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Ghostrunner | Seja um ninja em um universo Cyberpunk

Para quem é apaixonado pelo visual apresentado em universos cyberpunk e gosta de jogabilidade frenética, certamente se empolgou assim que apresentaram Ghostrunner. E apesar de eu não ser tão fã de velocidade, fiquei maravilhado com o estilinho, me lembrando imediatamente jogos como Not a Hero e Deadbolt, com aquele climinha noturno e a ideia de entrar em um lugar e fazer a chacina de forma rápida.
 
A história te coloca no papel de um Ghostrunner, um guerreiro urbano que acabou sendo traído, perdeu um braço e foi arremessado de um prédio. De alguma forma ele sobreviveu e ao despertar, passou a ouvir uma voz de uma pessoa aprisionada o guiando até sua prisão para ser solto e dando informações sobre seus inimigos. Aos poucos você passa a conectar as peças do passado enquanto busca por vingança.


Esse é um daqueles jogos que é bem fácil enxergar uma quantidade enorme de mecânicas ou elementos que são semelhantes ao de outros jogos e o resultado é um mistureba extremamente agitado em que você morre loucamente sem parar até conseguir chegar a um certo ponto. Isso pode ser maravilhoso para alguns e frustrante para outros.

Assumo que o jogo é muito mais difícil do que eu poderia imaginar e embora ele tenha muitíssimo de Katana Zero, a sensação de satisfação durante a jogabilidade não foi a mesma. Talvez seja algo completamente pessoal, já que Katana Zero também é basicamente andar por aí e fatiar geral com uma katana, mas lá me causava algo especial e aqui eu achei algo mais seco, mesmo aparentemente sendo algo igual, talvez seja a mudança do 2D pra 3D, talvez seja porque esse é muito mais difícil.


Então o que temos aqui é... Você é um ninja em arranha-céus e instalações cyberpunk gigantescas, saltando em alta velocidade e tendo que fatiar múltiplos personagens. Se tomar um tiro, morreu! E aí você reinicia do ponto de checagem que não costuma ser muito longe, o que é ótimo, já que é uma experiência super desafiadora. É como se fosse um Superhot Mind Control Delete, você é alguém cheio das habilidades, tendo que acertar inimigos apenas uma vez e se virar com o ambiente, porém sem a parte de parar o tempo, o que adiciona aquela dificuldade muito maior.

Apesar de tudo, o jogo vai evoluindo em suas mecânicas na medida em que você avança e novas habilidades e elementos do cenário vão sendo destravados, por exemplo o gancho para se lançar em lugares que vem logo no começo, mas ao avançar um pouco mais, tem habilidades mais familiares, como um elemento de cenário que deixa tudo em câmera lenta por um tempo razoável.


A morte aqui é absurdamente frequente e fãs de jogos como Lovely Planet 2: April Skies, vão se sentir em casa, isso porque é aquela coisa de entrar no cenário e morrer em segundos. Até que chega em um ponto em que você entra fazendo os movimentos de maneira sincronizada para evitar os inimigos. Felizmente o jogo não dá loading a cada morte, ele imediatamente te taca no checkpoint e assim não quebra o fluxo.

Porém algo muito bacana é o fato de que você pode fazer caminhos diferentes para fatiar os inimigos do cenário. Sendo assim, por mais que você decida memorizar a movimentação para fazer as coisas de um jeito, não significa que é o jeito certo, até porque os inimigos nem sempre atiram de um jeito, o impulso que você puxa com o gancho pode fazer variar o lugar em que você é arremessado e assim vai; Portanto não é um jogo que existe um jeito certo de se fazer as coisas.
Você se vê em uma movimentação absurdamente frenética também contra o cenário, e assim correr nas paredes, saltar, pegar impulso no ar e mudar a direção é algo bem frequente. Para quem é fã de Mirror's Edge, com certeza vai se sentir bastante em casa aqui, com a diferença de que temos um ambiente bem cyberpunk puro mesmo, sombrio e bem futurístico.

Acredito que seja um jogo que cai bem tanto para aquelas pessoas que querem jogar algo até zerar quanto para os que querem jogar ocasionalmente. Isso porque o jogo conta com uma história bem continua, com falas constantes dos personagens, mas ao mesmo tempo é dividido em áreas e checkpoints, então é bem acessível apesar da experiência hardcore.
O gráfico é maravilhoso pra caramba e mesmo com a movimentação frenética, roda muito bem. É lindo olhar em alguns locais e ver arranha-céus monstruosos lá fora, cheio de detalhes ou os efeitos magníficos e brilhante ao redor da coisa toda. Porém como são ambientes fechados, acho que era a obrigação da equipe entregar algo assim.

Enfim, Ghostrunner é um jogo que pode trazer bons momentos de diversão e facilmente atrair os mais variados tipos de público, porém a sua dificuldade realmente desafiadora pode causar uma sensação de que falta alguma coisa por não te permitir brincar com os inimigos, já que vacilou = morreu. Ainda assim muito bom dentro de sua proposta. Recomendo sempre dar uma olhadinha no preço dele na Greenman Gaming antes de comprar na loja direta, algumas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e sempre lembre de olhar os cupons de desconto que eles espalham pelo site, que deixa a coisa mais barata ainda, dê uma conferida aqui.

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