Um amigo meu tinha me mandado uma screenshot de um jogo chamado "Rape Day" (Dia do estupro) na steam. Na hora pensei que era apenas mais uma tosqueira da internet, no entanto não demorou muito para ver que a bagaça era real! E ao pesquisar logo vi que gerou uma polêmica louca, afinal de contas é um tabu cabuloso. Temos inúmeras obras sobre serial killers, e isso meio que se tornou normal, a ideia de morte. Mas aqui é um serial killer estuprador!
Bom, pra quem não sabe, a steam tem um baita de um histórico envolvendo polêmicas entre por ou não certos jogos, e graças ao conteúdo desse aí, imaginei que obviamente não seria nem ao menos considerado. Afinal de contas em 2018 a Valve teve uma carga grande o suficiente de polêmica em sua loja.
Pra quem não sabe, teve aquele simulador de tiroteio em escola, que acabou indo parar na televisão e rapidinho a Valve deu com o pé atrás. Inicialmente era um jogo que teve até página na loja, mas desapareceu. Isso fez rolar uma onda de cancelamentos, mas com parte da comunidade furiosa e pensando na "Liberdade Artística", decidiu deixar mais ou menos livre, começando por Negligee, o primeiro jogo adulto da steam.
Apesar de tudo a polêmica em cima de limites estava com tudo e logo a steam baniu uma lista de jogos que tinham exploração infantil. Depois disso a coisa parecia ter se estabilizado um pouco e meio que ganhado um certo rumo de "Se for obviamente polêmico não entra", mas aí apareceu esse Rape Day.
Com certeza não é o único jogo com esse tipo de conteúdo, especialmente atualmente em que ferramentas de criação de jogos facílimas como o TyranoBuilder, Game Guru e RPG Maker estão aí para todos. No entanto uma coisa é existir, outra é aparecer em uma plataforma como a steam. E um dos maiores argumentos em jogos relacionados a sexo, é que tem jogos que você pode matar, que é considerado pior do que qualquer outra coisa, e aí gera essa discussão eterna de limites.
A história se passa em um apocalipse zumbi, o mundo mudou e as pessoas tentam sobreviver nas cidades grandes, se escondendo e evitando as hordas de mortos vivos. No entanto existe algo pior, um serial killer também é um dos sobreviventes e vaga pela cidade em busca de outros. Mas ele não quer apenas matar, também planeja fazer todo tipo de atrocidade sexual.
A jogabilidade permite o jogador escolher o que fazer, indo desde assédio meramente verbal até violência sexual, sexo não consensual, linguagem violenta, incesto e necrofilia. Acho que é mais do que o suficiente para que a steam tomasse um susto ao ver uma descrição dessas colocada na página do jogo né? Mas por algum motivo ela levou em frente a coisa.
Um detalhe é que apesar de se destacar, esse não foi o primeiro jogo colocado em uma plataforma de jogos popular a falar sobre o tema. No começo dos anos 80 a Atari lançou Custer's Revenge, que é nada menos do que um simulador de estupro em que o jogador precisa chegar a uma índia amarrada enquanto desvia de flechas. Que bagaceira ein? E vocês, o que acham da steam lançar jogos desse tipo? Não vou deixar o link aqui não, mas o único jeito de acessar na página da steam é estando logado pra marcar que tem mais de 18.
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