Futuros medonhos são o tipo de coisa que nos intriga desde sempre. Obras como
1984, ficaram tão marcadas que continuam influenciando até hoje. Mas temos os mais variados temas, que vão desde
O Eternauta, considerado o primeiro grande quadrinho de ficção científica latino americano, até o
livro de "Eu Sou a Lenda", com seu apocalipse vampírico inusitado. E em "Ogiva" temos um fim do mundo nacional!
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Na história de "Ogiva", o mundo acabou, criaturas gigantescas apareceram na terra de forma misteriosa e destruíram tudo. Ogivas caíram, mas o caos ficou, com muitos poucos humanos sobrevivendo, e sofrendo todas as consequências do fim da civilização. E assim surge Pilar, uma jovem mulher que vaga ao lado da jovem Sara, servindo como cuidadora da garota, embora não tenham laços sanguíneos.
Tenho certeza que a primeira coisa que chama a atenção nessa história em quadrinho é exatamente o visual maravilhoso feito pelo ilustrador Guilherme Petreca. Simplesmente o traço do cara é muito peculiar, dando um charme todo próprio. Um dos maiores problemas de boa parte das revistas em quadrinhos, é que muita gente desenha bem, mas acaba não conseguindo fazer algo com personalidade, e o resultado é que parece bem sem graça.
Felizmente isso não acontece com Guilherme Petreca, que nos mostra algo realmente bonito. Personagens com traços um tanto arredondados, e expressões meio neutras demais nos personagens, que só dão um certo charme no fim das contas. Inclusive é uma daquelas obras que o preto e branco só deixa a coisa mais atmosféricas. Não sei se uma versão em cores ficaria tão charmosa.
Já a história foi feita por Bruno Zago, que é um dos criadores da editora Pipoca e Nanquim, e pelo jeito ele aproveitou muito bem de sua influência. Isso porque o acabamento é realmente monstruoso, uma daquelas obras que conseguem se destacar muito bem com todo o seu charme, e que qualquer um que veja na sua estante, certamente vai se atrair.
A trama é uma mistura de muitas coisas que já vimos. Obras como "Um lugar Silencioso" e "The Last of Us" acabam tendo suas semelhanças com o que temos aqui, mas em um apocalipse com seres tenebrosos. Também é notável a influência lovecraftiana, com bichos realmente bizarros, lotados de tentáculos e de origem desconhecida.
Ogiva foi lançado no Brasil originalmente no final de 2020, pela editora Pipoca e Nanquim, e conseguiu receber uma ótima taxa de aprovação do público, chegando a uma nota geral altíssima! Atualmente você pode conseguir uma edição aqui:
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Sobre HQs nacionais
Os quadrinhos brasileiros para adultos têm ganhado cada vez mais espaço com obras que exploram temas complexos e estéticas ousadas. Títulos como "Astronauta: Magnetar", de Danilo Beyruth, e "Angola Janga", de Marcelo D’Salete, mostram como a produção nacional pode ser diversificada e instigante.
Outro destaque é "Cumbe", também de Marcelo D’Salete, que traz histórias sobre a resistência negra no Brasil colonial. Essas obras não apenas entretêm, mas convidam à reflexão sobre questões históricas e sociais, mostrando o poder das HQs como meio artístico e educativo.
"Bando de Dois", de Danilo Beyruth, mergulha no cangaço com uma narrativa brutal e visualmente impactante. Já "Tungstênio", de Marcello Quintanilha, explora os dilemas humanos em uma trama policial ambientada em Salvador, misturando tensão e crítica social.
Os temas urbanos também se destacam em "Lavagem", de Shiko, que combina terror psicológico com o cotidiano de um casal que recebe a visita sinistra de um pregador. "Sábado dos Meus Amores", de Marcello Quintanilha, é outra obra memorável, focando em relações humanas com sensibilidade e profundidade.
Obras como "Blue Note", de Biu e Shiko exploram sentimentos e dilemas universais, enquanto "LOVE KILLS ", de Danilo Beyruth, mistura vampiros e investigação em um estilo único. Essas HQs provam que o Brasil é um celeiro de talentos criativos.
As HQs nacionais têm se destacado ao equilibrar histórias maduras, arte impressionante e mensagens relevantes. Com essas obras, o mercado brasileiro conquista um espaço importante, mostrando que histórias em quadrinhos podem ser tão profundas quanto qualquer outra forma de arte.
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