Quando eu zerei Resident Evil 7, fiquei no climinha de assistir alguma coisa que usasse essa ideia padrão de família de lunáticos, então me veio a ideia de assistir a sequencia de O Massacre da Serra Elétrica, que foi uma das fontes do jogo. E nossa... Que desgraça viu? Não foi a primeira vez que assisti esse filme não, no entanto é daquelas obras horrorosas que você assiste e é tão ruim que seu cérebro parece colocar no seu subconsciente. Só depois de ver que notei que não era nem a segunda vez, era no mínimo a terceira, pois vi uma vez na TV e lembro de ter assistido no PC há anos atrás. Mas o resultado é sempre o mesmo, acho horroroso o bagulho.
A história se passa em 1986, 13 anos após a chacina que rolou no primeiro filme e apresenta uma morte brutal que dois jovens tem, com um carro destruído por uma motosserra, no entanto a polícia tenta ocultar. Porém uma DJ tem uma fita em áudio do acontecimento, pois a morte aconteceu enquanto os jovens ligavam para seu programa de rádio, e ao transmitir a fita ela vira alvo de psicopatas.
Esse é daqueles filmes que o roteirista parece não entender o que fez sucesso no anterior e pega só os elementos mais espalhafatosos e multiplica por mil para colocar na continuação. O resultado obviamente é algo que era moda nos anos 80, filme de terror trash ao extremo. E nesse caso aqui aparecem cenas constrangedoras frequentemente.
O primeiro filme foi uma surpresa na época, era 1974 e filmes Slasher não eram comuns, de repente apareceu aquela obra baseada em uma história real e que não explica nada, as coisas simplesmente acontecem e tem aquele final perturbador pra caramba que deixa bem o clima de insanidade do vilão da história. É trash, mas levando em consideração da época e de ser algo novo, é algo facilmente absorvido.
Aquele filme era como se fosse o A Bruxa de Blair dos anos 70, enquanto O Massacre da Serra Elétrica 2 é equivalente ao terrível The Woods, só que ainda pior porque o roteirista tenta ser engraçado. Não é o mesmo cara que escreveu o primeiro filme, apenas o mesmo diretor e a sensação é de que se não fosse pelo diretor a coisa ia ser ainda pior.
Então aquela primeira obra foi algo que fez as pessoas temerem ir para lugar isolados, ficar longe da civilização e tal, imaginarem que nem tudo precisa ter explicação, algumas pessoas podem ser apenas insanas e estar esperando a oportunidade. É algo que fez as pessoas discutirem por décadas, inclusive no Brasil foi lançado o livro da editora Dark Side falando detalhadamente sobre o impacto causado.
Agora o que vemos no segundo filme é só tosqueira louca! A protagonista é completamente histérica, o outro maluco lá de repente resolve bancar o enviado de Deus que vai punir os pecadores, até o Leatherface se torna praticamente um cachorrinho obediente e bonzinho, parece que queriam transformar o vilão da franquia em um herói.
Você verá tosqueiras como a serra elétrica na pepeka, Leatherface fazendo cara de sensual mostrando a linguinha, uma família de personagens toscos que não param de falar coisas engraçadas e várias outras tosqueiras. Chega um momento que você fica "Não... Os caras não acreditaram realmente que isso aí iria dar certo".
Aliás, a atuação é terrível demais! Só tosqueira louca, parece um verdadeiro teatro, poses e bocas, uma forçação imeeeeeeeensa pra tentar fazer você achar engraçado, não dá pra entender. Mas sem sombra de dúvidas a versão dublada deixa a coisa mais bizarra ainda porque é parte do elenco de Chaves! Então imagina a voz da Chiquinha gritando quase com o filme inteiro e do Kiko falando altas perversidades kkkkkk.
Eu tenho que assumir que a cena final foi marcante pra mim, mas ela é tosca demais e depois de tanta coisa tosca no filme, não teve o impacto do fim do primeiro. Pareceu mais que o povo falou "Quer saber? Vamos terminar? Chega né..." e resolveram por a cena, porque acaba do nada, nem mostra o destino de personagem nenhum, é só FIM mesmo.
Então esse é um filme que pode até ser útil para se assistir com um grupo de amigos e rir bastante da quantidade de tosqueira presente, mas agora como filme de terror é uma desgraça. Realmente aquele tipo de longa metragem que te faz pensar no quanto é um desperdício de potencial e que poderia ser outro clássico.
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