Existem certos jogos que não tem jeito, a primeira frase que digo é "Que bizarro!", e definitivamente Headlander foi um desses jogos. Pois apresenta uma baita de uma ideia perturbadora, mas que não provoca repulsa, muito pelo contrário, transformaram a coisa em algo fofinho e naturalmente atraente graças ao senso dr humor. Não é algo asqueroso como aquela teoria da conspiração de MGS5.
Aqui você é uma pessoa que desperta no futuro e tem uma bela de uma surpresa. Toda a humanidade transferiu suas consciências para corpos robóticos, ficando assim imortais. Para o seu azar, você é o único humano de carne e osso que sobrou. Bom... Ao menos parte de você, já que só tem a cabeça, presa em um capacete especial para continuar vivo, o resto se foi também.
A coisa é baseada em filmes dos anos 70, então existe bastante daquela
essência de vários filmes da época, especialmente os de ficção
científica e ambientes distópicos indo desde o esquecido Westworld até o extremamente popular Laranja Mecânica.
Existe aquele ar meio "discoteca" na coisa, inclusive tem certos
elementos bem psicodélicos como a própria fonte do jogo, que quando é
mostrada no início é capaz de dar um ataque epilético em alguém.
Esse é um daqueles jogos que liga completamente a história com a jogabilidade. Então o fato de você ser uma cabeça em um capacete com jetpack te permite ter inúmeros corpos durante a aventura. E isso faz com que a jogabilidade varie demais. Te dá aquela sensação de que você pode se adaptar a qualquer ambiente.
Você vaga pelos cenários e pega diversos corpos, podem ser guardas armados, que te permitem entrar em combates, cidadãos comuns que o corpo pode ser apenas um refúgio temporário, e até coisas mais espalhafatosas como um carrinho de limpeza que pode lançar uma nuvem de pó ou terminais que são hackeados quando você se conecta a ele.
Cada corpo tem seu limite de dano e as vezes pode valer a pena abandonar na última hora para procurar por um corpo mais seguro. Você pode inclusive tentar arrancar a cabeça de um inimigo e pegar o corpo dele pra você, algo que é bem naquele climinha de Metal Warriors, onde você era um piloto de robô gigante e podia abandoná-lo para procurar um melhor ou menos danificado.
A jogabilidade é de um jogo do gênero Metroidvania, então você passa pelos mesmos, vai e volta constantemente. Resolve problemas e libera acessos. As vezes precisa de personagens determinados para passar por certos lugares. Por exemplo uma porta laranja só se abre quando você usa um soldado de roupa laranja para atirar nela.
Enfim, tá aí um baita de um jogo charmoso com visual 2.5D e uma jogabilidade agradável pra caramba. Cheio de piadinhas e dublagem constante. Definitivamente pode gerar boas horas de diversão. Vale a pena dar uma conferida no site da G2A, pois lá eles costumam vender keys da steam por um valor bem mais barato que na própria steam e ainda aceitam boleto bancário. Dê uma conferida aqui.
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