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Onimusha: Warlords | Quase um Resident Evil com samurais!

Tá aí um jogo que eu estava louco para jogar e que se você é apaixonado pelo Japão Feudal e mitologia oriental, certamente também caiu nas graças rapidamente. Infelizmente nem todo mundo teve Playstation 2 ou a oportunidade de jogar a versão original de 2001. Eu cheguei a jogar o 3 pra PC, mas somente com o lançamento do remastered que tive o primeiro contato com o jogo que originou a coisa.

Samanosuke Akechi é um samurai que viaja pelo mundo, no entanto acaba recebendo um pedido de ajuda de sua velha conhecida, princesa Yuki. Ao chegar no lugar, descobre o castelo infestado por demônios e a princesa sequestrada e não vê alternativa a não ser entrar e descobrir o que está acontecendo e assim faz com ajuda de sua amiga ninja Kaede.

Antes de tudo, é interessante saber que as coincidências com o primeiro Resident Evil não são obra do acaso. A verdade é que em 1997 foi apresentado o projeto à Capcom sobre fazer uma versão do jogo de zumbis que se passasse no período Sengoku, e iria se chamar Sengoku Biohazard. O lançamento seria para Nintendo 64DD e certamente a coisa ia ser inovadora e inclusive fiz uma matéria só sobre Sengoku Biohazard. Porém com o passar dos anos tudo foi evoluindo e se tornou uma franquia própria, Onimusha: Warlords.

A real é que é inevitável não comparar com Resident Evil porque o conceito é extremamente parecido e isso não se limita apenas aos fundos pré-renderizados e a ideia de uma habitação lotada de criaturas onde algo muito sinistro aconteceu. Tem várias coisinhas menores que tornam inevitável comparar, desde poder controlar um cara e uma garota em suas próprias jornadas pelo lugar, até puzzles semelhantes tipo o da escopeta que você tinha que por uma falsa no lugar se não a porta fechada, aqui tem o mesmo só que com uma flecha.

Eu até entendo que isso pode incomodar algumas pessoas, pois pode parecer falta de originalidade e apenas uma skin. No entanto me agradou bastante, acho que algumas histórias ganham um charme legal em ter uma versão em uma outra era. Não que o jogo seja uma cópia idêntica, ele tem sua própria mitologia e etc, mas a comparação acaba sendo inevitável.

Se for pra ver um lado negativo da coisa, eu acredito que está mais para a história que em muitos momentos beira a tosqueira e enquanto joguei em live no twitch do nerd maldito, foram muitos momentos que foi impossível não gargalhar com certos pontos ridículos. A história parece ter sido escrito nas coxas, porém com elementos bem interessantes.

A maioria das partes interessantes estão nos pergaminhos que vão sendo encontrados, neles estão registrados o que aconteceu no lugar. Infelizmente o jogo não veio com tradução para português e alguns podem sentir muita falta disso, já que a parte boa da trama está registrada de forma escrita. Fala sobre como os demônios surgiram, rituais macabros e algumas coisas pesadonas.

Por outro lado a trama que é desenvolvida pelos protagonistas é só a bagaceira, e isso só é acentuado pela atuação feita na captura de movimentos e as expressões bizarras dos personagens abrindo olhões exagerados. As gargalhadas falsas dos inimigos, e os diálogos toscos desnecessários, por exemplo se o mestre dos demônios chega, você pode apenas saber quem é né? Aqui ele chega e fala "HAHAHA eu sou o mestre dos demônios!" e faz toda uma explicação sobre como é malvado, acaba não parecendo o mestre dos demônios, mas sim um capanga que dá gargalhadinhas.
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Muitas vezes em live comparei o jogo com Tokusatsus, que são aqueles live action japonês tipo Changeman, Jaspion, Jiraya, etc... Que aliás, acho que fãs vão adorar, porque são coisas do mesmo tipo, tanto a trama, como as transformações. Até mesmo quando o personagem pega uma arma nova, a tela muda pra ele segurando e fazendo uma pose. Parece uma adaptação perfeita de algum Tokusatsu.

A jogabilidade é uma delícia! Você pode notar sim que não é uma novidade há muito tempo, mas ainda assim é daqueles jogos que são muito gostosos de jogar. Ele é relativamente curto, levei umas cinco horas pra zerar, porém isso só faz deixar aquele gostinho de quero mais. Aquela vontade de começar de novo pra experimentar o que destravou. Acho que a capcom também acertou bem no preço, cobrando R$ 39,99 e não o preço de um triplo A novo como muitas empresas fazem.

No jogo você vai e volta nos lugares, acha pontos que não pode passar e precisa arrumar um jeito, às vezes com objetos específicos, às vezes com poderes que você precisa destravar, e em alguns casos com puzzles que são necessários. Há todo o esquema de inventário com itens equipáveis, utilizáveis e consumíveis.

Não existe uma variação muito grande nas armas, mas acho que são o suficiente, você pega espadas, sendo que cada uma tem um ataque especial, um arco e uma espingarda daquelas antigas. Quando vence inimigos, eles soltam almas, cada cor representa algo que você vai recuperar, vida, magia e XP. Se você não sugar as almas à tempo, elas desaparecem.

Quanto aos gráficos da remasterização, é preciso levar em conta que remasterizar não é fazer um remake. Sendo assim apenas pegaram as texturas antigas, refizeram em alta definição e colocaram nos mesmos modelos 3D. Pra alguém que jogou Onimusha na época, pode não sentir diferença nenhuma a não ser quando forem colocados lado a lado. Eu acho que poderia ter rolado um trabalho melhor nos fundos, pois a remasterização só é notável nos modelos.

Enfim, o jogo é muito divertido, ótimo passa tempo, zerei em duas jogadas, na primeira vez foram várias horas seguidas direto, já na segunda eu entrei e em pouco tempo terminei. Bateu aquela empolgaçãozinha de jogar mais. Vale a pena! Recomendo sempre dar uma olhadinha no preço dele na Greenman Gaming antes de comprar na steam, algumas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e sempre lembre de olhar os cupons de desconto que eles espalham pelo site, que deixa a coisa mais barata ainda, dê uma conferida aqui.

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