É óbvio que American Horror Story Coven foi realmente morna, não vou ser injusto dizendo que foi uma porcaria, porque teve sim os seus momentos épicos, no entanto o grande erro da temporada foi usar algo tão fantástico como magia urbana, e ao invés de aproveitar ao máximo a bizarrice da coisa, com rituais macabros e elementos sombrios, preferiu dar foco em algo mais bonitinho com uma escola de bruxinhas bem vestidas e ainda uma personagem principal com todo o estereótipo possível que o clichê pudesse colocar. Provavelmente os criadores viram o impacto negativo causado, afinal de contas as cenas mais fascinantes da primeira temporada e de sua sequencia, a Asylum, foram as esquisitices. E assim criaram uma quarta temporada onde o foco é puramente a estranheza.
Quem nunca ouviu falar de um circo dos horrores, não é mesmo? Em diversas séries, filmes e histórias em geral, vez ou outra, personagens aparecem indo a circos assim, com mulher barbada, homem gigante, e outras coisas do tipo. Normalmente esse tipo de história é apresentado em décadas do meio do século XX, e a história dessa vez se passa exatamente em um ambiente assim, um circo cheio de pessoas com deformações das mais variadas, o que garante uma temporada cheia de esquisitices.
Lembro quando saiu a primeira imagem da Sarah Paulson, foi um verdadeiro susto para todos, isso porque os roteiristas conseguiram surpreender muito ao colocar a atriz dessa vez para interpretar uma mulher de duas cabeças, e já nas primeiras cenas do primeiro episódio você percebe que ela é realmente a personagem que rouba a cena, não apenas por ser incrível ver a magia acontecendo, mas porque na história ela é mostrada como a mais nova atração do circo, e que está ali especialmente para salvar o lugar da falência, já que ninguém está indo ao lugar ver.
A ideia em si já foi incrível, mas ver acontecer e como ficou bem feito, me surpreendeu muito, são duas irmãs com personalidades diferentes, uma impulsiva e sonhadora, e outra rígida e com os pés no chão, a forma que elas veem em certos momentos é mostrada com a tela dividida, apresentando o ângulo de visão de cada uma das irmãs. Foi inevitável eu não ficar fascinado imaginando como fizeram isso, e como deve ter sido interessante para a atriz gravar duas vezes os movimentos de cabeça e falas, além da técnica de efeitos visuais que usaram, ficou realmente perfeito!
Mas claro, existem também as outras histórias, como a própria dona do circo, interpretada pela impecável Jessica Lange, que até então assumiu o papel de personagens bem fortes e que em poucas vezes mostraram fragilidade, porém aqui, apesar da personagem ser forte também, já no primeiro episódio é possível ver um toque muito mais humano na sua forma de ver o mundo, apesar de bem ambiciosa também. Há um assassino com roupa de palhaço fazendo a chacina pela cidade, e as histórias individuais dos membros do circo.
Enfim, essa é uma temporada que acho que começou muito bem, trazendo de volta a atmosfera de bizarrices da segunda temporada, mas que pode ser preocupante o tanto que a mulher de duas cabeças rouba as cenas, podendo deixar os outros personagens sem sal, mas claro, é questão de opinião, então só vendo a temporada inteira para saber o resultado da coisa e se os roteiristas foram bons mesmo, ou desandaram como na terceira temporada.
1 Comentários
Eu gostei da estreia da nova temporada, e aliás adoro a série. Já acompanho desde a estreia da primeira na fox. Curti bastante a FREAKSHOW.... creio que bastante bizarrices estão por vi ainda.... e a dúvida é se Jessica Lange ganhara novamente o prêmio de melhor atriz pela série como nos anos anteriores.... ou se a Sarah Paulson dessa vez ganhara... rsrsrsrsrsrsrs
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