Hoje em dia nós somos acostumados a ver filmes baseados em livros, acontece o tempo todo. No entanto podemos ter a falsa impressão de que essa mania começou a pegar apenas depois do ano 2000 com Senhor dos Anéis e Harry Potter, primeiro dando passos lentos, mas depois passando a sair filme atrás de filme baseado em livro. No entanto isso acontece bem antes e as vezes temos verdadeiras surpresas.
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Uma dessas obras é Jurassic Park, um filme que estamos tão acostumados a ligar a associar a esse tipo de mídia e ao Spielberg, que é até difícil imaginar que não foi originalmente lançada no cinema e que a ideia nem ao menos foi criada pelo Spielberg. Quando vi o livro a venda, pensei que era uma adaptação do filme, mas só depois que fui descobrir.
Tenho que assumir que não estava nos meus planos ler esse livro. Não me atraia a ideia de ler algo que tinha a alma tão fortemente ligada à versão em filme. Parecia meio "Eu já sei a história... Não vai ter graça.". No entanto após uma série de acontecimentos que tiveram início com eu assistindo o filme Westworld, acabou sendo inevitável a curiosidade e decidi dar uma conferida.
Para a minha felicidade, foi realmente uma surpresa. O livro é intenso, algo que não é meramente uma história de ação com dinossauros, mas algo que envolve ciência, tecnologia e filosofia. O próprio tema do livro é a teoria do caos e você vê cada detalhe explicado de forma extremamente profunda. Ou seja, ao invés de ser só gente correndo pra lá e pra cá, é o tipo de livro com diálogos longos, dando explicações sobre cada ponto do parque.
Esse é o tipo de obra que te faz imaginar como diabos é possível apenas uma pessoa conseguir escrever sozinha. Isso porque são tantos detalhes técnicos sobre tantas áreas variadas, que te faz ficar surpreso demais com a profundidade do conhecimento apresentado. Isso fica ainda mais surpreendente pelo fato de ser um livro lançado em 1990, ou seja, foi escrito nos anos 80. Imagina então a dificuldade de pesquisas?
Mas se você não assistiu o filme do Jurassic Park e não conhece a história, deixa eu dar um resuminho primeiro. A trama apresenta John Hammond, um empresário bilionário e visionário, que investe em um parque de diversões temático em que dinossauros são clonados. No entanto fazer um façanha dessas tem suas complicações, é preciso de investidores, há questões éticas em jogo, problemas com leis e muito mais, e após anos, quando finalmente consegue, ele convida diversos especialistas para visitarem o lugar e analisarem se está seguro para apresentar ao mundo.
Esse é um livro longo, com mais de 500 páginas e que você vê a coisa sendo apresentada aos poucos, gerando uma baita atmosfera. Para ter uma ideia, você passa da página 100 e o parque não aparece ainda. A coisa vai andando de forma lenta, apresentando detalhadamente o universo ao redor do lugar, o impacto da criação do parque das formas mais variadas.
Algo que você vai notar rapidamente é que ele tem um toque um pouco mais sombrio que o filme, por exemplo a primeira pessoa a morrer é um bebê. Aparecem pequenos dinossauros comendo ele. Isso definitivamente é algo um bocado chocante, imagine se tivesse essa cena no filme? Não seria nada para a família.
Com o passar do livro, os vários personagens vão revelando detalhes sobre como o lugar foi criado e o motivo de terem sido escolhidos para estarem ali. Sendo assim você consegue ver claramente como a coisa andou, os passos de Hammond para tornar a coisa realidade, as intrigas e muito mais. Você não vê apenas ação como no filme, você percebe que o autor realmente construiu o parque inteiro em sua mente, pensando em cada detalhe.
Então a história apresenta detalhes de como Hammond conseguiu seus investidores, sendo a maioria japoneses. Os problemas durante as reuniões, as façanhas feitas exclusivamente para surpreender pessoas presentes. O medo de seu advogado ao se meter em algo tão perigoso e que poderia gerar tantos problemas, e muito mais.
A ilha se chama Isla Nublar, fica localizada na Costa Rica e foi também selecionada cuidadosamente, se aproveitando do desleixo do governo costa-riquenho quanto a biotecnologia. Também são apresentados detalhes sobre como empresas do gênero se instalam em países em desenvolvimento pagando fortunas para alugar certas áreas e os governos ficam felizes porque acham que não é nada demais.
Os especialistas usados para criarem o parque são todos gênios ou veteranos extremamente competentes em determinadas áreas, como caça de animais selvagens. Graças a grandiosidade dessas mentes, criam todo o ambiente em diversos aspectos, não são apenas pessoas ligadas a clonagem, mas pessoas ligadas a construção, computação, matemática, direito e outras.
Em diversos momentos um personagem explica a outro sobre determinado assunto, no entanto como nem todos são especialistas no tema, o autor aproveita disso para explicar de uma maneira fácil, sempre usando exemplos, e assim o leitor consegue entender. É realmente bem fantástico ver o cuidado que Michael Crichton teve.
Há inclusive partes filosóficas, como quando a Dra. Ellie olha com desdém como os produtores do parque colocaram plantas apenas pensando na estética, sem respeito algum e sem pesquisar se era certo. Isso porque colocaram uma planta venenosa em uma cachoeira em que os visitantes poderiam tomar banho.
Nessa parte ela explica que a humanidade observa gravuras de pessoas em jardins e aquele verde parece ser apenas um fundo, mas é um pensamento errado. Se a pessoa olhar de verdade, vai perceber que o que está observando é um ambiente inteiro de seres vivos. Ela comenta também sobre como as plantas precisam ser respeitadas, são seres que se contorcem em busca do sol e que assim como vivem e se reproduzem, também desenvolveram defesas, podendo ferir animais com espinhos, matá-los com veneno e até alimentá-los, usando isso também como manipulação para que carreguem suas cimentes e as ajudem a se reproduzir.
Esse é um livro com figuras, nas partes que envolvem informática as telas aparecem no livro, e o autor explica parte a parte o que significam, além de que em certos momentos o leitor se surpreende junto aos personagens, pois acontecem coisas como o narrador dizer "E o que eles viram foi isso:", e embaixo a imagem da tela, mostrando coisas variadas, mas especialmente falhar na segurança.
O acabamento que a editora Aleph colocou foi maravilhoso, é um livro com laterais vermelhas. Isso inclui tudo, a borda em que fica o título e os lados das folhas. A parte da frente e de trás são pretas. Graças a isso quando você coloca o livro em cima da mesa, a sensação que passa é que tem uma fatia de carne. Algo que tem tudo a ver com o livro hehehe.
Enfim, se você gosta de livros bem bolados, sem sombra de dúvidas vai se surpreender com esse. A quantidade de informações presentes é gigantesca e é uma daquelas obras que você acaba aprendendo coisas novas. Realmente algo muito mais robusto e com um tom um pouco mais sério que o filme. Recomendo! Confira também a análise da continuação, O Mundo Perdido, e esse é completamente diferente da versão do cinema! Você pode encontrar os dois em português aqui:
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Sobre a franquia
A franquia Jurassic Park se tornou um marco no cinema, conquistando fãs ao redor do mundo com sua combinação de ficção científica e aventura. Lançado em 1993, o primeiro filme, dirigido por Steven Spielberg, foi revolucionário no uso de efeitos especiais, trazendo dinossauros à vida de maneira impressionante. Baseado no livro de Michael Crichton, o filme cativou audiências com sua mistura de suspense e ciência.
Além de Jurassic Park, a sequência de filmes que se seguiu manteve o interesse do público ao longo dos anos. O segundo filme, O Mundo Perdido: Jurassic Park, lançado em 1997, continuou a explorar o fascínio pelos dinossauros e os perigos de brincar com a genética. Em 2001, Jurassic Park III trouxe uma nova aventura, ainda que com menor impacto que os anteriores.
A franquia foi revitalizada com Jurassic World em 2015, onde um novo parque temático foi criado e, como esperado, as coisas rapidamente saem do controle. O sucesso deste filme abriu caminho para as sequências Jurassic World: Reino Ameaçado em 2018 e Jurassic World: Domínio. Essas produções continuaram a explorar o conflito entre humanos e dinossauros de forma épica.
Parte do sucesso da franquia está nos efeitos visuais, que evoluíram com o tempo. Desde o uso de animatronics no primeiro filme até os avançados efeitos em CGI das sequências, os dinossauros sempre foram retratados de maneira realista. Isso ajudou a franquia a se manter relevante e atrativa para novas gerações de espectadores.
Além dos filmes, o universo de Jurassic Park se expandiu para outras mídias. Jogos como Jurassic Park: The Game e Jurassic World Evolution permitem que os jogadores explorem esse mundo de dinossauros. Há também séries animadas como Jurassic World: Acampamento Jurássico, que mantém o espírito de aventura vivo em diferentes formatos.
Outro fator que mantém a franquia em alta é o apelo nostálgico. Muitos dos fãs que assistiram ao primeiro filme nos anos 90 continuam acompanhando as novas produções, compartilhando a experiência com uma nova geração. Esse ciclo de fãs antigos e novos garante que a marca Jurassic Park siga forte no cinema e além.
Jurassic Park também influenciou outras produções. Filmes como King Kong, Godzilla e até Avatar trazem elementos que lembram a grandiosidade das cenas de dinossauros de Jurassic Park, mostrando como a franquia abriu portas para o cinema blockbuster com criaturas gigantescas e ameaçadoras.
Enfim, a franquia Jurassic Park não é apenas uma série de filmes sobre dinossauros, mas um verdadeiro fenômeno cultural. Com histórias emocionantes, efeitos especiais de ponta e uma legião de fãs fiéis, Jurassic Park permanece como um dos maiores sucessos do cinema mundial.
Além de Jurassic Park, a sequência de filmes que se seguiu manteve o interesse do público ao longo dos anos. O segundo filme, O Mundo Perdido: Jurassic Park, lançado em 1997, continuou a explorar o fascínio pelos dinossauros e os perigos de brincar com a genética. Em 2001, Jurassic Park III trouxe uma nova aventura, ainda que com menor impacto que os anteriores.
A franquia foi revitalizada com Jurassic World em 2015, onde um novo parque temático foi criado e, como esperado, as coisas rapidamente saem do controle. O sucesso deste filme abriu caminho para as sequências Jurassic World: Reino Ameaçado em 2018 e Jurassic World: Domínio. Essas produções continuaram a explorar o conflito entre humanos e dinossauros de forma épica.
Parte do sucesso da franquia está nos efeitos visuais, que evoluíram com o tempo. Desde o uso de animatronics no primeiro filme até os avançados efeitos em CGI das sequências, os dinossauros sempre foram retratados de maneira realista. Isso ajudou a franquia a se manter relevante e atrativa para novas gerações de espectadores.
Além dos filmes, o universo de Jurassic Park se expandiu para outras mídias. Jogos como Jurassic Park: The Game e Jurassic World Evolution permitem que os jogadores explorem esse mundo de dinossauros. Há também séries animadas como Jurassic World: Acampamento Jurássico, que mantém o espírito de aventura vivo em diferentes formatos.
Outro fator que mantém a franquia em alta é o apelo nostálgico. Muitos dos fãs que assistiram ao primeiro filme nos anos 90 continuam acompanhando as novas produções, compartilhando a experiência com uma nova geração. Esse ciclo de fãs antigos e novos garante que a marca Jurassic Park siga forte no cinema e além.
Jurassic Park também influenciou outras produções. Filmes como King Kong, Godzilla e até Avatar trazem elementos que lembram a grandiosidade das cenas de dinossauros de Jurassic Park, mostrando como a franquia abriu portas para o cinema blockbuster com criaturas gigantescas e ameaçadoras.
Enfim, a franquia Jurassic Park não é apenas uma série de filmes sobre dinossauros, mas um verdadeiro fenômeno cultural. Com histórias emocionantes, efeitos especiais de ponta e uma legião de fãs fiéis, Jurassic Park permanece como um dos maiores sucessos do cinema mundial.
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