Desde o anuncio do badalado Fortnite: Battle Royale, muita gente fica irada com a comparação entre ele e PlayerUnknown's Battlegrounds, em partes por uma declaração feita pela desenvolvedora Bluehole, sobre ficar insatisfeita com a Epic ter desenvolvido um jogo semelhante. E logo veio um falatório sobre "PUBG não inventou esse modo de jogo!", e é constante citarem H1Z1 e o mod Battle Royale da franquia ArmA, mas afinal de onde veio PUBG? Bom, veio de um livro japonês! Estou falando de Battle Royale. Livro que conseguiu com certeza influenciar muito o mundo!
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Se você não conhece, PlayerUnknown's Battlegrounds é um jogo lançado em março de 2017 como acesso antecipado na steam. A desenvolvedora coreana tinha uma popularidade pelo MMORPG Tera Online, e já atuava desde 2007. Mas ela não esperava um sucesso tão grande, a previsão era de vender 300 mil vendas, portanto foi uma surpresa chegar a 10 milhões em menos de um ano.
Naturalmente quando um jogo faz sucesso, vem uma legião que faz algo parecido. É só ver Minecraft, até existiam jogos quadrados antes dele, mas só depois que a quantidade se tornou cabulosa. E a Epic decidiu adicionar esse modo em um jogo dela, o Fortnite, e declarou abertamente que era inspirado em PUBG. Somando isso com o fato de ser gratuito e ter elementos próprios de construção e um visual cartunesco fofinho, muitagente ficou louca pra jogar.
E em meio à empolgação surgiu o presidente da Bluehole, Chang Han Kin, que disse que não achou legal a Epic lançar um jogo parecido com o deles, pois PUBG usa a engine Unreal, que é da Epic, e parecia uma concorrência desleal, já que aprimoramentos podem ser criados especialmente para Fortnite: Battle Royale e nunca serem liberados para outras empresas.
Isso gerou a fúria da comunidade, muitos dizendo que tava muito na cara que tinham conseguido sucesso por sorte e ficaram com medo. Outros falando que eles não inventaram o modo Battle Royale, e se surtam com um, então Doom tinha que surtar com todos os jogos em primeira pessoa. Além de alguns jogadores de PUBG dizendo "bem feito" pra aprenderem a arrumar bugs.
Mas em meio a todas as críticas, o que mais ficou no ar mesmo foi essa coisa de "Vocês não são donos desse modo de jogo!" e a comparação com experiências semelhantes anteriores, sendo ela H1Z1 e o mod Battle Royale lançado para ArmA 2 e ArmA 3. Porém a grande surpresa é quando muitos descobrem que existe uma ligação desses jogos com PUBG.
Mas vamos voltar um pouco. Você certamente deve ter ouvido falar da franquia de filmes Jogos Vorazes, que acabou se tornando super popular, onde um grupo de jovens é colocado em um ambiente e somente um pode sair vivo. Esses filmes foram baseados na franquia de livros de mesmo nome, e muita gente acabou achando que veio dali a ideia por essa popularidade.
A verdade é que a coisa veio bem antes, não dá pra saber exatamente em que momento dos anos 90 teve início, mas a conclusão do livro Battle Royale foi em 1996, nas mãos do jornalista Koushun Takami. Apresentando um futuro distópico que deixou muita gente chocada e até hoje consegue causar certa inquietação.
Algo curioso é que o autor colocou um futuro extremamente próximo, diferente da maioria dos autores que colocam vários anos, ele colocou a coisa acontecendo em 1997. E mostra um país que se formou depois da segunda guerra mundial, banindo qualquer coisa que pareça imoral, o que gera jovens ainda mais revoltados, coisas como rock são banidas.
E para dar um jeito nessa revolta, e experimentar táticas militares, criam um programa em que turmas do terceiro ano do ensino médio são sequestradas e colocadas em um ambiente remoto. Devem sobreviver e se matar se quiserem sair do lugar. No final apenas um único pode sair vivo, e assim cada partida é imprevisível.
O livro era violento e controverso demais, o resultado foi que não aceitaram publicá-lo de primeira, no entanto em 1999 ele finalmente saiu no Japão e a partir daí foi só sucesso, já no ano seguinte veio o mangá de Battle Royale, que ficou sendo publicado até 2005, totalizando quinze volumes. Mas o que popularizou a coisa mundialmente foi o filme live action Battle Royale, que foi lançado rapidamente também, chegando aos cinemas em 2000 e tendo uma sequencia.
Mas agora vamos sair do Japão e ir um pouco para o Brasil, na cidade de Varginha, sul de Minas Gerais. Lá vivia um cara chamado Brendan Greene. Um fotografo e designer gráfico irlandês que tinha se mudado pra cá por causa de uma namorada brasileira, o namoro só durou dois anos, no entanto ele viveu por seis anos no Brasil.
Nessa época sua vida estava apertada e desiludida com jogos, não achava algo que fazia muito seu tipo, mas começou a gostar muito de DayZ, e logo passou a se animar e pensar nas possibilidades de criar o seu próprio mod de ArmA, e a partir daí veio a empolgação em se dedicar à coisa, e com a possibildiade de fazer servidores fechados a amigos, começou os testes.
E foi assim que veio a ideia de criar algo parecido com aquele filme dos anos 2000, Battle Royale! Daí que também veio o nome para o mod, afinal de contas era só mais um elemento do maravilhoso mundo dos mods, não é mesmo? Então não era necessário especificar que tinha vindo dali ou pedir autorização, nem um jogo de verdade era, e assim ficou como PLAYERUNKNOWN's Battle Royale.
O tempo passou, o mod foi lançado em 2013 para ArmA 2 e logo ArmA 3. Mas a vida de Brendan mudou em 2015 com o contato da desenvolvedora Daybreak Game Company (Na época se chamava Sony Online Entertainment), que estava criando um novo modo para seu jogo, o nome era "King of the Kill", que foi lançado no começo de 2016.
O modo fez sucesso, mas gerou revolta dos jogadores pelo desleixo da desenvolvedora, que deixou a coisa de lado. E em 2016 veio a Bluehole, que entrou em contato com Brendan, mas ela não queria criar um modo carnificina pro Tera Online, mas sim um novo jogo que o foco era completamente baseado no mod Battle Royale, e foi aí que finalmente surgiu PlayerUnknown's Battlegrounds.
Curioso, não? No fim das contas PUBG provavelmente não teria o formato que tem hoje se não tivesse como ideia base o livro de onde o seu criador tirou a inspiração da coisa, até porque ele começou apenas brincando. No Brasil foi lançado o livro Battle Royale em português, e tem 664 páginas, você acha a venda aqui:
Naturalmente quando um jogo faz sucesso, vem uma legião que faz algo parecido. É só ver Minecraft, até existiam jogos quadrados antes dele, mas só depois que a quantidade se tornou cabulosa. E a Epic decidiu adicionar esse modo em um jogo dela, o Fortnite, e declarou abertamente que era inspirado em PUBG. Somando isso com o fato de ser gratuito e ter elementos próprios de construção e um visual cartunesco fofinho, muitagente ficou louca pra jogar.
E em meio à empolgação surgiu o presidente da Bluehole, Chang Han Kin, que disse que não achou legal a Epic lançar um jogo parecido com o deles, pois PUBG usa a engine Unreal, que é da Epic, e parecia uma concorrência desleal, já que aprimoramentos podem ser criados especialmente para Fortnite: Battle Royale e nunca serem liberados para outras empresas.
Isso gerou a fúria da comunidade, muitos dizendo que tava muito na cara que tinham conseguido sucesso por sorte e ficaram com medo. Outros falando que eles não inventaram o modo Battle Royale, e se surtam com um, então Doom tinha que surtar com todos os jogos em primeira pessoa. Além de alguns jogadores de PUBG dizendo "bem feito" pra aprenderem a arrumar bugs.
Mas em meio a todas as críticas, o que mais ficou no ar mesmo foi essa coisa de "Vocês não são donos desse modo de jogo!" e a comparação com experiências semelhantes anteriores, sendo ela H1Z1 e o mod Battle Royale lançado para ArmA 2 e ArmA 3. Porém a grande surpresa é quando muitos descobrem que existe uma ligação desses jogos com PUBG.
Mas vamos voltar um pouco. Você certamente deve ter ouvido falar da franquia de filmes Jogos Vorazes, que acabou se tornando super popular, onde um grupo de jovens é colocado em um ambiente e somente um pode sair vivo. Esses filmes foram baseados na franquia de livros de mesmo nome, e muita gente acabou achando que veio dali a ideia por essa popularidade.
A verdade é que a coisa veio bem antes, não dá pra saber exatamente em que momento dos anos 90 teve início, mas a conclusão do livro Battle Royale foi em 1996, nas mãos do jornalista Koushun Takami. Apresentando um futuro distópico que deixou muita gente chocada e até hoje consegue causar certa inquietação.
Algo curioso é que o autor colocou um futuro extremamente próximo, diferente da maioria dos autores que colocam vários anos, ele colocou a coisa acontecendo em 1997. E mostra um país que se formou depois da segunda guerra mundial, banindo qualquer coisa que pareça imoral, o que gera jovens ainda mais revoltados, coisas como rock são banidas.
E para dar um jeito nessa revolta, e experimentar táticas militares, criam um programa em que turmas do terceiro ano do ensino médio são sequestradas e colocadas em um ambiente remoto. Devem sobreviver e se matar se quiserem sair do lugar. No final apenas um único pode sair vivo, e assim cada partida é imprevisível.
O livro era violento e controverso demais, o resultado foi que não aceitaram publicá-lo de primeira, no entanto em 1999 ele finalmente saiu no Japão e a partir daí foi só sucesso, já no ano seguinte veio o mangá de Battle Royale, que ficou sendo publicado até 2005, totalizando quinze volumes. Mas o que popularizou a coisa mundialmente foi o filme live action Battle Royale, que foi lançado rapidamente também, chegando aos cinemas em 2000 e tendo uma sequencia.
Mas agora vamos sair do Japão e ir um pouco para o Brasil, na cidade de Varginha, sul de Minas Gerais. Lá vivia um cara chamado Brendan Greene. Um fotografo e designer gráfico irlandês que tinha se mudado pra cá por causa de uma namorada brasileira, o namoro só durou dois anos, no entanto ele viveu por seis anos no Brasil.
Nessa época sua vida estava apertada e desiludida com jogos, não achava algo que fazia muito seu tipo, mas começou a gostar muito de DayZ, e logo passou a se animar e pensar nas possibilidades de criar o seu próprio mod de ArmA, e a partir daí veio a empolgação em se dedicar à coisa, e com a possibildiade de fazer servidores fechados a amigos, começou os testes.
E foi assim que veio a ideia de criar algo parecido com aquele filme dos anos 2000, Battle Royale! Daí que também veio o nome para o mod, afinal de contas era só mais um elemento do maravilhoso mundo dos mods, não é mesmo? Então não era necessário especificar que tinha vindo dali ou pedir autorização, nem um jogo de verdade era, e assim ficou como PLAYERUNKNOWN's Battle Royale.
O tempo passou, o mod foi lançado em 2013 para ArmA 2 e logo ArmA 3. Mas a vida de Brendan mudou em 2015 com o contato da desenvolvedora Daybreak Game Company (Na época se chamava Sony Online Entertainment), que estava criando um novo modo para seu jogo, o nome era "King of the Kill", que foi lançado no começo de 2016.
O modo fez sucesso, mas gerou revolta dos jogadores pelo desleixo da desenvolvedora, que deixou a coisa de lado. E em 2016 veio a Bluehole, que entrou em contato com Brendan, mas ela não queria criar um modo carnificina pro Tera Online, mas sim um novo jogo que o foco era completamente baseado no mod Battle Royale, e foi aí que finalmente surgiu PlayerUnknown's Battlegrounds.
Curioso, não? No fim das contas PUBG provavelmente não teria o formato que tem hoje se não tivesse como ideia base o livro de onde o seu criador tirou a inspiração da coisa, até porque ele começou apenas brincando. No Brasil foi lançado o livro Battle Royale em português, e tem 664 páginas, você acha a venda aqui:
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1 Comentários
Ótima matéria, interessante saber da origem da ideia do jogo, não conhecia o livro. Acho que realmente a bluehole não é dona do modo de jogo, nem a épic, na verdade ninguém é, é uma tendência que, talvez fique por muito tempo, talvez não, quem sabe ainda ano que vem alguém lance um modo bem original pra um game legal pelo qual os jogadores tomem gosto, tiraria o foco do pubg...
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