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Draugen | Explore uma ilha misteriosa na Noruega dos anos 20

Tá aí um jogo bem curtinho e muito satisfatório, zerei em apenas 3 horas e é o tipo de obra para quem ama narrativa. Algo elegante e com um peculiar toque de cultura viking. Me lembrou um pouco o que senti ao jogar The Charnel House Trilogy, que bate aquela sensação de filme de suspense intrigante em forma de jogo.



O ano é 1923 e aqui você assume o papel de Edward Charles Harden, um homem que vai até uma ilha para procurar por pistas de sua irmã desaparecida. O lugar é bastante isolado e a jovem e animada Lissie, de apenas 17 anos o acompanha para ajudá-lo durante a viagem. O único jeito de chegar ao lugar é via barco a remo, mas ambos se surpreendem ao descobrirem que a vila aparentemente está vazia.

Esse não é um jogo de terror, mas tem elementos fantasmagóricos, e embora não tenha a tensão causada de jogos quase-terror, como Observation, existe uma atmosfera suave, porém tão intrigante que te faz sentir que algo muito macabro aconteceu no lugar, e que seja possível acontecer algo assustador.

Pelo visual, me lembrou um bocado The Vanishing of Ethan Carter, com um belo ambiente natural, mas também com algumas construções clássicas. Essa sensação aumenta ainda mais pelo fato de ambos serem jogos narrativos, em que você tem que andar pelo ambiente e ir descobrindo o que aconteceu com as pessoas do lugar.

A jogabilidade é bastante simples, quase não existem puzzles, e quando aparecem, é mais para um objeto que você precisa pegar em um lugar e colocar em outro. Os personagens não param de conversar, então é preciso prestar atenção na história, e frequentemente você escolha a resposta, podendo direcionar a conversa para um lado.

O ambiente não é muito grande, apesar de ser  bastante robusto. Você chega rapidamente em áreas da vila. É tudo extremamente lindo, você pode ver o horizonte com imensas montanhas geladas, e áreas próximas com árvores cheias de folhas laranjas, típicas de outono. E tem os vários pontinhos, a área d e pesca, a igreja com um cemitério, a mansão em que os personagens estão ficando, a mina, a loja local...

Cada ponto tem coisas que vão indicando algo que aconteceu, o climinha macabro é elegante, não procura te deixar tenso, mas intrigado, lembra Dear Esther. Por exemplo, tem uma hora que você chega na igreja e a parte da frente está bloqueada com várias tábuas e uma mensagem "Deus não está aqui dentro". Não é um ambiente todo escuro e macabro, dá pra ver bem lá dentro, mas causa aquele arrepio.

É muito bacana ir explorando e descobrindo os elementos do ambiente, tudo se passa em apenas seis dias, e em cada um deles você vai vendo novas coisas e ligando. Como é uma experiência narrativa, é difícil se perder, normalmente você só vai indo e vendo o que acontece depois, sempre prestando atenção na conversa dos personagens.

A ambientação também é maravilhosa, 1920 na Noruega, porém com elementos que remetem ao folclore local e à era dos vikings. O protagonista é uma pessoa bastante lógica e com linguajar elegante, então ele tem uma visão mais científica das coisas. Já Lissie é uma jovem bem alegre e que gosta de zoar, sempre falando que tem fantasmas ali e rindo, o que inclusive ajuda a diluir qualquer tensão, pois o jogo não carrega aquela sensação óbvia de "Aí uma hora vão aparecer fantasmas", ela fica zoando isso o tempo todo "Você ouviu o sinos tocarem sozinhos? O vento? Nada! Foram fantasmas, com certeza!".

Enfim, ótimo jogo para se zerar em uma noite, bem agradável. Recomendo sempre dar uma olhadinha no preço dele na Greenman Gaming antes de comprar na steam, algumas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e sempre lembre de olhar os cupons de desconto que eles espalham pelo site, que deixa a coisa mais barata ainda, dê uma conferida aqui.

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