Depois que eu zerei o maravilhoso Bluebird of Happiness, fiquei eufórico e no próprio jogo tinha a sugestão de Clock of Atonement, feito pelo mesmo desenvolvedor. Claro que logo fui dar uma conferida e acabei me de parando com um outro jogo com muita personalidade, que além de rodar em qualquer celular, contendo versões para Android e iOS, depois descobri que também existe para PC.
Um homem entra na casa de sua amada e no meio de uma discussão, acaba a matando. Em desespero ele tenta achar uma solução para o crime e enquanto passa por um beco, uma senhora lhe oferece um objeto que, segundo ela, pode resolver todos os seus problemas. Um relógio capaz de fazer com que ele volte no tempo e altere certas coisas.
A ideia de viagem no tempo sempre encantou a humanidade, e assim era natural que jogos como o clássico Prince of Persia: The sands of time e o agitadíssimo Timeshift acabassem surgindo e se destacando exatamente por simular algo tão incrível assim. E Clock of Atonement é algo que faz isso com um toque mais voltado na parte delicada da coisa que na parte da ação desenfreada.
Esse é um pequeno jogo, para ser zerado em aproximadamente meia hora. Nele você não usa a viagem no tempo como algo que tem foco em corrigir pequenos erros do passado, ao invés disso você tem essa ferramenta para tentar corrigir o imenso erro de ter matado seu amor. No entanto a cada tentativa, a coisa piora.
É um daqueles jogos difíceis em que é fácil de repente se sentir preso. Existem poucos cenários, sendo que apenas um é onde pode se dizer que a história realmente acontece, que é a casa da moça. Você não volta no tempo controlando seu corpo, mas sim em forma de espírito, podendo fazer pequenas alterações no cenário.
Só que a cada mudança, algo drástico acontece. Seja a amada morrendo de uma forma ainda mais brutal do que a original, seja você causando a morte do seu próprio personagem. É possível pegar objetos, abrir portas e outras coisas. Infelizmente a interação é um pouco limitada e o jogo acaba se tornando linear por ter momentos certos para pegar certas coisas. Ainda assim é algo curioso.
Existe ainda um segundo capítulo, que é um extra pago, essa pequena expansão se passa em um novo ambiente logo depois dos acontecimentos da primeira parte. Mostrando o que aconteceu com o personagem e como os acontecimentos tiveram consequências caóticas. Infelizmente essa parte é ainda mais linear que a primeira, focando mais na história que na jogabilidade.
Algo curioso em relação à esse jogo, é que se passa no mesmo universo de Bluebird of Hapiness. A senhora que dá o relógio a ele é exatamente a mesma que aparece no festival do outro jogo e não quer vender o passarinho de pelúcia para o garoto. Então existe um certo charme em ver que um é spin off do outro.
Graficamente o jogo é bacana, apesar de que depois que vi o trabalho de Bluebird of Hapiness, assumo que não animei tanto com esse, já que aquele tinha um visual espetacular. No entanto esse também é um jogo simpático, com animações próprias, só que sem aquele charme todo pixelizado, parecendo mais um jogo padrão de rpg maker.
Enfim, se você estiver procurando por um jogo que tem um climinha de creepypasta, com aquela sensação de algo maravilhoso, porém macabro nas mãos de alguém. Com certeza esse aqui pode agradar bastante, me lembrou o conto Querida Abby. Ele está disponível para baixar gratuitamente no android, iOs e PC.
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