jogadores a um estado de tensão e adrenalina. A escuridão, os gritos ecoando pelos corredores vazios, os cenários sombrios e os encontros com criaturas assustadoras contribuíam para uma experiência assustadora e emocionante. Além disso, a trilha sonora imersiva e os efeitos sonoros precisos eram elementos fundamentais para criar uma atmosfera de suspense e terror psicológico.

A maquiagem e os efeitos especiais desempenharam um papel crucial tanto nos filmes slasher dos anos 80 quanto suas representações digitais nos jogos survival horror dos anos 90. A habilidade em criar monstros horripilantes, sangue escorrendo e ferimentos realistas adicionava um aspecto visual impactante e autêntico às obras, intensificando a sensação de horror. Esses elementos contribuíram para a construção de personagens icônicos, como Jason Voorhees, Freddy Krueger, Nemesis e Pyramid Head, que se tornaram símbolos do gênero e inspiraram legiões de fãs.

É importante ressaltar que o encanto e a nostalgia pelo horror antigo não se restringem apenas aos elementos visuais. As tramas complexas, os suspense psicológico e os temas profundos abordados nessas obras continuam a cativar o público até hoje. As narrativas exploravam o medo do desconhecido, os mistérios ocultos e as batalhas pela sobrevivência em um mundo caótico. Esses temas universais continuam relevantes e permitem que as pessoas se conectem emocionalmente com as histórias, independentemente da época em que foram produzidas.

O encanto nostálgico pelo horror antigo, desde os filmes slasher dos anos 80 até os survival horror dos anos 90, é um reflexo da capacidade dessas obras de despertarem emoções intensas nos espectadores e jogadores. A estética única, os efeitos especiais, a trilha sonora marcante, os personagens icônicos e as histórias envolventes deixaram uma marca indelével na cultura popular. Essas obras se tornaram verdadeiros clássicos e continuam a influenciar o gênero do terror até os dias de hoje, mantendo vivo o fascínio pelo horror antigo e alimentando a imaginação dos fãs que buscam reviver essas experiências inesquecíveis.

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