Um termo que vez ou outra acabamos vendo por aí, é "A internet das coisas", que acaba gerando uma confusão para uns e parecendo ser só uma baita de uma expressão fresca sem sentido para outros, mas no fim das contas tem sim um sentido e inclusive já gerou vários livros falando sobre o tema. Resolvi então criar uma matéria sobre o assunto.
Eu falo constantemente sobre como computadores e a internet causou um baita de um impacto na virada do milênio. Aquilo transformou o mundo, no entanto é algo que simplesmente não parou de evoluir de forma discreta. Às vezes olhamos alguns anos atrás e parece que tudo sempre foi igual, mas não é bem assim.
Por exemplo, se uma pessoa de 2006 olhasse pra apenas três anos antes, 2003, parece não ser mudança alguma quando se pensa na internet. Basicamente um lugar pra entrar, vagar em sites, conversar com os amigos e pronto. No entanto o Orkut é de 2004 e o youtube de 2005. Imagina um mundo sem uma rede social popular e sem poder ver videos?
Mas mesmo 2006 o youtube não era popular e o orkut estava começando a estourar, então acho que 2009 seria um ano mais sólido para se imaginar a internet de uma forma mais familiar. Porém ainda assim é impressionante como vídeos e redes sociais fazem toda a diferença. E ao ver a história da internet, você percebe que todo ano mais e mais coisas foram introduzidas.
Porém o conceito de "Internet das coisas" veio bem antes disso e no curta Um dia feito de vidro, pudemos ver a coisa sendo apresentada, da mesma forma e no mesmo ano (2012), a Google fez nossas cabeças explodir ao apresentar o Google Glass, que pareceu ser o primeiro grande passo real para a internet das coisas acontecer.
Mas bom, se você não sacou ainda, a internet das coisas é basicamente um novo passo, o em que a internet deixa de ser algo focado em computadores e passa a fazer parte das coisas do dia a dia, se interligando umas com as outras e gerando um mundo muito mais prático em que informações são passadas rapidamente e tudo é agilizado.
Acredito que os celulares tenham sido o primeiro equipamento a levar o conceito pra frente, pois inicialmente só tinhamos internet em computadores, mas depois rolou uma baita de uma queda nas vendas e os smartphones se popularizaram cabulosamente. Do nada todo mundo passou a andar por aí carregando um computador de bolso, um baita conceito cyberpunk, e o engraçado é que antes da virada do milênio já tinham smartphones.
Mas a explosão da coisa só rolou mesmo depois de 2010 e não demorou muito para esses dois equipamentos passarem a se conectar, sendo o PC o lugar onde você faz mesmo o "trabalho pesado", tipo digitar um documento, e o smartphone a parte mais prática, como consultar as coisas e interagir de forma mais direta.
Porém o mundo continuou evoluindo e esses serviços na internet passaram a cada vez ficar mais presentes e smartphones começaram a não ser o suficiente. Os relógios inteligentes surgiram, assim como carros ligados diretamente à internet e outras gambiarras, a maioria cara demais para que pessoas comuns se interessassem.
Ao meu ver, os aparelhos base para fazer a internet das coisas acontecer são os assistentes pessoais, isso porque são praticamente um incentivo para a pessoa comprar coisas inteligentes. Na matéria sobre o Google Home, eu dei uma quantidade enorme de exemplos sobre as possibilidades, e sendo algo que custa na média de 200 reais, oferece vantagens demais para os mais variados tipos de pessoas.
A quantidade de possibilidades é tão absurda, que você fica viciado. Uma pessoa que se preocupa com o que come, pode por exemplo ir pegando alimentos e perguntando quantas calorias tem ao Google Home, e ele vai falando um por um. Com isso fica fácil começar a pensar em como seria mandar ele ligar a TV, fechar as portas da casa, acender as luzes, limpar a casa e muito mais. Todas essas possibilidades que citei são possíveis se você comprar os acessórios.
Mas a internet das coisas não é um conceito voltado apenas para o controle de uma coisa, mas para a troca de informação entre essas coisas, gerando uma vida mais confortável. Se adaptando ao seu estilo de vida, fazendo sugestões, coletando os dados frequentemente e passando de um equipamento para outro.
Você pega comida na geladeira, leva pro seu quarto, sua cadeira detecta um peso X, você termina de comer, mas a lixeira não detecta esse alimento lá, a cadeira vê que seu peso se manteve o mesmo. A casa começa a procurar onde foi parar o alimento, caiu no chão? O robô aspirador é enviado para limpar. Isso é a internet das coisas.
Quando se fala é algo que parece futurístico, mas já estamos vivendo e a tendência é as pessoas comprarem mais e mais objetos inteligentes (ou smart devices) e aos poucos eles irem se conectando, não só coisas nossas como a dos outros. A Mi Band 3 por exemplo é capaz de detectar e se conectar a pulseiras de outros usuários.
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