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Kill Bill - Uma verdadeira homenagem à violência

Hora de falar desse clássico instantâneo, que conquistou tanta gente com seu estilo estranho que é um mistureba imenso de inúmeras obras e ao mesmo tempo tem uma essência tão própria que é simplesmente difícil não notar que há algo de muito especial. Aliás, ouso dizer que é o verdadeiro filme que deu o empurrão no nome Quentin Tarantino.


Eu lembro que lá por 2003 foi o meu primeiro contato com Kill Bill, quando vi aquele poster gigante com um toque um tanto ridículo, uma loira vestida de Bruce Lee, segurando uma katana e as escritas imensas e bem destacadas "O QUARTO FILME DE QUENTIN TARANTINO". O meu pensamento era "Esse cara se acha demais pra colocar o nome dele em destaque tão grande na capa de um poster viu".

Ironicamente Um Drink no Inferno (Ele é o roteirista) já era um dos meus filmes favoritos na época, mas o negócio é, era 2003, então a velocidade da informação não era nem um pouco rápida. As pessoas que eram famosas tinham seus nomes amplamente falados na TV e em revistas, esses eram os meios que faziam um nome realmente ser conhecido, tipo o Spielberg.

E sim, Tarantino já era famoso e já tinha seu publico, mas não como hoje em dia que qualquer um ouve o nome e conhece, era mais pra algo que rondava no mundo underground. A forma da maioria das pessoas pensarem era diferente, ainda mais quando se era um adolescente. Você não pegava uma fita de vídeo, olhava atrás "Quem é o diretor?" e depois ia até a locadora e perguntava por outros filmes, aliás a pessoa certamente nem saberia dizer já que as coisas não eram organizadas assim.

Algo curioso é que esse filme veio na mesma época que Matrix Reloaded, que por acaso estava introduzindo algo que eu nunca tinha visto, dois filmes lançados em um período de seis meses. Esse formato era simplesmente maravilhoso demais, a ideia de não esperar anos. E lá estava Kill Bill, um filme que me parecia tosco pra cacete e com o mesmo formato, Volume 1 e Volume 2.

No fim das contas ele foi lançado e pra minha surpresa não parava de ser falado, as pessoas começaram a falar sem parar. Isso finalmente fez despertar minha curiosidade pra valer, e assim que saiu em vídeo, decidi dar uma conferida na coisa pra ver se iria me agradar ou se eu ia achar uma tosqueira tão louca quanto os posters me indicavam.

Realmente me encantei de primeira, eu já gostava de trash na época, sendo muito fã de Evil Dead, e Kill Bill não é o filme simplesmente tosco como imaginei, era um trash proposital. Aquele tipo de coisa que você notava que foi feito de um jeito exatamente porque queriam que fosse. Isso dava uma beleza diferente.

E olha que eu nem imaginava a quantidade enorme de referências, mesmo a roupa do Bruce Lee, eu não parava pra pensar "Colocaram isso nela porque querem se referir a ele". Aliás, eu nem tinha essa mentalidade de que diretores faziam isso, afinal de contas por que diabos alguém faria uma referência a outra coisa? Eu nem pensava nisso. Mas Kill Bill apresentava um pacote de tosqueiras clichês que era simplesmente agradáveis aos olhos.

Talvez seja o fato de que você nota que é um filme caro, mas ao mesmo tempo percebe que usa técnicas de filmes baratos. Vai ver assim fica mais fácil de digerir para qualquer leigo. Afinal de contas por mais que arranquem um membro fora, não tem aquela cara de pedaço feito de borracha caindo no chão.

Eu considero que a explosão da internet aconteceu no meio da década de 2000, isso porque até então eu tinha PC, usava, mas sabia que não podia pedir o contato de qualquer um. Eram bem "catadas" as pessoas que tinham um computador E tinham internet E sabiam usar. No entanto a partir do meio, mais especificamente em 2006, vi o povo começar a ter contas no orkut, e ao meu ver esse foi o grande BUM.

Sendo assim, acho que por mais que o Tarantino já tivesse os clássicos Tempo de Violência e Cães de Aluguel, Kill Bill foi o último filme dele antes da geração internet, então era uma obra que estava fresquinha nas mentes das pessoas e pronta pra ser discutida online. Acredito que esse tenha sido o filme que realmente o tornou alguém famoso não apenas como um diretor cult, mas como O TARANTINO.

Se por algum milagre você não conhece a história de Kill Bill, trata-se de uma saga sobre vingança. Nela é apresentada uma mulher que é atacada brutalmente por seus ex-parceiros do crime, no ensaio de seu casamento. Matam todo mundo, o padre, os convidados, o noivo. No entanto ela consegue sobreviver e fica em coma. Quando finalmente acorda, passa a caçar um por um, especialmente seu ex namorado, Bill.

Kill Bill é uma verdadeira obra nascida da cultura pop, e baseada em uma quantidade absurdamente alta de obras. O filme base de onde foi tirado a história é Lady Snowblood, mas em cada cena e personagem vemos referências a inúmeros filmes  western, obras de terror e suspense, cinema japonês, cinema chinês, programas de TV, HQ's, desenhos e até animes como o perturbador Kite.

A ideia inicial do filme era ser apenas um, no entanto a coisa acabou ficando tão gigantesca que decidiram dividir em duas partes. Isso acabou dando um charme muito maior à obra, como falei não era algo normal na época e sendo um filme tão "personalizado", acho que ter os subtítulos Volume 1 e Volume 2, acrescentam um clima de visual novel muito vindo.

Acredito que especialmente o Volume 1 é onde a melhor parte da obra está concentrada, cada cena é marcante. Acho impressionante como parece ter sido uma regra do tipo "Olha vamos fazer essa cena, mas ela terá que ser como se fosse a melhor parte do filme". Coisas como as cenas no Japão, a luta na cozinha, a cena do dedão, e muito mais estão concentradas nesse volume.

Inclusive é o volume onde tem a super diferenciada parte em anime, que a propósito foi feito pela Production I.G, responsável por nada menos do que Ghost in the Shell, Blood the Last Vampire e Attack On Titan. Então imaginem como a produção desse filme não foi trabalhada pra realmente impressionar?

Só que o volume 2 também tem seu charme, mais focado em flashbacks, temos por exemplo o capítulo "O Treinamento Cruel de Pai Mei", que tem aquele ancião chinês rabugento a ensinando a lutar, ou mesmo a tão falada cena da chacina na igreja, que não é mostrada no primeiro volume. Além é claro, de que é quando a vemos enfrentar Bill, que infelizmente na minha opinião acaba sendo o mais sem graça de todos, porém acontece né? kkkk.

Enfim, tá aí um filme que vale muito tirar um tempo para reassistir com os amigos, Kill Bill é daqueles que bate uma vontade de dar uma olhada de novo depois de um tempo e se tiver outra pessoa pra aproveitar com você, é melhor ainda. É daqueles itens obrigatórios na coleção de colecionadores de obras cult. Mas e vocês, o que acham?

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