Quando me enviaram o trailer desse filme, foi inevitável não acha-lo familiar, e realmente não foi apenas impressão, depois que terminei, rapidamente percebi o quanto esse longa metragem parece demais ser um filme-irmão de Sem limites e Transcendência, digo isso porque o climinha é muito parecido, é como se tivessem pego os dois filmes e unido em um, deixando aquela sensação final de “Nossa... E se isso acontecesse?”.
A história mostra uma garota chamada Lucy, que acaba se metendo com a máfia chinesa e acidentalmente tendo uma enorme quantidade de uma nova droga liberada em seu corpo, mas ao contrário do que se espera, ela começa a usar porcentagens cada vez maiores de seu cérebro, se tornando muito absurdamente inteligente que qualquer humano e inclusive desenvolvendo habilidades fora do normal.
As coisas acontecem de uma maneira bem frenética, com a personagem correndo contra o tempo, já que assim como o seu conhecimento aumentou enormemente, o seu tempo de vida também ficou curto demais e ela tenta fazer o melhor possível com aquilo que tem, buscando algum sentido.
Esse é daqueles filmes que a principio você sente que é um "filme inteligente", porém acabou com um foco muito grande na ação, fazendo assim com que tenha aquela cara de ser mais uma ótima ideia que acabou sendo um pouco ofuscada pelos tiroteios e explosões, é claro que pode ser questão de opinião, mas não creio que seja um caso como Matrix, onde você pensa “Nossa, que ideia inteligente!” e que você fica marcado, pensativo sobre o assunto, a sensação é mais para algo que foi muito rápido e que não explorou tão bem a coisa, mas que mesmo assim é bem satisfatório no final das contas.
Uma coisa legal, é que o filme apresentou de uma forma realista o que uma inteligência enorme é capaz de fazer com uma pessoa, sendo assim, Lucy como humana parece deixar de existir nos primeiros segundos em que a droga foi absorvida, e da mesma maneira, emoções variadas foram sacrificadas. No filme “Sem Limites” você acompanha a ideia de um personagem com inteligência sobre-humana, mas que ainda tem prazeres e rancores, o que faz com que seja bem mais fácil desse identificar com o personagem, já em Lucy isso é sacrificado, mas acaba sendo algo que parece mais natural, afinal de contas o universo é tão gigantesco, que quando se chega ao nível de inteligência absurdo, não seria surpresa se a pessoa passasse a não se importar nem um pouco com emoções, visualizando que há algo muito maior do que o prazer.
Eu não gostei muito da atuação da atriz, mas não creio que seja culpa dela, acredito que foi o diretor, mas a personagem age de uma forma meio forçada ao meu ver, por exemplo quando ela está no meio de um monte de cientistas e fica olhando pra eles tremendo a cabeça de forma completamente mecânica, eu já estava até esperando ela soltar um “EU... SOU... UMA... GAROTA... ROBÓTICA!” e fazer a dança do robozinho.
Enfim, Lucy é um filme com seus altos e baixos, eu até que achei uma diversão momentânea legal, mas sinto que é uma obra com potencial desperdiçado. Seria muito mais gostoso de ver se apresentasse um ritmo um pouco mais lento e que permitisse ao espectador apreciar melhor o desenvolvimento da personagem, mas passa muito a sensação de “Ela foi lá e fez isso e pá e pá e depois acabou!” kkkkk. Enfim, acho que como passatempo pode valer a pena!
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