Em meio à facilidade da informação sobre como desenvolver jogos, era natural que pessoas comuns começassem a se destacar no Brasil e que alguns estúdios começassem a surgir. E Fluffy Horde é uma resposta a isso, sendo o primeiro jogo brasileiro a ser financiado pela Humble Bundle, e ganhando atenção mundial pelo seu visual peculiar e energia psicodélica com humor ácido muito fácil de captar assim que se assiste o trailer.
Um Xamã coelho maléfico super poderoso decide que é hora de sacanear com a humanidade, e assim decide usar seus poderes para invocar uma horda de coelhinhos fofinhos que se reproduzem em alta velocidade e fazer com que destruam tudo, inclusive as festinhas da princesa. Agora é hora da humanidade reagir e enfrentar esse terrível inimigo.
Quando vi o trailer psicodélico extremamente esquisito desse jogo, foi impossível não lembrar do comercial Não Olhe pra Trás. Talvez tenha inclusive sido uma inspiração mesmo, afinal de contas também é um comercial brasileiro, e na apresentação do jogo há uma variação bem esquisita de cenas surreais acompanhadas de uma batida psicodélica.
Assim como o também brasileiro No Heroes Here, Fluffy Horde se destacou antes do lançamento graças a festivais, sendo finalista em quatro categorias na Gamepolitan, e vencendo como melhor tecnologia. Também foi vencedor na SJECC nas categorias de melhor design de jogos e melhor arte. Na real me surpreende de na Gamepolitan ele não ter sido vencedor como jogo com melhor arte, porque é de encantar os olhos.
A jogabilidade é uma mistura de jogo de estratégia com tower defende. Os objetivos variam de fase pra fase. Aliás, indo direto ao ponto, ele é um daqueles jogos tipo Russian Subway Dogs e Boo! Greedy Kid, onde você tem fases rápidas e medalhas para cumprir certos objetivos nesse tempo. Isso acaba te fazendo repetir várias vezes a mesma fase pra tentar pegar novas medalhas.
Um ponto muito positivo do jogo, é que ele não se prende a uma única mecânica. É bem comum em títulos desse tipo as variações serem apenas nos inimigos de cada fase. Aqui por outro lado as fases variam com estratégias que você precisará usar a lógica pra conseguir passar, objetivos diferentes, e mecânicas diferentes.
Por exemplo, em algumas fases o objetivo é matar todos os coelhos antes que ele se reproduzam demais, dando aquele climinha de cabo de guerra, em outros é preciso fazer uma vaca chegar até uma uma planta com tetas que lança leite, já em outro é necessário guiar a princesa até uma festinha sem que ela seja comida por coelhos, e assim vai...
Apesar de ter uma bela variação de mecânicas, todas são bem simples de se pegar, com plantações você ganha moedas, mas se os coelhos se aproximarem, comem ela, por isso precisam ser protegidas. Em bases você cria soldados e pode posicionar a bandeira deles em certos pontos pra eles cobrirem a área, nas bandeiras também é possível dar upgrade pra ficarem mais eficientes. Existe também uma série de mecânicas relacionada a objetos, como subir e descer pontes ou rodar ventiladores que sopram coelhos pra longe.
O jogo tem um modo multiplayer que infelizmente não consegui gostar, achei ele meio simplório, imaginei que seria algo mais estratégico, mas apesar da variação de objetivos dependendo do mapa, não conseguiu me encantar infelizmente. São basicamente a mesma coisa que o singleplayer, porém é você que joga os coelhos no inimigo. Eu pensei que ia ser algo mais semelhante a jogos de estratégia minimalistas como BOID e Crush Your Enemies.
Enfim, é um jogo que vale a pena, foi lançado por apenas R$10 no steam, e é daqueles títulos para se passar o tempo, podendo ser viciante pra caramba. Recomendo sempre dar uma olhadinha no preço dele na Greenman Gaming antes de comprar na steam, algumas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e sempre lembre de olhar os cupons de desconto que eles espalham pelo site, que deixa a coisa mais barata ainda, dê uma conferida aqui.
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