Esse é um jogo que pode enganar à primeira vista com seu visual simpático e visão isométrica, então pode acabar parecendo algo com um visual sombrio, mas sem a capacidade de dar sustos. E é aí que a coisa mostra não ser assim, pois é um jogo com potencial para obra de terror com sustos, o que é algo que pode ser uma surpresa não tão boa para os mais medrosos.
A história apresenta duas menininhas, Haru e Yui, elas vão passar uma última noite juntas assistindo fogos de artifício, no entanto quando voltam para casa, ouvem uma voz estranha e Yui acaba desaparecendo, a partir de então Haru passa a tentar achá-la. Por algum motivo todos da pequena cidade cidade onde vivem sumiram, o dia nunca amanhece e criaturas bizarras passam a aparecer.
Essa é uma daquelas obras que carrega uma forte atmosfera de algo bem japonês mesmo. A ideia das protagonistas serem menininhas e ser lotado de coisas bizarríssimas, além dos próprios cenários, se passando em uma cidadezinha nas montanhas, com templos e tudo mais. É fácil lembrar de obras como Higurashi No Naku Koroni ou Corpse Party.
A ideia de jogos 2D assustadores pode ser estranha a princípio, mas se pensar um pouco acaba se lembrando de uma série de títulos como Lone Survivor, ou mesmo obras com climas bem japonês mesmo como Ao Oni e o clássico Clock Tower, que fez a façanha de dar sustos em plena era do Super Nintendo.
A narrativa varia entre as duas personagens, mas o foco é especialmente em Haru, que a cada capítulo sai de casa para ir a um novo ponto da cidade. Já os capítulos de Yui são bem menores e confusos, não deixando que você compreenda bem o que exatamente está acontecendo. Aliás esse é um daqueles jogos com uma história meia confusa.
Apesar de ser um jogo dividido em capítulos, o mapa da cidade é aberto e você é livre para explorar da forma que você achar melhor, inclusive existem diversos mistérios pela cidade que você só resolve se quiser, assim como itens para coletar com informações que explicam melhor sobre certas coisas escondidas.
Não existe combate direto com as criaturas, e as lutas com chefes são baseadas em puzzles, por exemplo coletar certas coisas enquanto desvia dos ataques ou ganhar tempo e em um determinado momento se aproximar de um ponto. Pode ser bastante agoniante para aqueles que não gostam de desviar loucamente.
Uma mecânica interessante é a da lanterna, ela é aquela mesma usada em Alone in the Dark the New Nightmare, em que inimigos ficam invisíveis na escuridão, mas aparecem quando você aponta a lanterna. Mas existe também a batida do coração, quanto mais perto uma criatura, mais o coração dispara e isso é desesperador porque às vezes você simplesmente não vê onde a coisa está.
Existe a possibilidade de se esconder em alguns pontos da cidade, como atrás de placas e arbustos, isso facilita bastante para quando se está encurralado. Outro elemento notável é que você gasta uma moeda para salvar o jogo, não é tão difícil de achar, mas para os viciados em salvar a cada dois passos isso pode ser desesperador.
Enfim, Yomawari: Midnight Shadows é um jogo rápido e bastante atmosférico, pode gerar bons momentos de diversão, definitivamente vale a pena dar uma conferida. Esse foi o segundo jogo que zerei em público no twitch do blog. Então fica aí essa dica de obra com uma atmosfera bem peculiar, o jogo tá disponível pra PC e PSVITA.
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