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Afro Samurai - Um anime com muita personalidade

Eu lembro que conheci Afro Samurai apenas na época de seu lançamento em 2007 e na época fiquei muito encantado, mas tive a falsa ideia de que aquilo era um anime americano. Em parte pelo lance da blaxploitation presente e em parte porque um grande destaque que rolou na época foi o fato do personagem ser dublado pelo ator Samuel L. Jackson, e assim por muito tempo fiquei imaginando que era como um Exaella ou mesmo Animatrix. Ou seja, alta qualidade porém sem ser genuinamente japonês.



Daí atualmente decidi finalmente assistir mais uma vez Afro Samurai e foi uma surpresa descobrir que trata-se sim de uma obra japonesa, e a surpresa foi maior ainda ao ver que é baseado em um mangá lançado em 1999 e que na mesma época foi lançado no ocidente! Ficou aquela sensação de "Nossa, meu! Que loucura!". Especialmente porque esse é aquele tipo de obra que as pessoas conhecem, tem diversos produtos baseados na franquia, mas no fim das contas tem a maior carinha de underground porque o povo simplesmente não fala sobre, mesmo muitos conhecendo.
Então o o que aconteceu para esse anti-herói com tão cara de personagem americano surgir foi... O criador  Takashi Okazaki é um baita de um fã de música Soul e Hip Hop, isso o inspirou a criar o personagem, em 1999 já fez um certo sucesso com seu lançamento, mas a coisa teve uma explosão mundial em 2007 com a vinda do anime.

Uma das coisas que mais me agrada nesse anime é a essência tão própria que ele tem, existe algo de peculiar com essa mistura de Japão feudal e hip hop, além de ser um pouco excêntrico um Samurai negro, o próprio nome da obra já gera um certo impacto na coisa. Uma obra que me provoca essa essência peculiar tão gostosa é Samurai Champloo, uma outra obra que não é anime mas que também me faz sentir algo parecido é o magnífico jogo The World Ends With You.
A história se passa em uma versão futurística do Japão Feudal onde existem duas faixas que carregam uma lenda. O dono da faixa número 1 é o melhor Samurai do mundo, considerado um deus e ele só pode ser desafiado pelo dono da faixa número 2, que por sua vez pode ser desafiado por qualquer um, tendo que viver uma vida de combates frequentes com inúmeros guerreiros tentando provar o seu valor.

O dono da faixa número 1 tem um filho chamado Afro (É, esse é o nome do menino) e acaba sendo morto na frente do garoto, que guarda a cabeça do pai e a faixa número 2, mas carrega também uma sede de vingança. Não demora para perder a faixa porém segue um caminho para recuperá-la e finalmente poder desafiar e se vingar do número 1.
Como podem ver o universo criado é um tanto psicodélico, tudo isso seguido de muitas batidas de Hip Hop e inimigos bem malandros com vocabulários lotados de gírias. A adaptação tem apenas cinco episódios, mas cada um deles é marcante, com inimigos interessantes pra caramba e uma história que consegue prender e passar bem a sede de vingança, além de em determinado momento ganhar um certo toque perturbador.

Enfim, se você não assistiu, vale muito a pena! Até porque é curto demais e fica fácil investir um tempo nele. Esse é um daqueles animes que todo mundo já ouviu falar, porém o sucesso da coisa é um tanto tímido. Recomendadíssimo para quem procurava um anime de ação com personalidade. Aproveitando a postagem, se você gosta desse tipo de coisa excêntrica recomendo  dar uma conferida em Lebron James in Chamber of Fear.

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