Em 2010 foi lançado um jogo que aterrorizou e continua a aterrorizar muita gente, o clássico instantâneo Amnesia, que conseguiu revigorar demais o gênero terror e até mesmo fazer pessoas realmente chorarem de medo. A empresa lançou então Amnesia: A Machine for Pigs, que só foi distribuído pela Frictional Games, e não criado como o anterior, também não fez tanto sucesso no fim das contas, talvez pela novidade já ter passado. Mas foi então que a desenvolvedora anunciou que iria lançar uma nova franquia chamada SOMA, e claro, o povo ficou louco!
Cinco anos após Amnesia, veio o novo jogo da empresa, que fez pessoas se rasgarem com a expectativa. Algo até perigoso já que quando se espera demais por algo, isso pode acabar destruindo parte da diversão. E no caso de SOMA, o que a maioria dos jogos esperava era um novo Amnesia, uma experiência extremamente macabra e capaz de fazer jogadores entrarem em desespero como nunca.
Aqui você assume o papel de Simon, um homem que sofreu um acidente de carro e ficou com sequelas no cérebro, acontecendo sangramento constante. Um novo tratamento é então recomendado a ele. E assim se prepara, toma os remédios e vai vai até o lugar, lá ele recebe a informação de que farão um escaneamento em seu cérebro, e por isso precisa se sentar em uma cadeira e esperar um pouco. O problema é que essa é a última coisa que ele se lembra antes de acordar em um lugar que parece uma base futurística toda detonada e escura, além de estar cheia de robôs aparentemente com mal funcionamento.
Vou direto ao ponto, definitivamente esse jogo não é um novo Amnesia, acredito que todo mundo que for jogar e conhece o título anterior da empresa, fica pensando "Vai acontecer..." em relação a hora em que a coisa vai começar a ficar macabra de forma surreal. No entanto não acontece, a pessoa vai andando, andando e o momento de terror absurdo simplesmente não chega.
Mas isso é ruim? A verdade é que não, pois no fim das contas SOMA mostrou uma personalidade própria, ele não é um clone aperfeiçoado de Amnesia, convenhamos que por mais que falar com essa descrição faça a coisa parecer feia, é isso que boa parte dos jogadores esperava, simplesmente um novo jogo da franquia com outro nome, e certamente não se encontra isso aqui. Certamente é mais fácil encontrar essa experiência em títulos de empresas diferentes, como aqueles cinco jogos de terror completamente imprevisíveis.
Em SOMA o foco é a história e o suspense, e isso com certeza é capaz de compensar qualquer coisa. A trama não para, o tempo todo novas informações acontecem e diálogos, você vai descobrindo mais e mais, além de querer saber o que aconteceu. Como você foi parar ali? E as perguntas não param de surgir, pois a equipe criadora adicionou uma quantidade enorme de coisas pra você se perguntar.
Por exemplo, tem um momento em que você vai encontrando robôs, e eles falam como humanos e nem ao menos aceitam que você diga que não são humanos. Enquanto acontece também bem o contrário e você encontra pessoas com uns tubos ligados em seus corpos e no outro canto máquinas se movendo como se fossem pulmões, é bem bizarro.
A história tem um forte toque psicológico, mas também um toque filosófico, fazendo assim com que muitos jogadores possam ficar com certas situações e diálogos na cabeça. Detalhes que os personagens falam e no fim das contas são bem profundos, fazendo refletir um bocado. Esse toque de profundidade é um dos temperos especiais da coisa.
Os gráficos não são espetaculares mas conseguem cumprir seu papel, especialmente porque a coisa foi compensada com a quantidade de objetos que tem em cada cenário. A equipe fez um monte de coisinhas e espalhou em cada uma das salas, e não estou falando de objetos que você vá usar, mas de coisas como uma escova de dentes, objetos normais do dia a dia e é possível pegar e olhar. Claro, algumas tem certos detalhes escondidos, mas não todos, o que incentiva os mais empolgados a vasculharem.
O jogo tem uma localização em português maravilhosa, apesar de não ser dublado, todos os outros detalhes de SOMA são em português, sendo assim se você achar um painel na parede e tiver algo escrito, isso será em nossa língua. Realmente fizeram um bom trabalho pro jogador soe sentir em casa.
Existem sim sustos no jogo, mas não é algo exagerado, é mais como um toque especial, adicionando em meio ao suspense. Ao meu ver esse jogo está mais para um Bioshock ou até mesmo um System Shock que um Amnesia, tanto na forma que o toque de terror é colocado quanto na ambientação da coisa.
Enfim, está procurando um jogo de terror com foco no suspense e história? É fã de histórias de ficção científica? Um jogo que as coisas não param de evoluir com dúvidas surgindo e sendo respondidas? Pois SOMA certamente será perfeito, isso é quase um livro jogável. Vale a pena dar uma conferida no site da G2A, pois lá eles costumam vender keys da steam por um valor bem mais barato que na própria steam e ainda aceitam boleto bancário. Dê uma conferida aqui.
3 Comentários
Quer dizer então que tem poucos inimigos?
ResponderExcluirExatamente! A maioria do tempo é exploração.
ResponderExcluirFinalizei e vou esperar um pouco só para repetir. É sensacional, porque o clima de suspense que se mistura com as partes de ação e a tensão junto com a ambientação sufocante tornam o jogo muito bom do início ao fim. Particularmente, a parte filosófica da história empurra o jogador para decisões que me deixaram pensando bastante sobre o assunto.
ResponderExcluir