Você se divertiu bastante fazendo faxina cooperativa no sanguinolento Viscera Cleanup Detail? Quer dar uma variada? Então que tal dessa vez ser um catador de lixo?! Pois em Diaries of a Spaceport Janitor você pode! E o melhor, dessa vez não em um ambiente fechado, mas em um mundo aberto com muita coisa para catar!
A história me fez lembrar um pouco a da personagem Rei, que conhecemos em Star Wars o Despertar da Força. Aqui você controla uma garota solitária que trabalha como catadora de lixo em um maravilhoso planeta alienígena cheio de habitantes, veículos, lojas e muito mais. E precisa trabalhar duro diariamente para conseguir o que comer.
Apesar de não dar para perder nesse jogo, a sensação é de se estar no limite. É o tipo de aventura em que você se sente muito pouco recompensado, mas bate uma curiosidade para ir mais a dentro e descobrir. Não é um jogo que fala muito o que fazer, é aquele tipo que te larga e diz "Anda por aí e descobre". Isso pode causar um certo desespero nos mais impacientes.
Pra piorar a pobreza, fome constante e baixo salário, você ainda está amaldiçoado. No começo do jogo você encontra uma caveira nas masmorras da cidade e resolve tocá-la. Depois disso a figura fantasmagórica dela fica levitando ao seu redor e soltando um som bizarro de tempos em tempos, e se livrar dessa maldição se torna a missão principal.
A jogabilidade é de um jogo em mundo aberto, uma cidade enorme para se explorar. A coisa básica é primeiramente catar lixo para incinerar, quanto mais lixo queimado, mais dinheiro para o dia. A segunda coisa a fazer é se alimentar, você pode comer alguns tipos de lixo, mas isso pode causar certos efeitos bizarros. A forma mais segura é gastar dinheiro em lojas. E por fim você tem que dormir, voltando para sua casa.
A população desse jogo é politeísta e já no começo do jogo você deve escolher um deus para seguir. No entanto existem estatuetas de todos eles espalhados pela cidade, e é possível fazer orações e fazer oferendas para tentar conseguir alguma bênção. Essas oferendas são os objetos que você consegue, que pode deixar em frente às estátuas. Obviamente objetos adequados para aquele tipo de deus vão fazer a diferença, sendo assim o que você deveria oferecer para o deus da farra e bebidas? Ou o da sorte? Ou do amor? Olhe seus objetos e pense.
O universo desse jogo é de um Space Opera, então realmente parece uma cidade de Star Wars, você anda por aí e encontra raças variadas, veículos cheios de habitantes, olha para o céu e vê imensas naves em forma de raias voando, há valentões, vendedores, pessoas com informações e missões, passagens para o subterrâneo e mais.
Eu me senti vagando novamente por dois mundos, o de Twinsen's Odyssey com todo aquele climinha simpático nostálgico tão incrível, e o atmosférico mundo de Beyond Good & Evil. Mas ele tem o seu toque próprio, o fato de ser em mundo aberto e com uma jogabilidade tão própria faz com que seja um jogo capaz de deixar sua própria marca.
O lixo aparece aleatoriamente pela cidade, as vezes eles tem utilidade e as vezes não. Então depende do seu objetivo, talvez você os use em missão, talvez coma, talvez use como oferenda, a coisa varia bastante ou se estiver impaciente, pode só incinerar tudo que encontrar pela frente. Mas o incinerador tem bateria e quando acaba só carrega de novo após você ir dormir.
Mas o jogo não se resume a catar lixo, como falei você tem que descobrir as coisas. E com a possibilidade de falar com a população você pode descobrir o que eles querem e fazer missões. Assim tem que andar pela cidade para conseguir certas coisas e assim vai ganhando itens ou dinheiro extra e até mesmo informações.
É preciso ficar atento para comer, existem certas máquinas com comida bastante barata, mas há também vendedores de rua ou lojas e você pode ir lá conseguir algo mais caro e que te deixará bem por mais tempo. Em momentos de desespero você pode comer lixo, o problema é que eles causam efeitos como vontade de trocar de sexo.
Os personagens que você encontra as vezes são bastante amigáveis, no entanto há gente barra pesada pela cidade e as vezes são eles que se aproximam para falar com você. Sendo assim se você estiver no bairro errado, os bandidões podem resolver bater um papo e te mandar ir comer lixo em outro lugar da cidade.
O subsolo esconde um mistério, não é falado sobre o que é, mas você só pode entrar lá com a câmera em primeira pessoa e para fazer isso é necessário comprar um tipo de semente com uma vendedora de rua. Então você pode se aventurar e descobrir as coisas mais inusitadas, como por exemplo um holograma imenso que mostra a cidade inteira, ótimo para aprender a andar por ela.
Com a grandiosidade do mapa, você pode se sentir bem perdido no começo e pode ser desesperador quando se perde. Apesar de tudo, olhando para o chão você verá setas que te guiam para os mais variados lugares da cidade, sendo que a amarela te leva para sua casa e assim fica mais fácil ir seguindo elas e se aventurar para lugares distantes.
O visual é maravilhoso, simulam uma baixa resolução, fazendo parecer aqueles jogos bem antigos, mas com visual extremamente detalhado, algo bonito de se ver como vimos no belíssimo A Room Beyond ou no mais do que encantador Proteus. Então você vê aquela coisa pixelizada grande, mas é difícil não ficar maravilhado.
O negócio é que o mundo é lindo demais, você vê coisas estranhas como uma espada gigantesca cravada no meio da cidade ao lado de uma torre, pedacinhos de papel voando, uma imensa lua no céu, bandas tocando músicas encantadoras com um idioma próprio muito animado, letreiros em neon que parecem caracteres orientais e muito mais. Aliás, o toque rosa da coisa faz parecer um baita ambiente Seapunk.
Enfim, curte aventuras com catadores de lixo? Gosta da liberdade de um mundo aberto e se sente atraído por descobrir coisas novas ao explorar? Se atrai por visuais 2.5D? Então esse jogo é pra você! Vale a pena dar uma conferida no site da G2A pra ver o preço que está lá, pois eles costumam vender keys da steam por um valor bem mais barato que na própria steam e ainda aceitam boleto bancário. Dê uma conferida no preço que tá lá, clicando aqui.
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