Enquanto teve uma época em que as empresas incentivavam e ficavam felizes dos fãs se darem o trabalho de fãs fazerem mods para os seus jogos, esses tempos mudaram e cada vez mais rolaram tretas na comunidade relacionados às modificações. Os motivos foram variados, indo desde empresas querendo vender DLCs e se irritando porque os fãs estavam fazendo de graça, até problemas com trapaças em modos online. E a Crytek se envolveu em uma treta no começo de 2022.
Em meio aos jogos que mais se destacaram no quesito gráfico, não dá pra deixar de citar o belíssimo Crysis, jogo que teve um tratamento absurdo e por anos se tornou o principal game para testes de configurações de PC. Naturalmente a ideia de observar a beleza dele era super natural e com Crysis Remastered Trilogy, o modder Frans Bouma decidiu criar um "photo mod".
Muitos jogos já vêm com a opção de tirar fotos automaticamente. Essa opção permite ao jogador pausar e mover a câmera ao redor do personagem, para assim ter ângulos únicos para serem fotografados. No caso, o "mod" de Boum, é na verdade um programa que ele desenvolveu e que usa não apenas em Crysis 2 e 3,que foi os que disponibilizou, mas para dezenas de jogos.
No entanto a Crytek não gostou nem um pouco do que viu e entrou em contato com o programador para dizer que mods não são permitidos para esse jogos e que também no site oficial da Cryengine, não permitem licenças adicionais para mods. E como se reservam a todos os direitos, pediram que ele retirasse o "Camera Mod" do ar.
Crytek apparently doesn't want thousands of people posting screenshots of their game on social media and other sites. FTR I don't distribute any game asset; my camera tools only contain binaries compiled from my own code and not linked to any game asset. pic.twitter.com/b2Pakbe9ze
— Frans Bouma (@FransBouma) January 13, 2022
A coisa acabou gerando discussões à favor e contra o gamer, pois ele abriu uma conta no Patreon e cobrava pela ferramenta. Alguns falaram que era certo a empresa fazer isso, já que ele não estava apenas modificando, mas também cobrando pela coisa. Já outros, estão do lado dele, afinal como criou uma ferramenta usando seus próprios scripts e sem usar nenhum dos assets do jogo, era direito dele vender.
No fim ele decidiu retirar a ferramenta do ar para evitar ser processado, mas ficou no ar o falatório. Normalmente esse tipo de coisa costuma queimar muito a empresa e é de onde surgem muitas das "Review Bombs" negativas, que é quando a comunidade se une para descer o pau na empresa e fazer as notas de um jogo cair. E vocês, o que acham? Ele estava certo? Ele estava errado?
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