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Westworld - Praticamente um Matrix no velho oeste

Tá aí uma série que esperei ansiosamente para assistir, o engraçado é que nem tanto pela temática, mas especialmente pela grandiosidade da coisa. Um seriado da HBO, que amo pra caramba, com o mais do que estiloso ator Anthony Hopkins, o nosso querido o nosso inesquecível Hannibal Lecter, a presença do ator brasileiro Rodrigo Santoro, uma média de 10 milhões de dólares por episódio! 



Quero dizer, a série Roma tinha uma média de 9 milhões por episódio e as duas temporadas espetaculares, depois veio Game of Thrones, que embora em suas últimas temporadas tenha chegado a 10 milhões, as primeiras tinham uma média de 6 milhões por episódio. Então Westworld já começar assim, é algo que te faz pensar "Isso provavelmente vai ser muito bom!". E esperei ansiosamente para dar uma conferida.

Para quem não sabe, essa série é um reboot de um filme lançado nos anos 70, eu cheguei a fazer uma matéria sobre Westworld aqui no blog. A história se passa em um futuro com altíssima tecnologia em que foi criado um parque temático onde é simulado o velho oeste. Pessoas extremamente ricas podem visitá-lo e o grande diferencial do lugar é que as pessoas e animais são robôs com inteligência artificial tão alta que acreditam ser reais.

Ou seja, você compra uma passagem para passar uns dias em Westworld e vive em uma cidadezinha, lá pode fazer o que quiser, se aventurar pelas montanhas, arrumar uma namoradinha, observar as estrelas. Mas quando eu disse "o que quiser", é realmente O QUE QUISER, quer roubar um banco? Matar umas pessoas? Torturar? Estuprar? Fique a vontade para fazer isso com os anfitriões Westworld e nenhum deles vai revidar.

Existem três tipos de personagens na série, primeiramente os Anfitriões (Hosts), que são aqueles que vivem no lugar, tanto pessoas quanto animais são criados sinteticamente e colocados para viver lá como se fossem reais. Depois tem os Convidados (Newcomers), os ricos que pagam para visitar o lugar. E por fim tem a equipe por trás do parque, que dá suporte, programa novas coisas e falas, e constantemente observa os acontecimentos.

Apesar de pensantes, os Anfitriões tem um roteiro a ser seguido para que aconteçam coisas interessantes e haja emoção, fazendo a experiência se tornar cinematográfica para os Convidados. No entanto as coisas sempre são diferentes, pois os Convidados sempre fazem testes, matando personagens antes que façam algo, ou salvando um deles e a cada mudança os Anfitriões se adaptam no roteiro.


Acho que a primeira grande surpresa para quem assistiu o filme, é exatamente o fato dos robôs da série pensarem que existem mesmo. No longa metragem eles agem de forma bem humana, mas em diversos momentos se mostram sem alma, meio "desligados", quando um dos robôs sai do controle ele vê coisas estranhas para a época dele e não tem reação de surpresa, apenas continua.

Na série existe um toque perturbador quando você percebe que eles realmente acreditam naquilo e quando choram é porque estão sentindo dor real. A sensação causada é de um Matrix no velho oeste, mas ao contrário, já que as máquinas é que estão presas a aquele lugar e descobrir que existe algo a mais as deixa meio loucas, pois não entendem. Por exemplo um dos Anfitriões que percebe o que está acontecendo e afirma que os demônios saíram do inferno e estão andando pela terra.

As memórias de todos os Anfitriões são apagadas ao final de cada dia e tudo se repete no dia seguinte, permitindo que os Convidados façam testes, mudando coisas. Mas a equipe criativa também muda o roteiro, aprimora a experiência e evolui a inteligência artificial, deixando-os mais e mais reais, o que naturalmente faz surgir bugs.

Além das memórias apagadas, modelos podem ser substituídos, então um Anfitrião que era um determinado personagem, podem de repente ser removido por apresentar defeito e um novo modelo é colocado em seu lugar, não necessariamente tendo que ter a mesma aparência. Isso faz imediatamente lembrar do filme Cidade das Sombras, onde todos os habitantes tem suas vidas apagadas constantemente e recebem novas.

Não posso também deixar de lado a minha felicidade ao ver o Rodrigo Santoro em uma obra tão grandiosa! Sempre fico muito feliz em ver atores brasileiros crescendo, primeiro o Wagner Moura em Narcos, depois isso. Nossa, simplesmente maravilhoso demais! Ainda mais com a presença do Anthony Hopkins, que é um ator de alto nível. Afinal de contas todos sabemos que ator de filme não gosta de se misturar com "gentalha" de série, no entanto os seriados da Netflix e HBO parecem estar em outro patamar.

Enfim, recomendo demais! Especialmente se você gosta de histórias no velho oeste e um toque psicológico. A série não foi tão surpreendente pra mim por ter visto o filme, no entanto não dá pra negar a qualidade da coisa, com uma história inteligente, intrigante e que facilmente você nota que não é mais uma daquelas coisas genéricas que tanto vemos serem lançadas uma atrás da outra. Então deem uma conferida!

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1 Comentários

  1. A serie possui elementos de diferentes obras , como "Frankenstein", " A Invenção de Morel "e "Eu, Robô".Mas também possui algumas caracteristicas de filmes e séries como "O Show de Truman" , "Exterminador do futuro" , "A.I." , " Battlestar galactica" e mesmo " Blade Runner", no que diz respeito à mistura de Reality Show, rebelião de maquinas , inteligência artificial e perguntas existenciais sobre humanidade , consciência humana e perguntas eticas e morais sobre os limites da tecnologia e seu uso sem remorsos para diversão humana, como em " Parque dos Dinossauros". Nao é a toa ser Westworld baseada em outra obra de M. Crichton.

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