Com a facilidade do desenvolvimento de jogos e distribuição digital, muitas pessoas comuns passaram a surgir com seus projetos. E naturalmente pequenas empresas começaram a ter chances bem maiores no mercado. Isso não poderia deixar de acontecer no Brasil também e Sword Legacy Omen é uma resposta a isso, sendo um RPG tático em turno, com belo visual.
A história é uma releitura da saga do Rei Arthur, colocando você na pele do cavaleiro Uther, que precisa guiar um grupo de aventureiros por um reino em declínio graças ao assassinato do lorde da Mércia, e para completar, o amor da vida do personagem foi sequestrado. O resultado é uma jornada caótica por ambientes cheios de inimigos.
Eu fui jogar esse jogo sem saber quase nada dele. O tinha visto algum tempo atrás em um documentário ou algo assim, sobre jogos no Brasil e lembro de ter me chamado a atenção pelo visual muito bonito, no entanto não fui atrás. Porém com o lançamento acabei relembrando do vídeo que tinha visto e bateu uma empolgação, isso fez com que eu o jogasse ao vivo na Twitch do Nerd Maldito.
O jogo é um pouco estranho em sua fórmula, eu pensei que seria um action RPG, no então foi uma surpresa ver que era exatamente o contrário, apresentando um combate tático em turnos, tipo Hard West, The Age of Decadence e o nosso brasileiríssimo Chroma Squad, no entanto achei a experiência meio compacta.
Apesar de ter o modo exploração livre, existe uma grande sensação constante de jogo de fase e não a de um mundo sendo explorado. Isso porque apesar de você vagar pelos cenários inicialmente, não demora muito para achar inimigos, lutar e então finalizar ela ou vice-versa. No modo exploração você coleta itens e lê textos da história, além de ver conversas entre os personagens.
Já o combate é um sistema tático bem padrão mesmo. Ou seja, seu personagem tem uma quantidade de pontos de ação e esses pontos devem ser gastos para andar, atacar e usar itens. Cada uma dessas ações tem seu custo, quanto mais distante você andar, mais pontos vai gastar, assim como a complexidade do ataque usado vai influenciar também no custo.
Você não controla apenas Uther, mas vários personagens, eles podem ser escolhidos antes de entrar em cada cenário e tem habilidades próprias, como a ladra, o religioso que cura e o mago. É possível gastar pontos melhorando esses personagens e assim os tornando mais eficientes durante os combates. É algo bastante fácil de se aprender.
Entre as fases, o jogo foca na história, sendo assim existem momentos que lembram jogos do gênero visual novel, em que você pode ver o fundo e na frente o personagem que está falando. Apesar da história não ser extremamente empolgante, gostei do toque mais adulto adicionado. Os personagens não são super amigos em uma aventura, todo mundo é rabugento e isso me agradou bastante porque afastou aquele típico clichê de pessoas que nem se conhecem serem super preocupadas umas com as outras.
O visual do jogo é magnífico, ele foi inclusive o que mais me atraiu para jogar, já que eu não conhecia o jogo, mas quando o vi no documentário que citei, achei muito bem trabalhado o design dos personagens com um toque diferente. É notável que esse é daqueles indies que não quiseram fazer um trabalho preguiçoso nesse quesito.
Enfim, Sword Legacy Omen é um jogo bacana. Ele é meio simples e direto ao ponto, sendo assim pode acabar não sendo extremamente atraente para o público em geral. Mas para quem busca por uma experiência de combate tático bem puro, pode ser super agradável. Recomendo sempre dar uma olhadinha no preço dele na Greenman Gaming antes de comprar na steam, algumas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e sempre lembre de olhar os cupons de desconto que eles espalham pelo site, que deixa a coisa mais barata ainda, dê uma conferida aqui.
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