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A Dança da Morte | Série de terror lançada no momento mais assustador possível

Stephen King é um autor que chegou a um patamar que a maioria só vai sonhar em atingir um dia. E graças a isso temos os mais variados frutos, desde aquele livro lançado em português no mesmo dia do lançamento nos EUA, surpreendendo com a velocidade da tradução. E semelhante, temos o caso do livro que confirmaram a adaptação pra filme em 9 dias apenas! E hoje vou falar exatamente da adaptação daquele livro pós-apocalíptico de Stephen King.

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A história apresenta um novo tipo de gripe conhecido como "Capitão Viajante", um vírus desenvolvido pelos Estados Unidos que acaba conseguindo escapar da contenção em laboratório. O resultado é que mais de 99% da população da terra morre. Os que sobram começam a ter sonhos estranhos. Um deles é com uma simpática senhora de 100 anos de idade, chamada Mãe Abigail, que pede para encontrá-la. O outro é de um homem sombrio, conhecido como Randall Flagg e que oferece propostas tentadoras em troca de lealdade.
A primeira vez que tive contato com A Dança da Mor1te, foi com a série "The Stand" lançada em 1994, mas que só assisti em 1997, quando passou na TV aberta. E assumo que apesar de ter uns efeitos especiais bem toscos, eu tenho um carinho por aquela série. Ela apresenta uma atmosfera bem densa de falta de esperança e traição. Acho que isso mostra o quão bem Stephen King escreveu a coisa, já que mesmo uma série de baixo orçamento conseguiu passar esse efeito.

E acabou sendo um tanto assustador a época em que a versão de 2020 foi lançada. Coincidentemente a estreia foi em plena época da pandemia do Covid-19. Isso me faz imaginar o quanto não deve ter sido medonho pra quem viu enquanto tava no ar, já que tava rolando um pânico com muita paranoia sobre as possibilidades e geral não tinha ideia do que aquele vírus podia fazer e tinha gente morrendo o tempo todo. Mas a história original é de 1978, sendo o quarto livro do Stephen King e mesmo assim já tão robusto.
Assumo que eu pensava que essa série ia ser bem trash também. O motivo é que vi que alguns falatórios sobre ela estavam baixas em alguns lugares (não geral, exatamente os comentários que vi), e lembrando de coisas como a série do Nevoeiro, que foi só a bagaceira ou o caminho que Under the Dome tomou, não seria surpresa mais uma obra do Stephen King sendo adaptada da forma mais trash possível, né? Porém no fim foi uma grande surpresa a condução geral da coisa.

A começar pelo elenco, que já mostra que os caras definitivamente não queriam economizar nem um pouco, contando com a veterana Woopie Goldb1erg, que fez tantos filmes de sucesso nos anos 90, além de Alexander Sch1 (De O Homem do Norte e True Blood), Amber Re1ed (Sim, a ex-esposa do Johnny Depp da treta), Ezra Miller (Sim, o Flash das polêmicas), e vários outros rostos que muita gente vai reconhecer de outras série como o James Marsden (O Teddy de Westworld). Inclusive gravaram Marilyn Manson como um personagem, mas cortaram as cenas dele.
A produção também é grandiosa demais. Cenários enormes de apocalipse, que eu não sei como os caras fizeram, já que uma locação seria caríssima, mas um 3D daquele nível significa um investimento cabuloso que parece mais de blockbuster. Em especial Las Vegas, com a cidade inteira frequentemente sendo mostrada com visões aéreas e cheias de detalhes.

Nas próprias cenas com coadjuvantes, são frequentemente com ambientes lotados de pessoas que estão fazendo várias coisas diferentes. Então acaba sendo daquelas séries onde uma verdadeira multidão foi contratada pra poder fazer momentos que às vezes só são de dois personagens conversando, mas com o caos detalhado rolando atrás.
Apesar disso, nem tudo são flores e a série acaba não sendo impecável em alguns quesitos história. O casal principal, por exemplo, é a coisa mais sem sal do universo. Imagino que tenha sido um a adaptação perfeita da obra original dos anos 70 pra ser tão sem graça e parecer tão batido. Talvez tenham decidido fazer isso pra evitar alterações, mas me pareceu bem bobo.
 
Enquanto o cara é o típico americano herói bonzinho, bonitão e perfeito, a sua esposa, que é uma das cinco escolhidas da Mãe Abig1ail não é nada de "A mulher do herói". Todos os outros quatro têm sua peculiaridades, mesmo que seja o herói sem graça marido dela, mas os caras não colocaram características peculiares nenhuma nela, é só a desejada e disputada.
Porém isso não é pior do que a jornada do vilão. Enquanto Randall Flagg começa detonando, sendo extremamente misterioso e assustador, a coisa decai ao extremo no fim. Toda a visão de figura enigmática que ninguém sabe o que é capaz de fazer e que parece que em algum momento vai mostrar o quão cabuloso ele pode ser, acaba indo totalmente pro ralo no episódio 8, já que a sensação é de que não sabiam o que fazer depois.
 
Já o último episódio, parece mais uma encheção de linguiça que a ausência não i ria fazer diferença alguma. O pior é que poderia ter sido usado pra apresentar algo mais robusto pra compensar o fim verdadeiro. Porque a forma que ele é derrotado é literalmente a definição que deu origem ao termo "Deus Ex Machina", se não conhecem, depois deem uma lida.
Enfim, The Stand é uma série boa, em um tamanho bom, no entanto com alguns probleminhas bem estranhos para uma produção tão elegante. Não chega a estragar a coisa ao olhar a visão geral, mas é difícil não pensar que algo que poderia ser impecável acabou vaciliando de forma tão bobinha e que merecia ter um final adequado.
 
 
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Sobre Stephen King

Stephen King, um dos escritores mais prolíficos e influentes do gênero de terror e suspense, é uma figura icônica no mundo da literatura contemporânea. Nascido em Portland, Maine, em 1947, King emergiu como um autor notável desde o lançamento de seu primeiro romance, "Carrie", em 1974. Desde então, ele tem mantido uma presença dominante nas prateleiras das livrarias, com uma extensa bibliografia que inclui mais de 60 romances e inúmeras histórias curtas.

King é frequentemente chamado de "Mestre do Horror" devido à sua capacidade excepcional de criar narrativas que mergulham os leitores em um mundo de medo e tensão. Seus livros são conhecidos por suas descrições vívidas, personagens complexos e histórias envolventes que mantêm os leitores à beira de seus assentos. Ele tem uma habilidade rara para explorar os aspectos mais sombrios da psicologia humana, explorando temas como o medo, a insanidade e o sobrenatural.

Uma das características distintivas de King é sua capacidade de criar ambientes realistas em pequenas cidades americanas, muitas vezes situadas em seu estado natal, Maine. O cenário é frequentemente tão vital para a história quanto os próprios personagens, e os leitores frequentemente se sentem imersos nesses lugares fictícios, como Castle Rock ou Derry, que se tornaram famosos através de suas obras.

A diversidade de gêneros explorados por Stephen King é notável. Embora seja mais conhecido por seus romances de terror, como "It", "O Iluminado" e "Cemitério Maldito", ele também escreveu histórias de suspense, ficção científica, fantasia e até mesmo drama. Seu talento versátil é evidente em obras como "À Espera de um Milagre", uma história emocional que examina a vida na prisão e a fé, e "O Apanhador de Sonhos", uma narrativa de ficção científica que explora a amizade e o contato com seres de outro mundo.

Um aspecto fascinante da carreira de King é sua habilidade de adaptação de suas obras para outras mídias. Muitos de seus livros foram transformados em filmes e séries de televisão, incluindo "O Iluminado", dirigido por Stanley Kubrick, e "Um Sonho de Liberdade", baseado em seu romance "Rita Hayworth and Shawshank Redemption". Essas adaptações continuam a atrair novos públicos para o vasto universo literário de King.

Além de suas contribuições para a literatura de terror e suspense, Stephen King também é um autor prolífico sob o pseudônimo de Richard Bachman. Sob este nome, ele escreveu romances como "A Corrida da Morte" e "Fúria", que apresentam uma abordagem ligeiramente diferente de seus temas usuais.

King também é um defensor ativo da escrita e oferece valiosos conselhos para escritores aspirantes em seu livro "Sobre a Escrita". Ele compartilha sua própria jornada como escritor e fornece insights sobre técnicas de escrita, disciplina e perseverança.

Em sua carreira notável, Stephen King acumulou inúmeros prêmios e homenagens, incluindo o prestigioso Prêmio Bram Stoker e a Medalha Nacional de Artes dos Estados Unidos. Sua influência na literatura contemporânea é indiscutível, e suas histórias continuam a assombrar e cativar leitores de todo o mundo.

Em resumo, Stephen King é um dos autores mais importantes do século XX e XXI, e seu impacto na literatura de horror e suspense é inegável. Sua capacidade de criar narrativas envolventes e personagens memoráveis o eleva ao status de ícone literário, e seu legado perdurará por gerações, continuando a inspirar escritores e a encantar leitores com suas histórias arrepiantes e emocionantes.

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