Ofertas do dia no link de afiliado Amazon!

Extinction | Enfrente criaturas gigantescas freneticamente

A ideia de seres gigantes sempre atraiu a humanidade, e quando saiu o trailer desse jogo, vi que muitos dos leitores ficaram encantados com algo que rapidamente foi comparado com Attack on Titan por suas várias semelhanças, mas também notado por elementos hack and slash e outras semelhanças a diversas obras.




Você assume o controle de um sentinela chamado Avil, que é um dos últimos que tem as habilidades necessárias para enfrentar criaturas monstruosas chamadas Ravenii. Esses seres tem 50 metros de altura e frequentemente invadem as muralhas de cidade para começarem a destruí-las de forma implacável.

Como disse, esse é um jogo que encantou muita gente exatamente pela semelhança com Attack On Titan, além de ser um dos poucos jogos depois de Shadow of the Colossus que apresentou real interação com um ser gigantesco, ao invés de algo pré-definido do estilo "Aperte o botão na hora certa".

Mesmo existindo outros jogos com essa interação, como Voodoo, essa foi uma mania que estranhamente não pegou, e mesmo com as pessoas amando, vimos poucos títulos sendo anunciados sendo anunciados, a maioria não convencendo muito, outros parecidos até demais, como é o caso de Praey for the Gods, mas a ideia de poder sobre gigantes foi bem pouco explorada nesse tempo.

Em Extintion você realmente ver aquele ser gigante no meio de construções e é bonito se aproximar, e subir nele com uma agilidade incrível. Não é aquele tipo de jogo em que você se sente pesado e tudo parece desafiador, como um Dark Souls, aqui a coisa está mais para Jedi Outcast, em que você vê algo extremamente poderoso e sabe bem do estrago que pode causar.

Subir nos gigantes é algo que se faz rapidamente, você começa a saltar ou usar o gancho e logo está no topo, porém para matar um, é preciso destruir primeiro sua armadura para deixar exposto seus membros e então fatiá-los.  Cortando as pernas você impede que ele avance e destrua mais coisas, já os braços impede que te ataquem ou ataquem a cidade.

Há uma variação no método de matar os inimigos, em alguns você precisa localizar os cadeados que prendem a armadura, destruí-los, e só então destruir aquela peça, em outros a nuca (ponto fraco) já está exposta desde o início, e o desafio é conseguir subir neles, e assim vai, nãoa é uma variação muito grande, mas é preciso se adaptar.

Existem ainda dois tipos de objetivos extras na cidade, o primeiro é matar criaturas de tamanhos normais, isso vão te dar energia e ela é usada para ter o poder para aplicar um golpe final em um Ravenii, além de que evita que esses seres ataquem a população. O segundo tipo de objetivo é abrir portais para que os habitantes fujam, isso também gera energia.

Tem ainda um sistema de evolução de personagem, você tem missões alternativas como terminar antes de um certo tempo, salvar tantos civis, matar tantos inimigos,  etc. Se cumprir isso antes do objetivo principal, você ganha mais pontos. Com eles é possível melhorar  características dos personagens, e dá pra repetir missões para tentar conseguir mais pontos.

Legal né? Bom... Não! Esse é um jogo que sinceramente tem mais pontos baixos do que altos e que em diversos momentos fiquei frustrado enquanto transmitia via Twitch. É um jogo que você vê que tem sim potencial para te deixar viciado em cada fase se você o ver de uma maneira arcade  e não um jogo de fases reais, porém mesmo isso consegue ser estragado com as falar intermináveis dos personagens.

Você dá um passo, a tela para, aparece a mulherzinha dando a opinião dela, você salta, a tela para de novo, ela aparece de novo, você ataca, a tela para, lá está ela "Oi gente, atacar é importante para matar os inimigos!", você salva alguém, a tela para "Olha só, você conseguiu!". Beleza... As primeiras fases dá pra entender e depois disso as pausas param quase que completamente, mas ela não para de falar!

Imagina um jogo em que praticamente o tempo tem uma telinha de um NPC no canto fazendo comentários inúteis e irritantes? Você lá jogando numa boa e a telinha sem parar de piscar com algum NPC "O que você tá fazendo???" e "Isso, vai lá!", ou comentários ultra relevantes como "Se a cidade for destruída, nós vamos perder!". Teve momentos em que eu não parava de falar "Tá, tá, tá, tá! Chega! Cala a boca desgraça!".

E o pior é que a história é bem desinteressante, existe falta de profundidade, mas no começo de cada missão é um falatório gigante sobre uma trama simplória pra caramba que a sensação é de basicamente sempre um "Os gigantes estão destruindo minha cidade, venha me ajudar!", e um falatório imenso inicial que se estende pelo resto da partida.

Agora imaginem, um jogo em que as missões são todas a mesma coisa "Vá lá, mate os monstros, salve a cidade", e com um falatório interminável sobre uma história super simples? A sensação é que os desenvolvedores não se decidiram. Parece que queriam que tivesse história para mascarar a jogabilidade simplória, mas não foram capazes de criar uma história boa e ainda ficou inadequado isso no meio do estilo de jogabilidade apresentada.

Aliás, o jogo inteiro é bem genérico se querem saber, existem sim jogos estilo arcade que me diverti demais com a jogabilidade simples, tipo o Orcs Must Die, mas esse parece não ter personalidade. Ele tem cara daqueles clones piratas de algo famoso, tipo Polystation. Mas no caso é um clone de Attack On Titan, até as poses de certos momentos parecem ter sido redesenhados.

Existem tantos lugares que pequenas mudanças poderiam ter sido toda a diferença, e o design é um deles. Parece uma mistura de algo das Arábias com criaturas medievais. Os gigantes são os seres mais genéricos possíveis, basicamente são orcs grandes. Não passa a sensação de que rolou um esforço para tentar fazer algo diferente.

E assim, é claro que não estou dizendo que era preciso ter um design genial, até porque sei bem que é difícil conseguir algo diferente como um Absolver, Okami ou Bloodborne. Mas também não precisava ser algo tão tosco como um orc genérico grande né? Esse jogo teve o mesmo problema que Tesla vs Lovecraft, uma boa ideia com um visual desanimador.

Até mesmo alguns elementos menores do jogo passam aquela sensação de joguinho bobo, tipo quando você está abrindo os portais, todos os sobreviventes ao redor levantam as mãozinhas e começam a balançar, enquanto isso os orcs ao redor ficam lá descendo o cacete. Parece algo que saiu direto de um jogo genérico de PS1.

Então recapitulando, esse é um jogo em que você entra em uma fase, mata gigantes antes que destruam a cidade, ganha pontos, evolui o personagem, entra de novo nas missões e repete isso. A variação de forma em matar os gigantes é mínima, o visual é genérico e os personagens não param de falar uma história simplória sobre os monstros estarem destruindo tudo.

Enfim, não vou mentir, o jogo é divertido, mas é como se fosse uma mecânica bacana que deveria ser parte de algo maior e não o principal. Esse estilo de "mate todo mundo" funciona bem em jogos como Lugaru, mas em um jogo que foi lançado no PC por R$200 reais a versão básica e R$230 a completa, normalmente se espera um pouco mais né? Caso se interesse dá pra conseguir ele por um desconto clicando aqui.

Postar um comentário

1 Comentários

  1. Desejo boa sorte aos que comprarem esse jogo, torço pra que consigam zerar e não se arrepender da compra, porque só vendo o jogo pela Live do Sky já não gostei.

    ResponderExcluir