Apesar da tonelada de posts que já fiz sobre Star Wars aqui no Blog Nerd Maldito, já fazia um bom tempo que eu não publicava sobre um jogo da franquia. E apesar de eu não ter jogado STAR WARS Jedi: Fallen Order, quando a EA me forneceu uma key de sua sequência, não consegui resistir, então essa é uma análise sem comparações com o primeiro game da saga.
Aqui você assume o controle de Cal Kestis, cavaleiro jedi que vaga pela galáxia com a companhia de um fiel amigo droid BD-1, que sempre está pronto para auxiliá-lo. Mas é perseguido e dado como um traidor. No entanto, usa suas próprias habilidades para sobreviver em meio à frequente ameaça do império, que tem um preço por sua cabeça colocado pelo imperador.
Esse é daquele tipo de jogo naturalmente atraente para qualquer fã! Se você é daqueles que vai à loucura ao ver aquela praticamente Bíblia de Star Wars, então certamente ficou na espera desse jogo aqui na hora que bateu os olhos e provavelmente jogou o anterior. Mas no meu caso, as comparações acabam sendo com alguns jogos mais antigos. E a conclusão é que é um jogo bacana, mas não daria pra dizer que é algo perfeito.
Eu gostei muito da narrativa do jogo, com uma história cheia de
surpresinhas, personagens que morrem e algo bastante contínuo. Inclusive
bato palmas para a Electronic Arts ter lançado o jogo dublado em
português, o que deixa tudo ainda mais intenso para quem gosta de
dublagem em nossa língua. Os personagens estão sempre conversando e a
evolução da trama é bem constante. Tem uma baita sensação de filme misturado com jogo, mas jogável e não apenas apertando os botões na hora certa. É como se a desenvolvedora quisesse mesmo mostrar que estava fazendo um Triplo A e tinha capacidade de gerar essa experiência híbrida como se fosse um filme em um jogo.
É notável que existem elementos claramente herdados de jogos do gênero soulslike, mas apesar de tudo, é um jogo em que você pode escolher a dificuldade, o que para quem procura uma experiência mais digna do gênero, pode ser algo bem frustrante, já que se for ser comparado com um Dark Souls da vida, certamente não é muito puritano no gênero, já que você não é obrigatório aguentar um alto nível de dificuldade. Mas por outro lado, abre bastante as possibilidades para vários tipos de jogadores. Então talvez colocando na dificuldade mais alta, dá pra ter uma experiência bem mais próxima do estilo souls.
Aliás, por falar em tipos de jogadores, esse é daqueles jogos que deram uma boa caprichada no quesito acessibilidade e já no começo, quando você está configurando tudo o que quer, incluindo jogabilidade, dá pra perceber que rolou toda uma preocupação em se oferecer uma experiência personalizada para cada tipo de jogador, inclusive gamers com necessidades especiais, como pessoas daltônicas e etc.
Mas voltando aos elementos herdados de soulslike, no jogo, se você morrer, a sua experiência cai no chão e você é obrigado a ir até o lugar para recuperá-la. E se foi um inimigo que te matou, você precisará enfrentá-lo pra pegar de volta, portanto tem que tomar cuidado para não morrer de novo e perder tudo o que conseguiu. O combate tem também todo aquele conhecido sistema de ataque, defesa e desvio, além do consumo de itens. E os locais onde você renasce também podem oferecer descanso pra recuperar vida, porém todos os inimigos retornam se fizer isso. Além de que dá também para gastar seus pontos de habilidade adquiridos.
Porém no geral é isso, são elementos familiares, mas se você jogar no modo normal, como foi o meu caso, não tem que se preocupar muito com dificuldade, pois se cair de um lugar alto, por exemplo, apenas vai reaparecer onde caiu com um pouco menos de vida, mas se morrer demais a ponto dela toda sumir, aí sim vai chegar em um ponto onde sua experiência vai cair no chão e será necessário percorrer todo o caminho de novo pra pegar de volta.
Quanto à performance, eu vi algumas reviews da Steam descendo o pau no jogo, mas particularmente achei o jogo até que bem digerível, visto que o meu PC é só o bagaço e eu até consegui jogar em live (com péssima qualidade, mas consegui). Quando joguei Dead Space Remake, por exemplo, simplesmente era impossível jogar em live. Talvez seja daqueles jogos que a engine faz rodar bem se for em SSD, e no caso eu uso aquele SSD popular da Kingston, mas realmente não sei dizer, só sei que foi bem melhor do que imaginei.
Então acho que esse aqui é um daqueles casos onde o jogo pode oferecer performance meio ruim pra quem quer jogar no ULTRA e tem um PC tunado, mas pra quem tem um PC mediano e só quer jogar, pode ficar muito bom. Inclusive vi que até mesmo aquele processador baratinho da AMD que consegue rodar lançamentos sem placa de vídeo conseguiu aguentar esse jogo e manter acima de 30fps em testes na resolução 1280x720, o que pra quem só quer jogar é muito bom. Depois que lançaram os primeiros patchs, melhorou bastante! Também ajudou aqui quando atualizei o driver de vídeo.
Inclusive achei os gráficos maravilhosos! Tão detalhados e elegantes, mesmo colocando em baixa resolução e no começo eu inclusive pensei que se tratava de um vídeo, pois não imaginei que um gráfico daqueles rodaria no meu PC. Cada ambiente é único e extremamente robusto, eu fiquei realmente boquiaberto. Fazia tempo que eu não pensava tantas vezes "Nossa, que gráfico é esse?", e o fato de que criaram ambientes para serem belos, dá um toque maravilhoso, ainda mais que são completamente diferentes, indo desde pântanos e desertos até cidades gigantes.
Mas essa grandiosidade teve um preço e é preciso ficar atento, pois acho que esse foi o maior jogo que já instalei em um computador. Ao menos eu não consigo lembrar de ter jogado algo que me exigiu tamanho exagerado 130gb. Eu sinceramente tomei um susto, pois pensei que não ia ter espaço disponível pra conseguir instalar um negócio desse tamanho. Felizmente só precisei desinstalar um jogo, mas pra quem costuma ter espaço apertado, já fique sabendo!
Da mesma forma que o jogo passa uma sensação de soulslike fácil, ele também claramente tem elementos do gênero Metroidvania, então você tem toda aquela coisa de ir explorando um cenário e se esforçando pra alcançar determinados pontos, mas na medida em que avança, vai liberando atalhos para facilitar o acesso. Porém não é um único mapa, você viaja com sua nave e por isso ao invés de ser o costumeiro mapa gigante, são vários mapas.
Inclusive eu fiquei muito maravilhado com isso! Eu esperava uma experiência super linear, mas ao invés disso é apresentada uma coisa que vai muito mais próxima do que temos RPGs grandiosos como Star Wars Knights of the Old Republic. Sendo assim, tem aquela coisa, você tem sua nave, sua tripulação e missões em planetas diferentes. É uma delícia isso! Tem coisas como loja pra comprar itens e até um jardim pra você plantar as sementes que acha por aí.
Isso acaba fazendo bater uma sensação de bastante imersão, com você seguindo uma história, mas ao mesmo tempo indo resolvendo outras coisas no caminho, e assim indo pra sua nave, escolhendo o lugar onde quer ir, quando estiver lá você pode falar com personagens ou pegar missões locais. A coisa acaba sendo realmente muito natural. Tem várias coisinhas escondidas, alguns locais que você descobre do nada e atalhos pra ir destravando e assim poder chegar mais rápido aos pontos onde dá pra salvar.
E por falar em salvar, essa parte onde você se ajoelha para meditar, é onde pode recuperar vida (Mas os inimigos normais vão voltar também), e onde se tem acesso a área de upgrade do personagem. Na medida em que você vai lutando contra inimigos, vai subindo de nível e ganhando pontinhos para serem distribuídos nessa área.
Achei bastante grande a árvore de habilidades do personagem e bem impressionante até, já que você começa com um personagem absurdamente poderoso. Perguntei a um amigo que jogou o primeiro e vi que você ganha essas habilidades ao longo da primeira aventura. Ou seja, esse não é um daqueles jogos em que do nada o protagonista não tem poderes nenhum na sequência e precisa ganhar tudo de novo. Os caras te colocam desde o início pra ser super poderoso. Os fãs de Star Wars The Force Unleashed 2 vão se sentir em casa.
Você pode fazer coisas como andar nas paredes, dar pulo duplo, usar a força para empurrar ou puxar inimigos, incluindo carregá-los para os arremessar em outros inimigos ou simplesmente em um precipício. Você pode desacelerar o tempo, lançar um gancho para alcançar lugares, arremessar o sabre de luz duplo e atacar inimigos ao redor, entre outras coisas.
Falando sobre sabres, você tem três modos, o de usar apenas uma lâmina, o de usar a lâmina dupla e a opção de usar dois sabres, um em cada mão. Cada um desses estilos têm suas vantagens e desvantagens, como causar mais dano, serem mais rápidos ou poder atacar com uma distância maior. Eles também oferecem vantagens diferentes, como o sabre de luz duplo poder defender uma quantidade enorme de tiros.
Nos combates, você se sente muito no controle, tanto na movimentação, super fluída, quanto no uso dos poderes. É muito legal as possibilidades que vão desde puxar um inimigo na borda pra que desabe, até você mesmo cair já enfiando o sabre em algum stormtrooper. Também é lindo o sistema de ataque, defesa e desvio, além de habilidades para usar em combate, como usar a força para que um inimigo acredite ser seu aliado e te ajude.
Enfim, Star Wars Jedi: Survivor é um jogo muito gostoso de jogar. Ainda não acho que supera o meu amado Star Wars Jedi Outcast, que tem coisas que vão além de seu tempo, como um controle de sabre voando super e um salto monstruoso e detalhes nos efeitos muito além de seu tempo, mas ainda assim Jedi Survivor detona com sua proposta e acho que dá pra se divertir demais com ele.
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Star Wars foi amplamente explorado no mundo dos videogames
Desde o seu lançamento em 1977, Star Wars se tornou uma das franquias mais populares e amadas da história do cinema. No entanto, sua influência não se limitou apenas às telas de cinema. A saga espacial também conquistou o mundo dos videogames, sendo amplamente explorada em uma variedade de títulos emocionantes. Com uma mistura de ação, aventura, estratégia e elementos de RPG, esses jogos oferecem aos fãs a oportunidade de mergulhar profundamente no universo de Star Wars e experimentar em primeira mão a ação épica, as batalhas e os personagens icônicos da galáxia distante.
Desde os primeiros anos dos videogames, Star Wars encontrou seu caminho para as plataformas eletrônicas, oferecendo experiências únicas aos jogadores. Um dos primeiros títulos notáveis foi "Star Wars: Jedi Arena" (1983), que permitia aos jogadores participarem de duelos de lightsaber em uma arena eletrônica. Esse jogo pioneiro estabeleceu as bases para o uso do universo de Star Wars como cenário para aventuras interativas.
Com o avanço da tecnologia, os jogos de Star Wars evoluíram para oferecer experiências mais imersivas e envolventes. Títulos como "Star Wars: Knights of the Old Republic" (2003) e "Star Wars Jedi Knight: Jedi Academy" (2003) exploraram a rica história do universo Star Wars, permitindo aos jogadores escolherem entre o lado da luz ou o lado sombrio da Força enquanto enfrentavam ameaças galácticas.
A ação e as batalhas espaciais também foram amplamente exploradas nos videogames de Star Wars. Jogos como "Star Wars: Rogue Squadron" (1998) e "Star Wars: X-Wing vs. TIE Fighter" (1997) colocaram os jogadores no comando de naves e starfighters emblemáticos, permitindo-lhes participar de emocionantes combates no espaço sideral. Esses jogos foram elogiados por sua jogabilidade envolvente, gráficos impressionantes e fidelidade ao universo de Star Wars.
Além dos jogos de ação e aventura, Star Wars também teve incursões bem-sucedidas no gênero de RPG. "Star Wars: Knights of the Old Republic" (2003) e sua sequência "Star Wars: Knights of the Old Republic II - The Sith Lords" (2004) são considerados marcos nos jogos de RPG devido à sua narrativa profunda, escolhas significativas e sistemas de diálogo envolventes. Esses jogos permitiram aos jogadores criar seus próprios personagens e embarcar em jornadas épicas através de planetas e sistemas estelares diversos.
Os jogos de Star Wars também proporcionaram aos fãs a oportunidade de controlar seus heróis favoritos, como Luke Skywalker, Leia Organa e Han Solo, bem como os icônicos vilões, como Darth Vader e os Sith. "Star Wars: The Force Unleashed" (2008) e sua sequência "Star Wars: The Force Unleashed II" (2010) colocaram os jogadores na pele de um aprendiz Sith poderoso, enquanto "Star Wars: Battlefront II" (2017) permitiu que os jogadores experimentassem batalhas épicas em modos de jogo multijogador, onde podiam encarnar vários personagens icônicos da saga.
A cultura pop também foi enriquecida pela presença de Star Wars nos videogames. Esses jogos se tornaram parte integrante do legado da franquia, proporcionando aos fãs uma maneira interativa de se envolverem com o universo Star Wars. Além disso, os jogos de Star Wars continuam a inovar, com novos títulos promissores no horizonte. O futuro dos videogames de Star Wars certamente trará mais aventuras emocionantes e experiências imersivas para os fãs da galáxia distante.
Os jogos de Star Wars receberam aclamação da crítica e conquistaram inúmeras premiações ao longo dos anos. A combinação de uma jogabilidade sólida, gráficos impressionantes e histórias cativantes provou ser uma fórmula de sucesso para os desenvolvedores e estúdios responsáveis por trazer a franquia para o mundo dos videogames. A dedicação em capturar a essência do universo Star Wars e oferecer uma experiência autêntica aos fãs tem sido uma marca registrada desses jogos.
Star Wars tem sido uma franquia amplamente explorada no mundo dos videogames. Os jogos proporcionam aos fãs uma maneira única de vivenciar as aventuras no espaço, lutar com lightsabers, pilotar naves e mergulhar na rica história e mitologia da saga. Com seu legado duradouro, cultura pop e contínua inovação, os jogos eletrônicos de Star Wars continuarão a cativar os fãs e a transportá-los para uma galáxia muito, muito distante por muitos anos no futuro.
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