Antes de tudo tenho que dizer que eu poderia ter gostado de Black Mirror mais do que gostei no fim das contas, isso porque eu só assisto, jogo, leio, etc quando acho que é a hora certa. Tem uma quantidade imensa de coisas que eu gostaria de analisar no blog, mas simplesmente não estou empolgado pra conferir naquele momento. E no caso de Black Mirror foi diferente, ela estava na lista de espera, mas do nada alguma coisa aconteceu e as pessoas começaram a falar, falar, falar e falar... Só que o problema é que começaram a surgir spoilers, sendo que eu queria assistir sem saber nada, no fim o único jeito foi assistir logo.
A única coisa que eu sabia sobre a série é que tinha um toque psicológico e os finais dos episódios eram surpreendentes. Eu queria que continuasse assim pra me surpreender de verdade, mas infelizmente já fui assistir sabendo de muita coisa, além de que com pessoas gritando pra todo lado o quanto é uma série espetacular, foi impossível não acontecer aquilo da expectativa matar a diversão. Porém a série é tão boa que ainda assim conseguiu me agradar o suficiente para se destacar entre outras.
Essa não é uma série com uma história apenas, mas sim algo antológico, ou seja cada episódio tem sua história própria. Graças a isso a coisa poderia ser apenas mais uma das inúmeras cópias de Além da Imaginação, no entanto ela conseguiu obter uma personalidade própria e única porque apesar de tudo o seriado é temático. Ou seja, todos os episódios bebem da mesma fonte, que é a mistura de tecnologia e fraquezas humanas.
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Essa é uma série com uma atmosfera muito mais peculiar, e que acho que se fosse para colocar ao lado de outras, seriam a fabulosa Masters of Horror ou a super desconhecida Masters of Science Fiction. Dois seriados que também tem um tema base para que cada um dos episódios seja criado, deixando a coisa com muito mais personalidade.
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Sem sombra de dúvidas uma das coisas mais apaixonantes de Black Mirror é não exagerar, alguns episódios são no presente, usando coisas que qualquer criança pode usar diariamente. Como o primeiro episódio, em que sequestram uma princesa e exigem que um político transe com um porco na frente das câmeras. A maior pressão presente é graças à internet, graças ao que as pessoas falam no twitter.
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A forma como pegam tecnologias conhecidas e apresentam versões ao vivo da coisa é maravilhosa, é como quando a Google apresentou o Google Glass, todas aquelas coisas tão comuns do dia a dia sendo mostradas em uma versão no mundo real. Algo simplesmente maravilhoso que saiu das telas dos computadores.
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Enfim, tá aí uma série maravilhosa, só teve um episódio que posso dizer que não gostei, mas de resto cada história é uma surpresa. Vale demais a pena dar uma conferida, até porque as temporadas são minúsculas, a primeira só tem três episódios e eles nem são conectados, então dê uma conferidinha rápida, talvez você se apaixone.
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