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Mockingbird | Horror adaptado em 1995 do diretor de "Os Estranhos"

 
Nós assistimos "Os Estranhos", em 2008, que foi a estreia do diretor Bryan Bertino e deu pra ver bem uma atmosfera muito própria sobre o horror que crimes podem trazer. Mas mesmo com a presença do sobrenatural, é possível ver bem o estilo seco dos filmes do diretor, só olhar para The Monster, de 2016, com seu climinha à moda antiga. E hoje vou falar sobre o segundo filme desse diretor, Mockingbird (Perseguidos pela Morte), de 2014, que tem uma proximidade bem maior com seu longa de estreia.

A história se passa em uma noite de 1995, quando algumas famílias recebem um pacote em frente à casa. Nele há uma câmera de última geração e a instrução para continuar filmando e passam a receber instruções de coisas inicialmente divertidas para fazerem, mas na medida em que avançam, tudo passa a ficar mais estranho e pesado e logo percebem que não podem parar, pois estão cercados.
Tive uma sensação nesse filme semelhante ao que temos em jogos que tentam refazer jogos de Playstation 1 e dão um toque sombrio, tipo Aka Manto ou Concluse. No entanto aqui temos uma versão cinematográfica da coisa, que ao invés de tentar passar o clima de gráficos de PS1, tenta passar o clima de VHS.
 
Eu sei que é o padrão em um mockumentary a ideia de VHS no visual, mas a diferença é que esse também se passa nessa era. A maioria dos outros usa VHS em uma época nada a ver e adaptar a estética dos anos 90 é caro, o que naturalmente assusta a ideia. O único mockumentary que consigo lembrar que realmente se passa nos anos 90 é "A Bruxa de Blair", porém esse foi realmente feito naquele tempo, não exigindo ambientação.
O bacana é que apesar da maioria das cenas se passarem dentro de casa, existe uma série de cenas do lado de fora, em super mercados, shoppings, etc. Ou seja, locais com muita gente e exigindo fazer todo um cenário temático para criar essas cenas. Como não se trata de uma mega produção Blockbuster ou algo que tem uma aplicação cabulosa de dinheiro tipo Stranger Things, é bastante louvável.

Gostei demais da atmosfera macabra presente, do climinha de horror noturno acontecendo na vida pessoal de um grupo de pessoas de maneira isolada. Me traz aquele pensamento sobre como as coisas são loucas e que cada noite quando olhamos pela janela, sempre pode ter alguém tendo que lidar com gente maluca.
Pra quem já ouviu falar de Snuff Movies, deve saber que especialmente antes da era da internet, existia um mercado de compra de fitas de video que mostravam torturas, suicídios e outras coisas bizarras. Esse filme mostra algo semelhante a isso. Pessoas normais que são pegas pelos malucos do snuff e precisam filmar.

A coisa evolui de maneira rápida, portanto apesar de ter um ponto de início de alegria, a maioria dos personagens se manca logo que não ganhou uma promoção de filmadora, mas que estão no meio de algo que não vão poder sair porque tem muita coisa em jogo. Não é algo perfeito e você sabe que no mundo real não seria bem assim, mas se você der uma liberdade artística, gera uma ótima diversão.
Uma das melhores coisas é que existe uma boa variação de ambientes e não a fórmula padrão de mockumentary em que se tem a introdução e o resto é gritaria e correria. Isso acaba ficando mais destacado ainda com o fato de que é mais de uma família e cada uma com sua própria história, problemas e estilo de vida não o mesmo grupo de personagens focado o tempo todo.

Enfim, um filminho com um estilo noturno muito gostoso e que acho que vale a pena demais para passar o tempo. Não é o melhor mockumentary que já assisti, mas é muito melhor que a maioria, já que esse tipo de filme normalmente é carente demais de criatividade e só copiam uns dos outros, aqui rolou uma ousadia. Vale a pena!

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