Eu gostei muito do jogo mesmo, mas naturalmente eu pensei que o jogo ia morrer assim que o passe de temporada acabasse de lançar, afinal de contas a Ubisoft mostrou por muitos anos o padrão de lançar jogos imensos e já passar para o próximo e próximo, só abandonando o anterior. Para minha surpresa o suporte a Wildlands foi bastante robusto.
E ao invés de lançarem uma continuação no ano seguinte, fizeram o mesmo que Rainbow Six Siege e ao invés de partir pra uma sequencia, mantiveram a comunidade e lançaram um segundo pacote de temporadas. Isso dividiu opiniões, fazendo alguns se revoltarem e outros acharem muito boa a ideia de cobrar mais.
Bom, assumo que sou do time que adorou, isso porque SIM, eu sei que tem uma penca de jogos da Ubisoft que foram lançados bugadíssimos, sendo recordes Watch_Dogs e Assassin's Creed Unity, no entanto como no geral nenhum foi como Hello Neighbor, que eu só zerei por sorte já que os bugs não deixavam, eu nunca liguei, na real eu acho até engraçados, tipo as poses de diva que os veados de Assassin's Creed Origins faziam. Somando isso ao fato de que continuam lançando patchs, sempre fui bem tranquilo.
Ou seja, eu não sou do tipo que tem ódio da Ubisoft por bugs, as minhas críticas à empresa são de coisas que acho mais importantes, como a repetição imensa em franquias por exemplo, tornando experiências enjoativas. Mas o lance de cobrar um novo season pass me agradou pra caramba e vibrei com a coisa.
O negócio é, jogos como Evolve, caíram em desgraça por inventar isso de Seasson Pass 2, tendo lançado bem umas 60 dlc's de coisinhas bobas e depois resolvendo lançar outro season pass que pareceu mais um "Caramba, estamos lançando uma penca de DLC e os otários estão comprando, ah... Mas essa gente que comprou o season pass não tá dando dinheiro pra gente... JÁ SEI! VAMOS DIZER QUE ACABOU!".
Com Wildlands a sensação que eu tive não foi essa. Isso porque enquanto jogava com um amigo, nós usufruímos de DLC's que realmente pareciam dar um extra na coisa. Como a guerra de snipers e a expansão Narco Road (Que na real, é bem ruinzinha, mas gostei da tentativa de adicionar uma história extra).
Além disso tivemos DLC's gratuitas como a inusitada missão do Predador, e umas coisinhas que iam sendo colocadas. Portanto foi um bom suporte durante o primeiro ano de vida. Só que eu já estava me preparando pra desinstalar e não instalar nunca mais, a comunidade online iria morrer e aquele mundo gigante ia ficar no passado pra sair Wildlands 2.
Exatamente por esse sentimento, que me agradou não terem feito isso. Afinal de contas convenhamos, é um jogo com uma comunidade online feita, gráficos lindos pra caramba e um baita potencial de mais coisas serem adicionadas. Vi um cara dizendo que comprou e pediu reembolso imediato quando viu que tinha a season pass 2.
Mas sério mesmo, o que seria melhor? O jogo ser abandonado e vir um segundo com uma comunidade online menor já que nem todo mundo do primeiro ia comprar, ou manter a mesma comunidade e atrair mais jogadores? Não me pareceu uma boa ideia sair fatiando e colocando a comunidade pro 1, 2, 3, 4, 5... Ainda mais com uma empresa desesperada igual a Ubisoft, que lança um jogo por ano.
Muitos ficaram revoltados por ter que pagar de novo, mas o que queriam? Que uma empresa vendesse algo e desse dinheiro inicial tirasse a grana para dar suporte até os finais dos tempos? Se ela ficasse lançando sem parar DLC's bobinhas, mas teve um conteúdo muito bom e DLC's gratuitas, aliás o próprio Season Pass 2 estreou com uma missão grátis do modo história que coloca o Sam Fisher (protagonista de Splinter Cell) como parceiro dos personagens.
Enfim, acho que temos que ver mais os lados da coisa. Ninguém trabalha de graça, desenvolvedores de video game também precisam comer, e DLC depende do conteúdo. Coisas como roupinhas e enfeites são toscas demais, agora expansões e conteúdo relevante, acho que vale uma grana. Portanto um season pass que garantiu não apenas o jogo viver mais tempo, como também conteúdo gratuito pra quem não tem o season pass (não tenho e joguei o do Sam Fisher), acredito que não é uma atitude a se cruxificar.
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