Tenho que assumir que quando a Netflix anunciou uma série animada baseada na franquia Castlevania, eu não me empolguei como o resto do povo. Logo pensei no anime horroroso de Devil May Cry e pensei que não seria lá grande coisa. Bom, apesar de não ter me deixado frenético, definitivamente não é uma série de má qualidade e tem um foco real no público adulto.
A história se passa no ano 1476, quando Drácula está prestes a cumprir sua vingança contra uma cidade que queimou sua esposa viva por acusá-la de bruxaria. E é então que surge Trevor Belmont, treinado desde criança para enfrentar criaturas das trevas, mas excomungado pois a igreja que sua família é a responsável por atrair seres sobrenaturais.
A história se passa no ano 1476, quando Drácula está prestes a cumprir sua vingança contra uma cidade que queimou sua esposa viva por acusá-la de bruxaria. E é então que surge Trevor Belmont, treinado desde criança para enfrentar criaturas das trevas, mas excomungado pois a igreja que sua família é a responsável por atrair seres sobrenaturais.
Uma coisa que acho que pode ter decepcionado aqueles que estavam ansiosos para assistir, é o fato de que o produtor Adi Shankar fez uma declaração em que disse que a série seria semelhante a Game of Thrones, as palavras dele foram essas:
"Essa série é muito Castlevania feito com o espírito de Game of Thrones. A série será classificada como para maiores de 18 anos (R-Rated)"
Eu não sei vocês, mas o pensamento que tive imediatamente foi em uma série onde rolavam mortes super inusitadas. Personagens com um ótimo desenvolvimento de repente batendo as botas. No entanto só após assistir é que vi que essa declaração poderia ser interpretativa, e no caso a coisa era mais voltada para um mundo medieval sujo mesmo.
Então ao meu ver parece mais com o universo de The Witcher do que Game of Thrones mesmo. Temos algo do gênero Dark Fantasy, com um mundo medieval em que as pessoas vivem em condições ruins e sempre estão com medo, além de criaturas das trevas prontas para matá-los a qualquer momento.
Mas acredito que o que torna ele para maiores de 18 anos não são os demônios ou mesmo a violência, que sinceramente não achei muito exagerada, sim aparecem dedos sendo arrancados, mas não tem um gore absurdo, tipo um Corpse Party da vida. Acho que o que o torna inadequado são os diálogos, como o de um personagem frustrado descrevendo que o outro fez sexo com sua cabra e como o pinto do cara tinha sangue.
Apesar de ter sido lançada somente em 2017, a ideia dessa série existe desde 2007, quando o escritor Warren Ellis declarou que estava fazendo uma adaptação para DVD. Daí virou um daqueles projetos que ficam vagando por um tempo absurdo até finalmente começar a tomar forma, no caso desse levou uma década.
Uma crítica que surgiu imediatamente foi o fato de não ter o Alucard como protagonista, inclusive comentários absurdos como "Se não tem Alucard, não é Castlevania!". Definitivamente esse tipo de comentário é de alguém que só jogou Symphony of the Night, e acha que a série se resume a aquele jogo.
A verdade é que Alucard além de aparecer na minoria dos títulos, quando aparece em geral não é como protagonista, mas como NPC. Então acho bem justo colocar um Belmont como protagonista. E a adaptação de Castlevania III: Dracula's Curse, me parece uma ótima escolha, pois ao mesmo tempo que um Belmont é o protagonista, ainda tem a presença do amado Alucard.
Se fosse pra eu escolher, definitivamente não seria Symphony of the Night, mas sim Lament of Innocence, que acho a história fantástica e além disso é realmente o primeiro jogo da franquia cronologicamente falando. Ele é que mostra a origem de tudo, a briga dos Belmont com Drácula e tudo mais. Porém com a pressa do povo, acho que não seria viável.
Bom, eu acho que e os caras tentaram fazer algo pesado, mas não aguentaram a pressão da coisa, e assim em muitas vezes parece que se limitam. Digo isso porque enquanto temos alguns momentos com um clima bem Dark Fantasy, o protagonista é o típico jovem bêbado. Aliás, parece demais o Ezio de Assassin's Creed 2.
Então acho que o próprio protagonista é que quebra o clima, o Drácula é interessante, a igreja é interessante, uma ordem de peregrinos que aparece é interessante, mas Trevor, ele é um malandrão que só quer uma cerveja. O mundo tá acabando e ele não está nem aí, mas de vez em quando banca o herói.
Essa é uma série que apresenta algo que incomoda muita gente, fanatismo religioso da igreja católica na era medieval, incluindo queima de bruxos, tortura, hipocrisia e etc. Isso pode deixar algumas pessoas meio incomodadas. Já vi algumas discussões sobre e inclusive gente dizendo que isso não tem nada a ver e que desviava a trama original, mas a verdade é que realmente a coisa é nesse estilo.
A diferença é que no jogo a igreja expulsa a família Belmont e quando Drácula aparece, ela entra em contato porque não tem outra opção. Já aqui, Trevor acaba indo parar na cidade por acaso e cai no meio da treta, a igreja inclusive manda ele ir embora do lugar. Mas no geral há o exílio e reencontro com a família Belmont.
Fizeram uma animação de boa qualidade, mas assumo que tem certos pontos que não gostei muito, por exemplo o visual dos personagens me desagrada, não gostei muito do traço usado, me parece muito anime padrão de grupo de amigos que vão salvar a terra, mas no geral a animação em si, ficou bacana.
Quero dizer, você olha um Harmony of Dissonance da vida e vê o quanto aquilo combina com Castlevania, um traço muito mais sombrio que mantém o clima gótico da coisa. Mas aqui eu olho pro Drácula e cruzes... Uahahaha. Tive foi uma sensação semelhante a quando vi o visual de Dawn of Sorrow e assustei já que o do anterior Aria of Sorrow era infinitamente mais sombrio no aspecto visual.
Mas enfim, no geral é uma animação que vale o tempo, tendo uma primeira temporada bem rápida, com apenas quatro episódios de 25 minutos, ou seja, dá pra tirar de forma rápida uma conclusão se você gosta ou não dessa bagaça. Não fiquei encantado, mas gostei bastante, queria ter mais coisas assim pra assistir de vez em quando.
"Essa série é muito Castlevania feito com o espírito de Game of Thrones. A série será classificada como para maiores de 18 anos (R-Rated)"
Eu não sei vocês, mas o pensamento que tive imediatamente foi em uma série onde rolavam mortes super inusitadas. Personagens com um ótimo desenvolvimento de repente batendo as botas. No entanto só após assistir é que vi que essa declaração poderia ser interpretativa, e no caso a coisa era mais voltada para um mundo medieval sujo mesmo.
Então ao meu ver parece mais com o universo de The Witcher do que Game of Thrones mesmo. Temos algo do gênero Dark Fantasy, com um mundo medieval em que as pessoas vivem em condições ruins e sempre estão com medo, além de criaturas das trevas prontas para matá-los a qualquer momento.
Mas acredito que o que torna ele para maiores de 18 anos não são os demônios ou mesmo a violência, que sinceramente não achei muito exagerada, sim aparecem dedos sendo arrancados, mas não tem um gore absurdo, tipo um Corpse Party da vida. Acho que o que o torna inadequado são os diálogos, como o de um personagem frustrado descrevendo que o outro fez sexo com sua cabra e como o pinto do cara tinha sangue.
Apesar de ter sido lançada somente em 2017, a ideia dessa série existe desde 2007, quando o escritor Warren Ellis declarou que estava fazendo uma adaptação para DVD. Daí virou um daqueles projetos que ficam vagando por um tempo absurdo até finalmente começar a tomar forma, no caso desse levou uma década.
Uma crítica que surgiu imediatamente foi o fato de não ter o Alucard como protagonista, inclusive comentários absurdos como "Se não tem Alucard, não é Castlevania!". Definitivamente esse tipo de comentário é de alguém que só jogou Symphony of the Night, e acha que a série se resume a aquele jogo.
A verdade é que Alucard além de aparecer na minoria dos títulos, quando aparece em geral não é como protagonista, mas como NPC. Então acho bem justo colocar um Belmont como protagonista. E a adaptação de Castlevania III: Dracula's Curse, me parece uma ótima escolha, pois ao mesmo tempo que um Belmont é o protagonista, ainda tem a presença do amado Alucard.
Se fosse pra eu escolher, definitivamente não seria Symphony of the Night, mas sim Lament of Innocence, que acho a história fantástica e além disso é realmente o primeiro jogo da franquia cronologicamente falando. Ele é que mostra a origem de tudo, a briga dos Belmont com Drácula e tudo mais. Porém com a pressa do povo, acho que não seria viável.
Bom, eu acho que e os caras tentaram fazer algo pesado, mas não aguentaram a pressão da coisa, e assim em muitas vezes parece que se limitam. Digo isso porque enquanto temos alguns momentos com um clima bem Dark Fantasy, o protagonista é o típico jovem bêbado. Aliás, parece demais o Ezio de Assassin's Creed 2.
Então acho que o próprio protagonista é que quebra o clima, o Drácula é interessante, a igreja é interessante, uma ordem de peregrinos que aparece é interessante, mas Trevor, ele é um malandrão que só quer uma cerveja. O mundo tá acabando e ele não está nem aí, mas de vez em quando banca o herói.
Essa é uma série que apresenta algo que incomoda muita gente, fanatismo religioso da igreja católica na era medieval, incluindo queima de bruxos, tortura, hipocrisia e etc. Isso pode deixar algumas pessoas meio incomodadas. Já vi algumas discussões sobre e inclusive gente dizendo que isso não tem nada a ver e que desviava a trama original, mas a verdade é que realmente a coisa é nesse estilo.
A diferença é que no jogo a igreja expulsa a família Belmont e quando Drácula aparece, ela entra em contato porque não tem outra opção. Já aqui, Trevor acaba indo parar na cidade por acaso e cai no meio da treta, a igreja inclusive manda ele ir embora do lugar. Mas no geral há o exílio e reencontro com a família Belmont.
Fizeram uma animação de boa qualidade, mas assumo que tem certos pontos que não gostei muito, por exemplo o visual dos personagens me desagrada, não gostei muito do traço usado, me parece muito anime padrão de grupo de amigos que vão salvar a terra, mas no geral a animação em si, ficou bacana.
Quero dizer, você olha um Harmony of Dissonance da vida e vê o quanto aquilo combina com Castlevania, um traço muito mais sombrio que mantém o clima gótico da coisa. Mas aqui eu olho pro Drácula e cruzes... Uahahaha. Tive foi uma sensação semelhante a quando vi o visual de Dawn of Sorrow e assustei já que o do anterior Aria of Sorrow era infinitamente mais sombrio no aspecto visual.
Mas enfim, no geral é uma animação que vale o tempo, tendo uma primeira temporada bem rápida, com apenas quatro episódios de 25 minutos, ou seja, dá pra tirar de forma rápida uma conclusão se você gosta ou não dessa bagaça. Não fiquei encantado, mas gostei bastante, queria ter mais coisas assim pra assistir de vez em quando.
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