Lançada em 2022, a série de Sandman demorou um bocado pra poder retornar. Se falava em cancelamento, pelo fato de que foi absurdamente cara, apesar de ter gerado muitas críticas positivas. Ou seja, não se sabia se a Netflix iria trazer a coisa de volta, mas no fim das contas, resolveu trazer! Agora, além do trailer, revelou que vai chegar em duas partes! A primeira em 3 de julho, e a segunda em 24 de julho, serão 11 episódios e essa temporada será a final.
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Sandman | Série de Neil Gaiman, da Netflix, adapta os quadrinhos sombrios dos anos 90
Sandman foi criado por Neil Gaiman, com ilustrações de Sam Kieth e Mike Dringenberg. Lançado pela DC Comics em 1989, a série fez parte do selo Vertigo, voltado para histórias mais adultas. Foi uma obra que misturou fantasia, terror psicológico, drama e mitologia, com um estilo bem diferente do padrão dos super-heróis. Reuniu uma penca de fãs ao longo do tempo, até que finalmente ganhou uma série absurdamente cara da Netflix em 2022.
Essa é uma obra que ganhou uma nova leva de fãs com a série, mas definitivamente não era desconhecida antes disso, só nichada, o que vira aquele "ponto cego" pra uma galera. A história gira em torno de Morpheus, também chamado de Sonho, um dos Perpétuos, entidades imortais que representam aspectos da existência como Morte, Desejo, Destino, Delírio, Desespero e Destruição. Cada um deles é apresentado em forma de personagem e possui sua própria função no universo, e o foco maior da história é sempre nas reflexões existenciais que envolvem Morpheus.
A HQ se destacou na chamada era moderna dos quadrinhos, um período que começou após a era de ouro e a era de prata, quando surgiram temas mais maduros e personagens psicológicos. Sandman foi um marco ao lado de Watchmen, Hellblazer, Swamp Thing, V de Vingança, e Preacher, consolidando o selo Vertigo como referência em histórias sombrias. Então se você gosta de quadrinhos adultos, provavelmente tem que agradecer Neil Gaiman. Aliás, uma curiosidade é que o autor disse que o Brasil foi o primeiro país a descobrir Sandman. Ele comentou isso no estouro do primeiro ano da série.
Um dos traços mais marcantes de Sandman é sua atmosfera visual, com traços distorcidos, capas ilustradas por Dave McKean e roteiros que misturam sonhos, pesadelos e literatura clássica. Referências a Shakespeare, Edgar Allan Poe, mitologia grega, nórdica, bíblica e até elementos do ocultismo permeiam toda a série. Naturalmente na versão da Netflix foi um pouco mais difícil colocar algo assim, mas acho que ficou bonito no geral, naturalmente caro, só que nada que não tivesse visto.
A HQ se destacou na chamada era moderna dos quadrinhos, um período que começou após a era de ouro e a era de prata, quando surgiram temas mais maduros e personagens psicológicos. Sandman foi um marco ao lado de Watchmen, Hellblazer, Swamp Thing, V de Vingança, e Preacher, consolidando o selo Vertigo como referência em histórias sombrias. Então se você gosta de quadrinhos adultos, provavelmente tem que agradecer Neil Gaiman. Aliás, uma curiosidade é que o autor disse que o Brasil foi o primeiro país a descobrir Sandman. Ele comentou isso no estouro do primeiro ano da série.
Um dos traços mais marcantes de Sandman é sua atmosfera visual, com traços distorcidos, capas ilustradas por Dave McKean e roteiros que misturam sonhos, pesadelos e literatura clássica. Referências a Shakespeare, Edgar Allan Poe, mitologia grega, nórdica, bíblica e até elementos do ocultismo permeiam toda a série. Naturalmente na versão da Netflix foi um pouco mais difícil colocar algo assim, mas acho que ficou bonito no geral, naturalmente caro, só que nada que não tivesse visto.
Muitas pessoas criticaram o fato da Morte ser negra, mas sinceramente esse tipo de coisa não me incomoda. Me incomodou muito mais o fato do Sandman ser um ator todo bonitinho de olhos azuis. Eles perderam a oportunidade de colocara um cara feio pra cacete ali. O Sandman dos quadrinhos é exótico, ele não parece completamente humano, ele tem uma aparência que parece um ser de pesadelo, meio cadavérica e exótica. Faz parte do mistério do personagem o estilo meio cadavérico dele. Mas quando o Sandman parece um Backstreet Boy, fica difícil pensar em algum mistério, né?
Não acho que estraga a experiência, mas creio que os visuais deveriam ter sido mais bem trabalhados, o elemento exótico é algo muito mais incômodo do que a cor do personagem. É notável que isso é algo forte na saga original. Personagens como Lúcifer Morningstar, que ganhou sua própria série em quadrinhos e depois na TV, e Morte, a irmã de Morpheus com visual inspirado na cena gótica, foram alguns dos que mais chamaram a atenção dos leitores. Apesar de tudo, tem seus destaques também. Coríntio, um pesadelo que foge para o mundo real, tá simplesmente perfeito na adaptação.
A série em quadrinhos Sandman foi publicada entre 1989 e 1996, com 75 edições principais. Além disso, teve spin-offs, encadernados especiais, como "Sandman: Noites Sem Fim", "Morte: O Alto Preço da Vida", e reedições como "The Absolute Sandman" e "The Annotated Sandman". Com o tempo, ganhou status de obra literária, estudada em cursos e universidades. Desde aquela época, tentaram fazer uma adaptação, chegando a cogitar filmes, mas tudo deu errado até 2022.
A adaptação para TV foi desenvolvida pela Netflix. O projeto teve como showrunner Allan Heinberg, com produção executiva do próprio Neil Gaiman e de David S. Goyer. A série estreou com Tom Sturridge no papel de Sonho, além de Gwendoline Christie (A Brienne de game of Thrones e Phasma de Star Wars) como Lúcifer, Kirby Howell-Baptiste como Morte, Boyd Holbrook como Coríntio e outros nomes fortes.
Enfim, é uma série que achei bacana. A produção buscou manter o clima sombrio, com cenários inspirados nas artes originais, efeitos visuais para retratar o Sonhar, o Inferno, o Vórtice dos Sonhos, a Biblioteca do Destino e o mundo dos Perpétuos. A trilha sonora e o design de som também seguiram a linha onírica, tentando capturar a essência enigmática dos quadrinhos originais. Mas tem seus problemas como o visual não ser tão original e terem vacilado em não colocar um design mais exótico em alguns personagens.
Não acho que estraga a experiência, mas creio que os visuais deveriam ter sido mais bem trabalhados, o elemento exótico é algo muito mais incômodo do que a cor do personagem. É notável que isso é algo forte na saga original. Personagens como Lúcifer Morningstar, que ganhou sua própria série em quadrinhos e depois na TV, e Morte, a irmã de Morpheus com visual inspirado na cena gótica, foram alguns dos que mais chamaram a atenção dos leitores. Apesar de tudo, tem seus destaques também. Coríntio, um pesadelo que foge para o mundo real, tá simplesmente perfeito na adaptação.
A série em quadrinhos Sandman foi publicada entre 1989 e 1996, com 75 edições principais. Além disso, teve spin-offs, encadernados especiais, como "Sandman: Noites Sem Fim", "Morte: O Alto Preço da Vida", e reedições como "The Absolute Sandman" e "The Annotated Sandman". Com o tempo, ganhou status de obra literária, estudada em cursos e universidades. Desde aquela época, tentaram fazer uma adaptação, chegando a cogitar filmes, mas tudo deu errado até 2022.
A adaptação para TV foi desenvolvida pela Netflix. O projeto teve como showrunner Allan Heinberg, com produção executiva do próprio Neil Gaiman e de David S. Goyer. A série estreou com Tom Sturridge no papel de Sonho, além de Gwendoline Christie (A Brienne de game of Thrones e Phasma de Star Wars) como Lúcifer, Kirby Howell-Baptiste como Morte, Boyd Holbrook como Coríntio e outros nomes fortes.
Enfim, é uma série que achei bacana. A produção buscou manter o clima sombrio, com cenários inspirados nas artes originais, efeitos visuais para retratar o Sonhar, o Inferno, o Vórtice dos Sonhos, a Biblioteca do Destino e o mundo dos Perpétuos. A trilha sonora e o design de som também seguiram a linha onírica, tentando capturar a essência enigmática dos quadrinhos originais. Mas tem seus problemas como o visual não ser tão original e terem vacilado em não colocar um design mais exótico em alguns personagens.
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