Esse é um daqueles jogos que bati os olhos e achei apaixonante o visual, isso porque facilmente entraria naquela lista de 100 jogos com visuais 2D espetaculares. No entanto acabou me surpreendendo mais quando descobri a natureza da coisa, pois é uma daquelas obras que o maior charme está no fato de ser compacto tipo You Have to Burn the Rope.
A ideia de inimigos gigantes vem desde a mitologia antiga, e é simplesmente algo apaixonante. Graças a isso ficamos encantados quando vemos obras como Heir ou Círculo de Fogo. E em The Giant’s Fall, você é um personagem que tem que enfrentar um ser gigantesco, o único objetivo é chegar até ele e matá-lo.
Esse jogo me lembrou bastante a essência apresentada em Too Many Ninjas, com aquele visual pixelizado super incrível, uma jogabilidade extremamente simples que usa apenas três das setas do teclado, e ainda assim algo viciante que é capaz de fazer a pessoa jogar loucamente tentando ir além na coisa.
No caso desse aqui você a princípio usa apenas duas setas do teclado, esquerda e direita, e deve ficar apertando esquerda e direita para desviar dos ataques do gigante, no entanto assim que se aproxima o suficiente, tem que apertar a tecla pra cima, que é a de finalizar. Simples né? Bom... Seria se não fosse um daqueles jogos desafiadores que te fazem berrar, tipo Race the Sun, onde você respira errado e já morre.
Sendo assim tudo é mil maravilhas no começo, mas é normal em apenas um segundo você perder. Esse é o tipo de jogo que desafia seus reflexos e pode gerar desespero quando sentir que está quase no fim, já que é fácil estar prestes a finalmente finalizar com o gigante, e ele te acertar, fazendo tudo começar de novo.
O visual é completamente maravilhoso, e se você é entusiasta de pixel arts, a coisa é mostrada em um ângulo isométrico, e mostra o enorme gigante no horizonte, primeiro baixinho, mas cada vez mais ele vai surgindo, na medida em que você avança, até ficar realmente perto de você. A movimentação é linda demais. É o tipo de jogo que fizeram só um cenário, mas concentraram tudo nele.
Esse estilo me lembrou bastante o design de jogos do Game Boy Advance, não aqueles tradicionais como Castlevania Circle of the Moon, os que aproveitavam o poder do console para apresentar um pixelizado mais sofisticado e usavam ângulos isométricos, como o caso do mais do que inovador Boktai: The Sun is in your hands.
Enfim, esse é daqueles jogos bacaninhas para se passar o tempo quando apenas quer se entreter com algo sem compromisso, mas desafiador. Um colírio para os olhos, caso você se interesse, é só respirar fundo e dar uma conferida aqui. Se não tiver paciência, aqui vai um vídeo do jogo sendo zerado em menos de um minuto:
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