A temática religiosa é com certeza algo que acaba gerando uma polêmica de forma natural. E naturalmente vemos isso acontecer de vez em quando. Sendo que Jesus é frequentemente usado em coisas mais inusitadas, porém é o tipo de coisa que mexe muito com as pessoas. E no caso de "I, The Inquisitor", não podia ser diferente.
Já vimos as situações mais variadas, e comprovadamente consegue irritar as pessoas, isso porque enquanto algumas obras são completamente bizarras e cheias blasfêmias, como Escape From Jesus Island, em que clonam Jesus várias vezes e surgem várias abominações, outras como Second Coming em que ele é um super herói, conseguiram revoltar ainda mais a ponto de fazerem uma petição pra DC não publicar.
Já em "I, Inquisitor", a coisa resolveu seguir um meio termo, e ao invés de só colocar benéfico de mais ou muito do mal, resolveu ir em um meio termo como vimos no surpreendente Chosen, que segue uma história alternativa. No caso, mudando um elemento crucial para o que temos na história que conhecemos do Filho de Deus.
Bom, tudo começou em 2006, quando o autor polonês Jacek Piekara, começou a lançar as histórias do inquisitor Mordimer Madderdin, com o livro "Servo de Deus" (Sługa Boży). No entanto, é apresentada uma história alternativa em que, ao ser crucificado, Jesus olha as pessoas ao seu redor, cheias de ódio e intolerância e faz uma escolha diferente. Ele se revolta com o que fizeram a ele, mesmo depois de tudo o que fez.
E à partir daí a coisa muda completamente, ao invés de morrer, usa seus dons sagrados para descer da cruz e aplicar a palavra de uma forma muito mais rígida. Cria uma ordem de inquisição para mostrar o caminho de Deus usando qualquer método necessário. E então 1500 anos depois, a ordem sobrevive e vaga pela idade média pronta para punir.
Como os lançamentos no geral foram focados na Polônia, acabou sendo apenas mais uma história fechada no país e com pouco alcance. Mas isso mudou quando em 2022 a desenvolvedora The Dust S.A. anunciou uma adaptação para jogo. O resultado disso foram pessoas completamente revoltadas com a ideia de um Jesus com ódio no coração e críticas pesadas em cima.
Dependendo da pressão, algumas obras sofrem fortes consequências. Um exemplo foi Jesus Strikes Back, que foi banido da Steam depois de um tempo. Mas apesar de tudo, existem também jogos religiosos que tentam focar em um estilo mais "normal", como é o caso de I Am Jesus Christ, que se esforça pra fazer um mundo aberto em que você assume o papel de Jesus e usa seus poderes de forma benéfica.
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