Como vocês sabem bem, o que não falta é conteúdo lovecraftiano aqui no Blog Nerd Maldito, indo desde coisas extremamente clássicas no gênero, como o maravilhoso jogo Dredge, que vai com tudo na atmosfera de algo horrível no mar, até coisas bem diferenciadas como o obscuro Cultos Inomináveis, onde você não assume o papel dos mocinhos. E The Last Case of Benedict Fox acabou se tornando irresistível pra mim assim que bati os olhos.
A história apresenta um detetive particular chamado Benedict Fox, que por algum motivo é acompanhado de uma poderosa entidade que lhe dá acesso a conhecimentos inacreditáveis para uma pessoa comum. E ao se ver com a chance de finalmente conhecer seu pai, ele acha apenas o cadáver do homem em uma mansão, o que lhe faz investigar o que aconteceu ali.
Uma das coisas mais bacanas desse jogo é a narrativa tão misteriosa que ele tem. Até mesmo quando você lê a biografia de Lovecraft em quadrinhos, nota que existe um estilo muito próprio no mistério apresentado em relação às criaturas. E aqui a coisa segue esse ritmo, mas vai além, pois até mesmo o protagonista carrega um forte toque misterioso que você não tem a mínima ideia. Sabe que ele trabalha em um tipo de agência e tem uma entidade poderosa, mas as informações não são colocadas de forma fácil.
Já aviso que esse jogo parece perfeitamente com uma junção do maravilhoso The Last Door, no quesito história, que apresenta também toda essa coisa de uma pessoa que vai visitar outra, mas ao chegar, acha o local vazio com cadáveres, e com o clássico de Playstation 1, Heart of Darkness, que tinha um visual deslumbrante 2.5D pra caramba, e que é tão peculiar que fica difícil não comparar com esse aqui. O resultado foi algo realmente bem bacana.
Como o seu personagem tem a capacidade de entrar em corpos, você entra
na mente dos personagens que morreram e tem todo um mundo de memórias
lá. Um ambiente de carne e com seres horríveis, além de memórias, onde
você pode ver detalhes da história sendo revelados. Na medida em que
você vai descobrindo, pode usar esse conhecimento no mundo real, é bem
bacana.
Assim como a narrativa é misteriosa, toda a jogabilidade pode causar uma baita estranheza. Eu sinto que esse é um daqueles tipos de jogo que a pessoa tem que estar afim de mergulhar em algo meio diferente. Isso porque não se trata de meramente um outro jogo do gênero metroidvania, mas sim um híbrido com o gênero investigação e umas criaturas esquisitas. Aquele tipo de jogo que faz o povo que curte comemorar o dia do orgulho Nerd, se sentir em casa por ter aquela sensação de estar jogando algo diferente.
Não é que não se tenha jogos de exploração e combate por aí, temos muitos exemplos, alguns inclusive cabulosamente robustos, como é o caso do maravilho Star Wars: Jedi Survivor, no entanto a forma que usam aqui é que é esquisita. Os inimigos acabam parecendo muito mais ameaçadores, e você frequentemente se perde. O jogo tem até modos para dar dicas e diminuir um pouco isso, mas é comum ter aquele caminhozinho ali no cantinho que você não vê.
Além do mais os puzzles dele também são um tanto misteriosos, cheios de símbolos, locais que você precisa acessar só depois de ir procurar algo em uma parte bem distante e muitas coisas que te fazem ter que ficar prestando atenção. Sendo assim, às vezes um puzzle é tacado na sua frente e você só não tem ideia. Inclusive existe a chance de você perder um tempão tentando resolver algo que não é pra ser resolvido naquele momento, o que pode ser frustrante. Como eu disse, é o tipo de jogo pra alguém disposto a se jogar e ir com calma.
E já que falei de um problema do jogo, outro defeito é o combate. Ele é meio esquisito... Não sei dizer exatamente o que é, mas não me passou muito a sensação de precisão. Ou talvez seja a falta de sensação de impacto enquanto você luta, que acaba por ser meio estranha e parecer algo que deveria ter recebido um certo polimento a mais. Não chega a destruir o jogo e dá pra você se acostumar, mas parece que falta algo. Eu acho que você começa a perceber isso especialmente no primeiro chefe, que quando venci, vi que tive que usar a estratégia e que deu certo, mas pareceu meio estranha essa falta de sensação de impacto.
Existe um sistema de evolução interessante, você pode comprar certos itens em um vendedor na missão, mas também coleta tinta das criaturas que mata. Se você morrer, perde toda a tinta, por isso é preciso sempre ir até os portais para salvar, e assim vai depositar elas. Essa tinta é usada para fazer tatuagens, que são as melhorias do personagem.
Enfim, esse é um jogo bacana, mas é preciso ir jogar sem vontade de correr. É aquele tipo de jogo pra se ir descobrindo na calma, sem querer zerar logo, pois tem muitos enigmas pra fazer. O jogo não tem legendas em português, o que pode ser um problema pra muita gente.
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Mais sobre games lovecraftianos
Desde o início do século XX, a obra de H.P. Lovecraft tem encantado leitores com sua visão única e perturbadora do universo. Os escritos de Lovecraft, conhecidos como os "Mitos de Cthulhu", exploram o horror cósmico, a insanidade e a existência de seres inimagináveis e antigos deuses que espreitam nas sombras. Esses temas profundos e complexos encontraram um novo lar nos videogames, permitindo que os jogadores mergulhassem em um mundo de pesadelos, dimensões alternativas e segredos ancestrais.
Uma das figuras mais icônicas do universo Lovecraftiano é Cthulhu, um dos "Antigos" adormecidos em uma cidade submersa. Esse ser cósmico é frequentemente retratado como um monstro com tentáculos, capaz de levar à insanidade qualquer um que se atreva a olhar para ele. Em diversos jogos, como "Call of Cthulhu: Dark Corners of the Earth" e "The Sinking City", os jogadores assumem o papel de investigadores do sobrenatural, tentando desvendar os mistérios e enfrentar as abominações que habitam o universo Lovecraftiano.
Uma das características mais marcantes dos jogos que abraçam a temática Lovecraftiana é a quebra da sanidade dos protagonistas. À medida que mergulham mais fundo na investigação do horror, os personagens são confrontados com uma realidade distorcida, cheia de criaturas inomináveis e segredos proibidos. Em "Eternal Darkness: Sanity's Requiem", por exemplo, os jogadores são confrontados com efeitos de insanidade que alteram a jogabilidade, como a distorção visual e a falsa sensação de que o jogo está travando. Essa abordagem única cria uma experiência imersiva e perturbadora.
Os jogos Lovecraftianos frequentemente apresentam lugares amaldiçoados e arquitetura não-euclidiana, desafiando a compreensão humana da realidade. Ruínas antigas e cidades esquecidas são palcos de rituais ocultos e cultos sinistros. Jogos como "Bloodborne" e "Amnesia: The Dark Descent" transportam os jogadores para ambientes sombrios e opressivos, onde criaturas horríveis espreitam em cada esquina. A atmosfera de desespero e escuridão é acentuada pelos vislumbres de poderes incompreensíveis e viagens interdimensionais.
A narrativa desempenha um papel fundamental nos jogos inspirados em Lovecraft. Os jogadores são frequentemente desafiados a desvendar mistérios ancestrais e a enfrentar pesadelos arrepiantes. Os protagonistas são confrontados com enigmas cósmicos e devem lidar com o desconhecido de formas que desafiam a razão humana. Os jogos oferecem uma experiência imersiva, onde os jogadores se tornam parte do horror e têm que lidar com a quebra de sua sanidade.
Além disso, os jogos Lovecraftianos frequentemente exploram a relação do ser humano com o divino e o desconhecido. Os personagens se deparam com
artefatos místicos e livros malditos, que lhes concedem poderes interdimensionais, mas também os arrastam para o horror primordial. A noção do fim do mundo e a fragilidade da existência humana permeiam essas histórias, criando uma sensação de desespero que ressoa nos corações dos jogadores.
É inegável que os videogames têm desempenhado um papel importante na disseminação da ambientação lovecraftiana. Através de uma combinação de narrativa imersiva, atmosfera opressiva e mecânicas de jogo únicas, os jogos têm proporcionado aos jogadores a oportunidade de explorar o universo Lovecraftiano de uma forma interativa e emocionante. Ao mergulhar em pesquisas proibidas, enfrentar cultistas e desvendar os segredos ocultos do horror cósmico, os jogadores encontram uma experiência única que ressoa com a essência dos escritos de Lovecraft. Assim, os jogos têm ajudado a espalhar o amor pela ambientação lovecraftiana, trazendo à tona o horror e o mistério que habitam em nossos pesadelos mais profundos.
Desde o início do século XX, a obra de H.P. Lovecraft tem encantado leitores com sua visão única e perturbadora do universo. Os escritos de Lovecraft, conhecidos como os "Mitos de Cthulhu", exploram o horror cósmico, a insanidade e a existência de seres inimagináveis e antigos deuses que espreitam nas sombras. Esses temas profundos e complexos encontraram um novo lar nos videogames, permitindo que os jogadores mergulhassem em um mundo de pesadelos, dimensões alternativas e segredos ancestrais.
Uma das figuras mais icônicas do universo Lovecraftiano é Cthulhu, um dos "Antigos" adormecidos em uma cidade submersa. Esse ser cósmico é frequentemente retratado como um monstro com tentáculos, capaz de levar à insanidade qualquer um que se atreva a olhar para ele. Em diversos jogos, como "Call of Cthulhu: Dark Corners of the Earth" e "The Sinking City", os jogadores assumem o papel de investigadores do sobrenatural, tentando desvendar os mistérios e enfrentar as abominações que habitam o universo Lovecraftiano.
Uma das características mais marcantes dos jogos que abraçam a temática Lovecraftiana é a quebra da sanidade dos protagonistas. À medida que mergulham mais fundo na investigação do horror, os personagens são confrontados com uma realidade distorcida, cheia de criaturas inomináveis e segredos proibidos. Em "Eternal Darkness: Sanity's Requiem", por exemplo, os jogadores são confrontados com efeitos de insanidade que alteram a jogabilidade, como a distorção visual e a falsa sensação de que o jogo está travando. Essa abordagem única cria uma experiência imersiva e perturbadora.
Os jogos Lovecraftianos frequentemente apresentam lugares amaldiçoados e arquitetura não-euclidiana, desafiando a compreensão humana da realidade. Ruínas antigas e cidades esquecidas são palcos de rituais ocultos e cultos sinistros. Jogos como "Bloodborne" e "Amnesia: The Dark Descent" transportam os jogadores para ambientes sombrios e opressivos, onde criaturas horríveis espreitam em cada esquina. A atmosfera de desespero e escuridão é acentuada pelos vislumbres de poderes incompreensíveis e viagens interdimensionais.
A narrativa desempenha um papel fundamental nos jogos inspirados em Lovecraft. Os jogadores são frequentemente desafiados a desvendar mistérios ancestrais e a enfrentar pesadelos arrepiantes. Os protagonistas são confrontados com enigmas cósmicos e devem lidar com o desconhecido de formas que desafiam a razão humana. Os jogos oferecem uma experiência imersiva, onde os jogadores se tornam parte do horror e têm que lidar com a quebra de sua sanidade.
Além disso, os jogos Lovecraftianos frequentemente exploram a relação do ser humano com o divino e o desconhecido. Os personagens se deparam com
artefatos místicos e livros malditos, que lhes concedem poderes interdimensionais, mas também os arrastam para o horror primordial. A noção do fim do mundo e a fragilidade da existência humana permeiam essas histórias, criando uma sensação de desespero que ressoa nos corações dos jogadores.
É inegável que os videogames têm desempenhado um papel importante na disseminação da ambientação lovecraftiana. Através de uma combinação de narrativa imersiva, atmosfera opressiva e mecânicas de jogo únicas, os jogos têm proporcionado aos jogadores a oportunidade de explorar o universo Lovecraftiano de uma forma interativa e emocionante. Ao mergulhar em pesquisas proibidas, enfrentar cultistas e desvendar os segredos ocultos do horror cósmico, os jogadores encontram uma experiência única que ressoa com a essência dos escritos de Lovecraft. Assim, os jogos têm ajudado a espalhar o amor pela ambientação lovecraftiana, trazendo à tona o horror e o mistério que habitam em nossos pesadelos mais profundos.
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