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Resident Evil 2 | Horror vindo direto de 1998

Apesar de eu gostar demais da franquia Resident Evil, e ter zerado uma penca de jogos, eu enrolei demais depois de Resident Evil 1, e inclusive cheguei a zerar Resident Evil Remake, mas a sequencia que é bom nada. Mas finalmente isso mudou e acabei zerando em live mesmo, e agora finalmente chegou a hora de fazer uma análise escrita da bagaceira! Ò_Ò



O ano é 1998 e dois meses se passaram desde os acontecimentos na mansão abandonada. Os agentes envolvidos passaram a tentar provar o envolvimento da Umbrella Corp em experiências macabras, mas a delegacia de Raccon City não leva a sério a história absurda. O agente novato Leon S. Kennedy chega para o seu primeiro dia de trabalho enquanto a irmã de Chris Redfield, Claire, também se dirige à delegacia para encontrar o irmão, no entanto ambos se deparam com algo acontecendo na cidade, pessoas parecem estar enlouquecendo...

Algo interessante sobre esse jogo é que ele foi lançado no ano em que se passa, enquanto o primeiro Resident Evil é de 1996, mas a história se passa em 1998. Acho que naquela época a Capcom deve ter pensado "Vamos por uma história no futuro para as pessoas sentirem que os acontecimentos são no mesmo mundo em que vivem e que em breve acontecerá", e no caso de RE2 deve ter aproveitado ainda a mesma onda "Bom, elas vão ficar esperando acontecer!".

Esse é um jogo que foi esperado loucamente pelos fãs e não demorou nada a ser produzido, já que veio apenas dois anos depois. Isso tudo porque Resident Evil foi um verdadeiro estouro, mesmo tendo sugado descaradamente toda a fórmula de Alone in the Dark. Sendo assim, as pessoas queriam sentir um pouco mais do horror. Tanto que na mesma época surgiu o concorrente mais forte da franquia, Silent Hill.

E Resident Evil 2 veio realmente para expandir a coisa. Apesar de usar as mesmas mecânicas, você vê que quiseram deixar tudo mais grandioso com a própria ambientação. De repente não é mais uma mansão isolada no meio do nada, é a própria cidade que tanto falam no primeiro. Mesmo o foco sendo na maioria do tempo dentro da delegacia, você sabe que agora todo mundo sabe o que aconteceu.

Em relação à jogabilidade eles inovam com a apresentação de não apenas uma, mas sim quatro campanhas, o que é surpreendente pra caramba e exigia dois CD's de Playstation. Eu sei que no primeiro jogo era possível escolher Chris e Jill, no entanto é algo decepcionante, pois a real é que não muda quase nada. Você resolve os mesmos puzzles e são poucas cutscenes diferentes, que acabam não convencendo que são pontos de vistas diferentes.

Em Resident Evil 2 eles foram além, e apesar de usar os mesmos cenários, os dois personagens se encontram em diversos momentos, vindos de locais diferentes e você realmente os controla nesses lugares diferentes e inclusive descobre segredos diferentes, sendo necessário zerar pelo menos duas campanhas para realmente saber o que aconteceu.

Mas como eu falei, são quatro campanhas, e essa é a parte que mais surpreende e mostra como a Capcom estava empolgada na época. O jogo também muda dependendo do personagem que você escolher começar. Ou seja, se você começar com a Claire, irá passar por situações um pouco diferentes e ver coisas inéditas, e o mesmo vai rolar quando usar o savegame de jogo finalizado para iniciar a campanha do Leon.

Tem também algumas coisas bem bacanas que é a possibilidade de não pegar certas coisas para deixar que o outro personagem pegue. Isso acaba sendo interessante porque bate aquela sensação tensa de "Nossa, eu posso pegar, mas talvez eu precise bem mais disso quando for jogar a próxima campanha". 

Caso por algum motivo bizarro não conheça a jogabilidade do jogo e esteja lendo uma review do 2, ela é bastante batida pra época atual. As câmeras ficam paradas e você vê como se tivesse olhando de câmeras de segurança, você deve achar itens e combiná-los pra passar de lugares, resolver enigmas e enfrentar inimigos com munição limitada e estoque de cura também limitado.

Algo que me assustou no começo foi o nível de dificuldade do jogo, ele começa com uma quantidade absurda de zumbis no meio da rua, e ainda mais com aquele controle maravilhoso da época, isso me fez já no começo reiniciar umas duas vezes porque achei que vacilei demais. Na real eu pensei várias vezes em reiniciar já no meio do jogo, não tava acreditando que ia conseguir zerar no estado do meu personagem. Os inimigos são absurdamente mais fortes que os de Resident Evil 1 e é triste ver que um pente inteiro foi em um único zumbi e tem uns 6 em uma sala.

Porém acho que com o passar do jogo vai ficando bem mais fácil, você vai descobrindo formas de economizar munição e vendo o que vale e o que não vale a pena matar. Por outro lado a campanha da Claire me fez comer o pão que o diabo amassou e inclusive teve um dos finais de lives mais emocionantes que já fiz, porque tive que enfrentar o último chefe diversas vezes e teve umas surpresinhas bem desagradáveis.

O visual ainda usa aquela técnica pré renderizada que tem no primeiro jogo, em que o fundo é uma foto e você controla o personagem 3D, no entanto dessa vez decidiram fazer algo mais bonito e colocaram frequentemente vários lugares com efeitos que fazem a coisa parecer mais viva. Por exemplo o fogo em um acidente realmente fica se movendo.

Enfim, um ótimo jogo, não é por acaso que fãs decidiram fazer uma dublagem em português, e que se tornou um dos mais amados. A história tem seus momentos bem bobinhos infelizmente, mas na real boa parte da franquia tem, seja no clima Hollywoodiano de Resident Evil 4 ou na tosqueira estilo anime de alguns momentos de Resident Evil 0, mas não é o suficiente pra tirar o brilho do jogo e bater aquela vontade de experimentar de novo.

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